Joseph Conrad
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Joseph Conrad
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/joseph-conrad.jhtmJózef Teodor Konrad Korzeniowski nasceu em 1857, em Berditchev (Ucrânia), numa família de patriotas empenhados em libertar a Polônia do domínio russo.
Acompanhando o exílio de seus pais (na própria Rússia), teve seu primeiro contato com a língua inglesa enquanto seu pai traduzia autores como Shakespeare e Victor Hugo. Antes de completar 12 anos, ficou órfão; sua educação foi confiada a um tio materno.
Adolescente, entediou-se com a escola e escolheu a vida no mar. Aos 17 anos tornou-se aprendiz de marinheiro em Marselha, França. Em 1878, mudou-se para a Inglaterra, onde seguiu carreira na Marinha e ganhou cidadania inglesa, com o nome de Joseph Conrad.
Publica seu primeiro livro tardiamente, aos 38 anos, quando se aposenta da Marinha. Em 1895, lança A Loucura do Almayer, no qual descreve os europeus fracassados e perdidos que encontrou em ilhas do Pacífico. Em 1902, publica a novela O Coração das Trevas, em que narra o drama da destruição moral da Europa colonialista - a história de um líder branco entre selvagens do Congo.
Considerado um dos maiores estilistas da prosa inglesa, Conrad nunca chegou a dominar, falando, a língua em que escrevia. Entre seus principais livros estão Lord Jim (1900), Nostromo (1904), O Agente Secreto (1907), Sob os Olhos Ocidentais (1911) e A Linha de Sombra (1917). Joseph Conrad morreu em 1924, na Inglaterra.
Publicado em várias editoras no Brasil, dentre elas a L&PM (a que possui mais títulos dele: http://www.lpm.com.br/site/default.asp?FiltroStr=joseph+conrad&FiltroCampo=ALL&I1.x=-875&I1.y=-222&Template=..%2Flivros%2Flayout_buscaprodutos.asp), Iluminuras, Cia e Hedra. Também se encontra bastante nos sebos.
Eu tenho muita vontade de ler "O Coração das Trevas", mas infelizmente não tem nas bibliotecas por aqui. Vou procurar no sebo depois.
Para aquecer, peguei "A Linha de Sombra: Uma Confissão", que saiu naquela coleção da Folha de capa azul, de 2003. Foi uma boa leitura, gostei da ambientação. Não é AQUELA coisa empolgante, mas estava ciente disso, até porque não figura entre os principais livros do autor.
Oric- Crime e Castigo
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Re: Joseph Conrad
Não curto.
Próximo.
Próximo.
Jabá- Guerra e Paz
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Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Joseph Conrad
Comprei O Coração das Trevas há pouco tempo.
Tá na fila, mas ainda tem muita coisa na frente dele.
Tá na fila, mas ainda tem muita coisa na frente dele.
Re: Joseph Conrad
Fale mais sobre isso.Jabá escreveu:Não curto.
Próximo.
Oric- Crime e Castigo
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Re: Joseph Conrad
Eu curti muito o "O coração das trevas". A escrita do Conrad é suprema.
Jabá não sabe de nada. Só falta falar que também não gosta do "Apocalipse Now"
Jabá não sabe de nada. Só falta falar que também não gosta do "Apocalipse Now"
lavoura- Guerra e Paz
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Idade : 35
Re: Joseph Conrad
O Coração das Trevas é um dos meus livros preferidos. Pretendo relê-lo em breve, mas desta vez no original em inglês.
pablo.gramazio- Noites Brancas
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Re: Joseph Conrad
Becco escreveu:Becco escreveu:Leu em quanto tempo, Lavoura?
