[É BLOG?] Viagem do Andrei à Rússia

Inveja

CAMPANHA JABÁ PRA MODERADOR 2013!

Muito show! Adorei as fotos, Andrei! 
Um dia eu vou na Rússia também. Penso até seriamente em fazer aquela viagem na transiberiana. Um dia dá! 
Vou salvar a foto da escrivaninha do Dostoiévski e mandar fazer uma igual. 

O único jeito de eu ir pra Rússia é depois de ser açoitado e mandado pros trabalhos forçados na Sibéria.

Um dia eu vi uma notícia lá da Rússia sobre a comemoração do aniversário de uma guerra na qual eles venceram. Acho que era aquela sobre as tropas napoleônicas. Na tal notícia informavam que foi feita uma moeda de ouro puro que valia uns 25 mil rublos. O que me surpreendeu, porém, é que vinha entra parênteses: (cerca de 800 dólares)!!! Gente, olha como a moeda russa é desvalorizada.

O casal bem acima são os pais de Dostoievski. Mikhail e Maria Fedorovna.
A segunda foto representa a estátua de Dostoievski em frente à estação de metrô (Dostoievskaia) situada na rua (Kuznechny Pereulok) onde residiu e que atualmente funciona o museu em sua memória.
Depois, foto junto ao túmulo do escritor num sítio chamado Acrópole dos Artistas, onde também estão enterrados alguns expoentes da arte russa, como Tchaikovski, Mussorgski, Karamzin e Rimski-Korsakov.
As últimas três fotos são relacionadas a Pushkin e à esposa Natalia. Foram tiradas em Moscou, sendo as duas últimas na Rua Arbat defronte à antiga residência do escritor (Rua Arbat Velha, nº 53).
No dia 08 de fevereiro de 1837, à noite, o escritor se encontrou com o oficial francês Georges D´Anthés, a quem desafiou por ter maculado a sua honra.´
D´Anthes, o desafiado, como preconiza a liturgia dos duelos, foi o primeiro a atirar e acertou o estômago do poeta que, no tiro de volta, ainda acertou o braço direito de D´Anthes.
Levado para casa e desenganado pelo médico que o examinou, Pushkin faleceu dois dias depois.

Logo que eu tiver um tempo posto as outras fotos.

Mais fotos:

Do alto para baixo:

- fotografia de época do escritor
- Bielinski, um dos críticos de literatura mais respeitados na Rússia do séc. XIX.
- Mikhail, irmão, sócio (na revista Vremya - Tempo) e confidente de Dostoievski, trocaram inúmeras correspondências, inclusive durante o exílio do escritor em Omsk.
- Ana Grigorievna, taquígrafa que se tornou esposa do escritor e que padeceu na miséria devido a um acidente estomacal. É que com a venda de um broche que constituía o último bem pessoal do falecido marido, comeu de forma excessiva e apressada, vindo a falecer.
- uma das celas e visão panorâmica da Fortaleza de Pedro e Paulo, em São Petersburgo, onde fora encarcerado o escritor russo.
- ilustração do campo de trabalhos forçados em Omsk, na Sibéria, para onde foi enviado Dostoievski por 4 anos, depois da conversão da pena capital, acusado de conspiração contra o regime czarista.

Andrei, você conheceu Moscou e São Petersburgo?
Visitou a catedral de São Basílio?
Lá faz frio?
Tem muitos mendigos e violência nas ruas?

Jabá

Tirando a literatura de lado, Moscou e São Petersburgo são cidades que merecem ser visitadas.
Além de lindas e riquíssimas do ponto de vista cultural e histórico, têm um transporte eficiente, ruas limpas e ordeiras, povo educado, preços justos e uma segurança infelizmente desconhecida por nós brasileiros.
Basta dizer que eu saía do hotel de câmera na mão, andava de metrô por tudo e regressava só pela madrugada e em nenhum momento me senti ameaçado. Ouvi comentários de que turistas que viajam em grupos são mais visados pelos batedores de carteira nos pontos de maior apelo turístico.
Não há mendigos e alguns poucos vendedores ambulantes são extremamente respeitosos, isto é, não insistem e não intimidam.
Creio que visitei todas as catedrais importantes de Moscou e de São Petersburgo, inclusive São Basílio (Praça Vermelha), mas a mais impressionante é de "Cristo sobre o Sangue Derramado" (Petersburgo), erigida sobre o local onde foi assassinado Alexandre III. Essa catedral é, talvez, a mais espetacular, visto que todo o seu interior foi confeccionado em mosaico com pequenas pedrinhas coloridas, bem ao estilo bizantino.
De tirar o fôlego!
Sobre o clima, nunca enfrentei frio abaixo de 8 ou calor acima de 26 graus, ou seja, temperaturas bem amenas.
Como é a época das chamadas "noites brancas", costumava andar em São Pertersburgo até alta madrugada com plena luz "do dia". Os russos estão eufóricos nessa época e celebram até tarde nas ruas, lotando bares e cafés.
Outra coisa que me chamou a atenção foi o número de pessoas andando pelas ruas com flores nas mãos. É costume russo dar e receber flores a todo momento e sob qualquer pretexto (chegada ou partida de alguém, aniversários, saudações informais, felicitações por conquistas, etc). Não é à toa o índice elevado de floriculturas por quarteirão!
Mas há um detalhe: os arranjos devem ser feitos sempre em número ímpar. Números pares são destinados aos mortos nos cemitérios.

Valeu pelas respostas, Andrei. Sua viagem deve ter sido foda. Muito legal saber todos esses detalhes.

Jabá escreveu:O único jeito de eu ir pra Rússia é depois de ser açoitado e mandado pros trabalhos forçados na Sibéria.

Vou aqui matar uma velhinha a machadadas, depois posto as fotos da minha viagem à Rússia.

Uau

Lindas fotos, Andrei!

Ir à Russia é o meu maior sonho de viagem!