Jorge Luis Borges
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Re: Jorge Luis Borges
http://temporadalta.tumblr.com/post/56464210189/artemisdreaming-above-el-amenazado-from-the
tmanfrini- Guerra e Paz
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Re: Jorge Luis Borges
Jurava que eu já havia postado aqui nesse tópico.lavoura escreveu:Bem, já venho a algum tempo comprando livros do Borges e sobre o Borges para montar uma prateleira igual a alguns aqui do fórum. É claro que é bem modesto mas já tem um considerável número de volumes. O pior é que não li 1/3 disso ainda
Definitivamente é um dos meus escritores favoritos.
Todo modo, puta coleção foda, Lavoura! Não tem a foto numa resolução um pouco maior? Não consigo ler o nome de alguns dos títulos.
Comecei a ler "Ficções" uma vez, mas não me lembro exatamente porque não terminei. Se alguém solicitou na biblioteca ou se as provas estavam atrapalhando, visto que o livro é curto, mas bastante denso. As milhares de interpretações para as histórias também podem assustar no começo (e acho que me influenciaram na época), mas hoje acho que leria de um outro jeito: uma primeira leitura mais descompromissada para então conhecer algumas interpretações numa releitura.
Enfim, achei muita coisa interessante ali, com alguma frequência leio alguma coisa e me remete ao Borges.
Aí ontem me deparei com essa biografia dele pela Cia: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12435
Me pareceu bem bacana (inclusive o comentário do leitor ali embaixo é válido), mas vi que o pessoal aqui postou umas críticas, depois vou ler com mais calma.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Jorge Luis Borges
Amigos, quero me iniciar em Borges. Começo por onde?
Jabá- Guerra e Paz
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Re: Jorge Luis Borges
os dois livros de contos principais do Borges são Ficções e o Aleph (tem, obv, na Cia.).
Todo o resto da obra do Borges (seja ensaios, poemas ou contos) são variações, modulações, arranjos desses dois livros aí (sejam os livros anteriores, sejam os livros posteriores).
Todo o resto da obra do Borges (seja ensaios, poemas ou contos) são variações, modulações, arranjos desses dois livros aí (sejam os livros anteriores, sejam os livros posteriores).
RafaelS- Ana Karenina
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Jorge Luis Borges
Li as duas críticas, interessantes mesmo. É uma pena que, ao que me parece, não existam outras biografias de fôlego dele em português (essa do Bioy não saiu por aqui, mas parece ser foda). Mas talvez dê para aproveitar a leitura ainda assim, não tomando interpretações como verdades, claro.
Ficções e Aleph já subiram várias posições na lista de compras. É uma merda ter um monte de livro para ler na estante e ficar com vontade de ler um que não tem.
Ficções e Aleph já subiram várias posições na lista de compras. É uma merda ter um monte de livro para ler na estante e ficar com vontade de ler um que não tem.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Jorge Luis Borges
Oric escreveu: É uma merda ter um monte de livro para ler na estante e ficar com vontade de ler um que não tem.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Jorge Luis Borges
Este, Jabá:Jabá escreveu:Amigos, quero me iniciar em Borges. Começo por onde?
É bom, barato, fininho e fácil de encontrar.
Re: Jorge Luis Borges
Ok, dica anotada. Espero que mesmo sendo fininho não entre rasgando com areia.Becco escreveu:Este, Jabá:Jabá escreveu:Amigos, quero me iniciar em Borges. Começo por onde?
É bom, barato, fininho e fácil de encontrar.
Jabá- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 43
Localização : Teresina/PI
Re: Jorge Luis Borges
Nem acho o Livro de Areia o melhor pra começar. Acho que é o Borges já na sua fase repetitiva (o que obviamente não é de todo ruim, falando-se do Borges). Mas Ficções e Aleph são incomparáveis/incontornáveis.
RafaelS- Ana Karenina
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Data de inscrição : 11/02/2013
Localização : Rio de Janeiro
Re: Jorge Luis Borges
Sobre a Antologia do Borges:
http://editora.cosacnaify.com.br/blog/?p=15065
"Daí a relevância da “Nota breve” incluída nessa edição: “A editora traduziu todos os contos da presente coletânea a partir das versões de Borges e Bioy Casares, entendendo que assim respeitaria a poética dos autores. Em 1982, quando foi publicada uma edição italiana da Antologia, Borges afirmou: ‘Não traduziram nossa antologia: procuraram as fontes e traduziram. Agiram assim em prejuízo do leitor, naturalmente. Não deveriam ter escolhido um livro de autores que se distinguem por suas transcrições e citações infiéis”. É essa infidelidade que faz da Antologia um livro criativo e inventivo, e não uma simples receptação pacífica de textos aleatórios."