Eu não lembro. Mas levei mais tempo para assistir o filme do que ler o livro
Sei que curti muito. A escrita do Conrad me cativa. Curto o modo de narrar dele. Vamos ver se leio esse ano o Linha de sombra ou Lord Jim.
lavoura- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Joseph Conrad
Terminei de ler Youth agora. Que coisa mais linda! Devo ter babado nas descrições das tempestades em alto-mar, bem como nas considerações sobre a juventude.
pablo.gramazio- Noites Brancas
- Mensagens : 6
Data de inscrição : 25/02/2014
Re: Joseph Conrad
Alguém aqui já leu Nostromo?
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Edit (1): Ninguém respondeu, mas comprei e estou lendo. Ainda estou bem no início, li a nota do autor e os primeiros capítulos (umas 50 páginas). Confesso que eu tinha um certo preconceito com o Conrad. Toda a discussão politizada de Said e Homi Bhabha sobre Coração das trevas acabava me desmotivando e nunca pegava nada dele pra ler. Achava que seus livros eram chatos e se encaixavam no que chamam de literatura panfletária (império e colônia, senhor e escravo), mas, não!, ele é um escritor bem mais amplo e tem uma prosa cheia de qualidades.
Alguns destaques:
a) Ele adjetiva muito bem;
b) Os parágrafos são quase musicais (resultado da escolha minuciosa de palavras, não só os adjetivos, mas os verbos e também alguns estrangeirismos propositais);
c) Conrad está preocupado em narrar e não só em descrever cenas estagnadas. Ele não se perde em digressões (por isso o James Wood gosta tanto);
d) As descrições das paisagens são sóbrias e as imagens são bastante contundentes.
O livro se passa na cidade imaginária de Sulaco, um porto localizado no ocidente de Costaguana, uma república na América do Sul. Nostromo, personagem principal, é o nome do marujo italiano que desembarca no porto e começa a se estabelecer como líder (ao que parece ele desempenhará um papel importante na contra-revolução separatista que acontecerá na cidade). Por enquanto o livro está ok, mas estou aguardando muitas intrigas de estado, traições, corrupção política, rivalidade entre partidos, dramas familiares e mortes inesperadas.
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Edit (2): A cidade, alguns anos antes da abertura do romance, vivia sob a tirania de Guzmán Bento, figura política que representa todo tipo de poder reacionário, atrasado e antidemocrático na história. Sulaco, quando governada por Guzmán, viveu seu período mais sangrento e sombrio. Observem, nesse trecho interessante que destaco, o tom messiânico e quase místico com que Conrad narra o sumiço do corpo do ditador e, nas entrelinhas, deixa claro o desespero e a subserviência canina evidente da população:
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Edit (3): Li mais cinquenta páginas agora de noite. O romance está se revelando uma grande saga familiar na América do Sul. Conrad ocupa-se em descrever a vida, os modos e o estilo dos burgueses com sangue e espírito aristocratas que pouco se fodem para os humilhados e ofendidos, que no caso são os mineradores que trabalham dia e noite. Ele não poupa o leitor de toda a nojeira moral da vida cotidiana dos Gould, família tradicional no rentável negócio das minas em Sulaco, nem da decadência gradual da sociedade, que fica cada vez mais cruel e excludente. Mas o que mais chama a atenção é o talento e o domínio estilístico do autor. Observem essa descrição horripilante de uma mina desativada:
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Edit (4): Terminei a segunda parte e, puta que pariu!, Conrad tem os personagens mais escrotos. Os tipões mexicanos bigodudos sem travas morais que vivem em barcos imundos e passam o dia fedendo a 51 são os melhores. As brigas de bar e as emboscadas covardes são constantes no livro. É um personagem mais canalha que o outro.
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Edit (5): Uma das leituras mais marcantes de minha vida. P-U-T-A-Q-U-E-P-A-R-I-U, que livro foda! Terminei agora e já estou com vontade de reler (isso é raro de acontecer). O estilo narrativo de Conrad é impecável, um exímio romancista de talento formal extraordinário. Ele entrou na minha categoria de escritor mais truculento e caralhudo do século XX. São tantos trechos fodas, que não sei nem qual posto. Para fazer um destaque final e encerrar o post, chamo a atenção para os anti-heróis do romance, cuja a moralidade Conrad disseca com precisão. Esse padre torturador é sensacional, a descrição de seu passatempo predileto rendeu uma das páginas mais mórbidas do livro:
Leiam essa porra.
