Honoré de Balzac
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César
Mat
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Honoré de Balzac
Honoré de Balzac (Tours, 20 de maio de 1799 — Paris, 18 de agosto de 1850) foi um prolífico escritor francês, notável por suas agudas observações psicológicas. É considerado o fundador do Realismo na literatura moderna. Sua magnum opus, A Comédia Humana, consiste de 95 romances, novelas e contos, que procuram retratar todos os níveis da sociedade francesa da época, em particular a florescente burguesia após a queda de Napoleão Bonaparte em 1815.
Entre seus romances mais famosos figuram A Mulher de Trinta Anos (1831-32), Eugènie Grandet (1833), O Pai Goriot (1834), O Lírio do Vale (1835), As Ilusões Perdidas (1839), A Prima Bette (1846) e O Primo Pons (1847). Desde Le Dernier Chouan (1829), que depois se transformaria em Les Chouans (1829, na tradução brasileira A Bretanha), Balzac denunciou ou abordou os problemas do dinheiro, da usura, da hipocrisia familiar, da constituição dos verdadeiros poderes na França liberal burguesa e, ainda que o meio operário não apareça diretamente em suas obras, discorreu sobre fenômenos sociais a partir da pintura dos ambientes rurais, como em Os Camponeses, de 1844. Além de romances, escreveu também "estudos filosóficos" (como A Procura do Absoluto, 1834) e estudos analíticos (como a Fisiologia do Casamento, que causou escândalo ao ser publicado em 1829).
Balzac tinha uma enorme capacidade de trabalho, usada sobretudo para cobrir as dívidas que acumulava. De certo modo, suas despesas foram a razão pela qual, desde 1832 até sua morte, se dedicou incansavelmente à literatura. Sua extensa obra influenciou nomes como Proust, Zola, Dickens, Dostoyevsky, Flaubert, Henry James, Machado de Assis, Castelo Branco e Ítalo Calvino, e é constantemente adaptada para o cinema. Participante da vida mundana parisiense, teve vários relacionamentos, entre eles um célebre caso amoroso, desde 1832, com a polonesa Ewelina Hańska, com quem veio a se casar pouco antes de morrer.
Balzac escreveu:"Devorava livros de qualquer espécie, alimentando-se indiscriminadamente de obras sobre religião, história e literatura, filosofia e física. Ele havia me dito que encontrava prazer indescritível ao ler dicionários, por falta de outros livros." - Louis Lambert
Mat- Guerra e Paz
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Localização : Bahia
Re: Honoré de Balzac
Pode até dar a ideia de um autor menor, menos francês, mas Ilusões tem descrições imensas de coisas pífias.
No mais, ótimo.
No mais, ótimo.
Re: Honoré de Balzac
Sonho de consumo ter todos esses volumes, mas sei que muito dos romances parecem irregulares. Gostei pouco do que li do Balzac, mas ele é influência decisiva em tanta gente legal que não quero desistir.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Honoré de Balzac
95 volumes. Tomar no cu.
Jabá- Guerra e Paz
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Re: Honoré de Balzac
A preguiça, essa praga.
Mat- Guerra e Paz
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Localização : Bahia
Re: Honoré de Balzac
Da obra Comédia Humana li apenas Eugênia Grandet, é uma leitura interessante, rápida e prazerosa...li há um bom tempo mas até hoje ainda lembro da história.
Bruna Natércia- Noites Brancas
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Idade : 28
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Re: Honoré de Balzac
Tenho o Grandet e A Mulher de 30 anos.
Como ambos são curtos, vou ler ainda, mas a Comédia não me animo.
Como ambos são curtos, vou ler ainda, mas a Comédia não me animo.
Re: Honoré de Balzac
Trechos interessantes do Calvino sobre o Balzac, os dois primeiros sobre a importância da cidade em sua obra e o último sobre sua influência na literatura:
TRANSFORMAR EM ROMANCE UMA CIDADE: representar os bairros e as ruas como personagens dotadas cada uma de um caráter em oposição às outras; evocar figuras humanas e situações como uma vegetação espontânea que germina do calçamento desta ou daquela rua ou como elementos de tão dramático contraste com elas a ponto de provocar cataclismos em cadeia; fazer com que em cada momento mutável a verdadeira protagonista seja a cidade viva, a sua continuidade biológica, o monstro-Paris: essa é a tarefa à qual Balzac se sente chamado no momento em que começa a escrever Ferragus.
O que então apaixonava Balzac era o poema topográfico de Paris, segundo a intuição que ele teve antes de qualquer outro da cidade como linguagem, como ideologia, como condicionamento de cada pensamento e palavra e gesto, onde as vidas “impriment par leur physionomie certaines idées contre lesquelles nous sommes sans défense”, a cidade monstruosa como um crustáceo gigantesco do qual os habitantes não passam de articulações motoras.
Os mitos que darão forma à narrativa culta e popular por mais de um século passam todos por Balzac. O Super-Homem que se vinga da sociedade que o colocou à margem, transformando-se num demiurgo inacessível, percorrerá, com as feições proteiformes de Vautrin, os tomos da Comédia humana e se reencarnará em todos os Montecristos, os Fantasmas da Ópera e talvez os Chefões que os romancistas de sucesso hão de colocar em circulação. A conspiração tenebrosa que estende seus tentáculos por todos os lados obcecará, um pouco por divertimento e um pouco a sério, os mais refinados romancistas ingleses entre o final e o início do século e ressurgirá na produção em série de aventuras brutalizantes e de espionagem que são nossas contemporâneas.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Honoré de Balzac
Ivan Pinheiro Machado postou o discurso do Victor Hugo na morte do Balzac, bacana:
http://www.lpm-blog.com.br/?p=7452
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Oric- Crime e Castigo
- Mensagens : 948
Data de inscrição : 18/12/2012
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