http://editora.cosacnaify.com.br/blog/?p=15065
"Daí a relevância da “Nota breve” incluída nessa edição: “A editora traduziu todos os contos da presente coletânea a partir das versões de Borges e Bioy Casares, entendendo que assim respeitaria a poética dos autores. Em 1982, quando foi publicada uma edição italiana da Antologia, Borges afirmou: ‘Não traduziram nossa antologia: procuraram as fontes e traduziram. Agiram assim em prejuízo do leitor, naturalmente. Não deveriam ter escolhido um livro de autores que se distinguem por suas transcrições e citações infiéis”. É essa infidelidade que faz da Antologia um livro criativo e inventivo, e não uma simples receptação pacífica de textos aleatórios."
RafaelS- Ana Karenina
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Data de inscrição : 11/02/2013
Localização : Rio de Janeiro
Re: Jorge Luis Borges
Pô, bom saber disso. Nesse caso a decisão da Cosac foi acertada.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Jorge Luis Borges
Ae comprei hoje o Antologia! Uns meses atrás tinha começado a ler um ebook em espanhol mesmo, mas estava bem zoado e alguns contos ilegíveis. Então abandonei. Mas os contos em si são muito bons! Tem o "A mão do macaco" que foi traduzido por aqui pelo Rubão Fonseca. É um conto bem legal que tem naquela antologia da cia "Contos de horror do século blá"
Li o livro da Areia. Terminei a leitura hoje. Excelente! Realmente é um borges, não diria repetitivo e sim que retoma temas que sempre o instigaram. Achei bem intrigante o paralelo do "A biblioteca de Babel" com o "O livro de areia" .
Li o livro da Areia. Terminei a leitura hoje. Excelente! Realmente é um borges, não diria repetitivo e sim que retoma temas que sempre o instigaram. Achei bem intrigante o paralelo do "A biblioteca de Babel" com o "O livro de areia" .
lavoura- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Jorge Luis Borges
O pessoal havia comentado no começo do tópico sobre relações entre Borges e o Calvino (e o Cortázar), o ensaio dele sobre o Borges é bem bacana e me pareceu ser um dos escritores que ele mais gosta:
Italo Calvino escreveu:Começarei pelo motivo de adesão mais geral, isto é, ter reconhecido em Borges uma ideia de literatura como mundo construído e governado pelo intelecto. Esta é uma ideia-contracorrente em relação ao curso principal da literatura mundial do século XX que, todavia, tende para o sentido oposto, ou seja, quer dar-nos o equivalente do acúmulo magmático da existência, na linguagem, no tecido dos eventos, na exploração do inconsciente.
Mas talvez para explicar a adesão que um autor suscita em cada um de nós, ao invés de partir de grandes classificações gerais, é preciso partir de razões mais precisamente conexas com a arte de escrever. Dentre estas colocarei à frente a economia da expressão: Borges é um mestre do escrever breve. Ele consegue condensar em textos sempre de pouquíssimas páginas uma riqueza extraordinária de sugestões poéticas e de pensamento: fatos narrados ou sugeridos, aberturas vertiginosas para o infinito, e ideias, ideias, ideias. Como tal densidade se realiza sem a mínima congestão, no período mais cristalino, sóbrio e arejado; como o narrar sinteticamente e enviesado conduz a uma linguagem toda precisão e concretude, cuja inventiva se manifesta na variedade dos ritmos, dos movimentos sintáticos, dos adjetivos sempre inesperados e surpreendentes, isso é um milagre estilístico, sem igual na língua espanhola, de que só Borges tem o segredo.
Assim como faz parte das passagens obrigatórias da crítica sobre Borges observar que cada texto dele duplica ou multiplica o próprio espaço através de outros livros de uma biblioteca imaginária ou real, leituras clássicas, eruditas ou simplesmente inventadas. O que mais me interessa anotar aqui é que nasce com Borges uma literatura elevada ao quadrado e ao mesmo tempo uma literatura como extração da raiz quadrada de si mesma: uma “literatura potencial”, para usar um termo que será desenvolvido mais tarde na França, mas cujos prenúncios podem ser encontrados em Ficciones, nos estímulos e formas daquelas que poderiam ter sido as obras de um hipotético Herbert Quain.
Oric- Crime e Castigo
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