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Edit (1): Ninguém respondeu, mas comprei e estou lendo. Ainda estou bem no início, li a nota do autor e os primeiros capítulos (umas 50 páginas). Confesso que eu tinha um certo preconceito com o Conrad. Toda a discussão politizada de Said e Homi Bhabha sobre Coração das trevas acabava me desmotivando e nunca pegava nada dele pra ler. Achava que seus livros eram chatos e se encaixavam no que chamam de literatura panfletária (império e colônia, senhor e escravo), mas, não!, ele é um escritor bem mais amplo e tem uma prosa cheia de qualidades.
Alguns destaques:
a) Ele adjetiva muito bem;
b) Os parágrafos são quase musicais (resultado da escolha minuciosa de palavras, não só os adjetivos, mas os verbos e também alguns estrangeirismos propositais);
c) Conrad está preocupado em narrar e não só em descrever cenas estagnadas. Ele não se perde em digressões (por isso o James Wood gosta tanto);
d) As descrições das paisagens são sóbrias e as imagens são bastante contundentes.
O livro se passa na cidade imaginária de Sulaco, um porto localizado no ocidente de Costaguana, uma república na América do Sul. Nostromo, personagem principal, é o nome do marujo italiano que desembarca no porto e começa a se estabelecer como líder (ao que parece ele desempenhará um papel importante na contra-revolução separatista que acontecerá na cidade). Por enquanto o livro está ok, mas estou aguardando muitas intrigas de estado, traições, corrupção política, rivalidade entre partidos, dramas familiares e mortes inesperadas.
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Edit (2): A cidade, alguns anos antes da abertura do romance, vivia sob a tirania de Guzmán Bento, figura política que representa todo tipo de poder reacionário, atrasado e antidemocrático na história. Sulaco, quando governada por Guzmán, viveu seu período mais sangrento e sombrio. Observem, nesse trecho interessante que destaco, o tom messiânico e quase místico com que Conrad narra o sumiço do corpo do ditador e, nas entrelinhas, deixa claro o desespero e a subserviência canina evidente da população:
Conrad escreveu:“Era o mesmo Guzmán Bento que, tornando-se mais tarde presidente perpétuo, afamado pela impiedosa e cruel tirania, alcançara sua apoteose na lenda popular de um espectro sanguinário, uma assombração terrena cujo corpo fora levado embora, pelo diabo em pessoa, do mausoléu de alvenaria na nave da igreja da Assunção, em Santa Marta. Pelo menos foi assim que os padres explicaram o desaparecimento dele à multidão descalça que, aterrada, irrompera em massa pela igreja a fim de contemplar o buraco na feia caixa de alvenaria diante do altar-mor.” (CONRAD, 1904, p.52-3)
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Edit (3): Li mais cinquenta páginas agora de noite. O romance está se revelando uma grande saga familiar na América do Sul. Conrad ocupa-se em descrever a vida, os modos e o estilo dos burgueses com sangue e espírito aristocratas que pouco se fodem para os humilhados e ofendidos, que no caso são os mineradores que trabalham dia e noite. Ele não poupa o leitor de toda a nojeira moral da vida cotidiana dos Gould, família tradicional no rentável negócio das minas em Sulaco, nem da decadência gradual da sociedade, que fica cada vez mais cruel e excludente. Mas o que mais chama a atenção é o talento e o domínio estilístico do autor. Observem essa descrição horripilante de uma mina desativada:
Conrad escreveu:“Já não era uma mina abandonada; era uma garganta selvática, inacessível e rochosa da cordilheira, onde vestígios de madeiramento carbonizado, alguns montes de tijolos em pedaços e ocasionais peças informes de metal enferrujado podiam ser encontrados sob a massa enredada de plantas rasteiras e espinhosas que cobriam o solo. O senhor Gould pai não desejava a posse perpétua daquele sítio desolado; de fato, a mera visão dele em sua mente durante as horas quietas da noite tinham o condão de exasperá-lo por horas de escaldante e agitada insônia.” (CONRAD, 1904, p.59)
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Edit (4): Terminei a segunda parte e, puta que pariu!, Conrad tem os personagens mais escrotos. Os tipões mexicanos bigodudos sem travas morais que vivem em barcos imundos e passam o dia fedendo a 51 são os melhores. As brigas de bar e as emboscadas covardes são constantes no livro. É um personagem mais canalha que o outro.
Conrad escreveu:“As mulheres de nosso país são dignas de serem vistas durante uma revolução” (CONRAD, 1904, p.212)
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Edit (5): Uma das leituras mais marcantes de minha vida. P-U-T-A-Q-U-E-P-A-R-I-U, que livro foda! Terminei agora e já estou com vontade de reler (isso é raro de acontecer). O estilo narrativo de Conrad é impecável, um exímio romancista de talento formal extraordinário. Ele entrou na minha categoria de escritor mais truculento e caralhudo do século XX. São tantos trechos fodas, que não sei nem qual posto. Para fazer um destaque final e encerrar o post, chamo a atenção para os anti-heróis do romance, cuja a moralidade Conrad disseca com precisão. Esse padre torturador é sensacional, a descrição de seu passatempo predileto rendeu uma das páginas mais mórbidas do livro:
Conrad escreveu:Os instintos inquisitoriais do padre quase não sofriam com a falta do clássico aparelhamento da inquisição. Em época alguma da história do mundo tiveram os homens dificuldades de infligir tormentos corporais e mentais aos seus semelhantes. Tal aptidão lhes veio da crescente complexidade de suas paixões e do precoce refinamento de sua engenhosidade. [...] Um pedaço de cordão e uma vareta de fuzil, alguns mosquestes combinados com uma corda escondida de certo comprimento, ou até mesmo um simples macete de madeira rija, pesada, aplicado com brandura a dedos humanos ou a juntas de um corpo humano bastam para infligir a mais refinada tortura." (CONRAD, 1904, p.333)
Leiam essa porra.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
Falei que o Conrad é foda. É que não sei me expressar com polissilábicos
lavoura- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
Fui ver os edits só agora que o Lavoura postou. Bom post, Mat!
Sua edição é a da Cia? Infelizmente não tem na biblioteca aqui, mas fiquei com bastante vontade de ler.
Sua edição é a da Cia? Infelizmente não tem na biblioteca aqui, mas fiquei com bastante vontade de ler.
Oric- Crime e Castigo
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Re: Joseph Conrad
É a edição pocket da Cia, Oric. É um livraço, simplesmente foda com F maiúsculo. Deveria ter dado mais atenção quando o Lavoura falou do Conrad. Você já terminou de ler esse do seu primeiro post? É bom? Esqueci até de comentar, mas olha a citação de Shakespeare que ele usa na folha de rosto: Céu tão borrascoso/não se desanuvia/sem uma tormenta. Diz muito sobre a revolução política que vemos eclodir no livro.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
Queria em ebook, mas não tem. Vou ver se compro depois. Tradução do Zé Paulo Paes.
Terminei sim. Eu gostei da narrativa no geral e tal, fiquei com vontade de ler mais livros do Conrad, mas não foi muito marcante não. Esse que eu peguei geralmente não figura entre os melhores livros dele, que parecem ser Coração das Trevas, Lord Jim e Nostromo. Peguei mais por ser pequeno e ter na biblioteca.
Terminei sim. Eu gostei da narrativa no geral e tal, fiquei com vontade de ler mais livros do Conrad, mas não foi muito marcante não. Esse que eu peguei geralmente não figura entre os melhores livros dele, que parecem ser Coração das Trevas, Lord Jim e Nostromo. Peguei mais por ser pequeno e ter na biblioteca.
Oric- Crime e Castigo
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Re: Joseph Conrad
Tem Youth também, dizem que é bom e tal. Aproveitando, cara, leia o Said que tem muito a dizer sobre o Conrad numa perspectiva mais pós-colonial e tal, mas sempre de maneira muito equilibrada.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
Boto fé. Tanta coisa para ler, mas eu chego lá.
Italo Calvino escreveu:Nesses poucos dados já se acham implícitos os apelos contrastantes que a figura de Conrad exerceu: a experiência de vida prática e movimentada, a veia copiosa de romancista popular, a sofisticação formal de discípulo de Flaubert e o parentesco com a dinastia decadentista da literatura mundial.
Oric- Crime e Castigo
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Re: Joseph Conrad
Comprei esse do Conrad.
Hurrul.
lavoura- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
To lendo Coração das trevas!
Mat- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
Coração das trevas, com todas as tretas políticas, muito foda! Dois comentários honestos e sérios do Said sobre a polêmica do livro e da representação desumana que Conrad faz dos povos ditos selvagens em conjunto com sua posição em relação ao imperialismo:
Eu nunca li, mas já vi o povo falando que o Chinua Achebe escreveu um ensaio acusando o Conrad de racismo. Tretas everywhere.
Provavelmente, Conrad nunca poderia usar Marlow para apresentar seja o que for além de uma visão de mundo imperialista, pois nada havia de não europeu acessível aos olhos, fosse de Conrad fosse de Marlow. (Said, p. 64)
Conrad não nos dá a impresão de que poderia imaginar uma alternativa plenamente realizada ao imperialismo: os nativos da África, Ásia ou América, sobre os quais escreveu, eram incapazes de independência, e como ele parecia conceber a tutela europeia como um dado, não era capaz de antever o que ocorreria quando ela chegasse ao fim. (Said, p.66)
Eu nunca li, mas já vi o povo falando que o Chinua Achebe escreveu um ensaio acusando o Conrad de racismo. Tretas everywhere.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
Gostaria de ter isso aqui:
Mat- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
Nem tinha visto seus comentários sobre o Coração das Trevas! Tão bom quanto Nostromo?
Eu vi o filme "Os Duelistas", primeirão do Ridley Scott, baseado no livro do Conrad. O visual é uma beleza, mas a história não é lá tão aprofundada nos motivos dos personagens e tals. Imagino que no livro isso apareça mais.
Eu vi o filme "Os Duelistas", primeirão do Ridley Scott, baseado no livro do Conrad. O visual é uma beleza, mas a história não é lá tão aprofundada nos motivos dos personagens e tals. Imagino que no livro isso apareça mais.
Oric- Crime e Castigo
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Re: Joseph Conrad
Olha, é tão bom sim. Eu acho, aliás, que fica pau a pau. São duas "formas" diferentes, claro. Conrad fez tudo que dava pra fazer dentro da lógica da novela em Coração das trevas, mas há um limite bem delineado ali. Nostromo, por ser um romance, já alcança outras dimensões (até pela quantidade de páginas). É uma história bem mais dinâmica, bem mais rica. É cheia de personagens, todos eles envolvidos na trama de maneira muito orgânica. Em outras palavras: em Nostromo você sente o talento do Conrad a todo o vapor. Tem um texto do Julio Cortazar (esqueci o título, pra variar ) em que ele diz que a diferença entre o romance e o conto é que o primeiro vence o leitor lentamente, em longos rounds. O segundo, ao contrário, é um nocaute imediato. Acho que está aí a diferença entre esses dois textos.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Joseph Conrad
Pode crer.
Eu comprei a edição da Hedra, com a tradução do O'Shea.
A sua foi qual?
Eu comprei a edição da Hedra, com a tradução do O'Shea.
A sua foi qual?
Oric- Crime e Castigo
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Re: Joseph Conrad
A minha edição é aquele pocket da Saraiva
Mat- Guerra e Paz
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