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Por onde começar. - Página 2 Empty Anatole nostro

Mensagem por tmanfrini 25th dezembro 2011, 9:03 pm

Ah não diria cínico, isso não... Mas como queira, pode-se chamar de cínico em termos de técnica, provavelmente.
Comecei por Thais, tragédia da dicotomia matéria-espírito de uma profundidade (Emocional, psicológica, filosófica) impressionante.
Caso esteja procurando a algo mais antropológico-cultural e político, é da mesma precisa escrita a série História Contemporânea, então sim, recomendo bastante. Cito d'O Anel de Ametista -
O herói, que trazia com sua clava a paz feliz e a justiça augusta ao mundo, o filho de Zeus, adormecia, às vezes, a um canto, ao pé dum frade de pedra, como um bêbado, ou se hospedava durante semanas e meses em casa duma mulher, de quem se tornara amante preferido. Daí sua melancolia. Com uma alma simples, obediente, amiga da justiça, com músculos possantes, era de temer que não se tornasse nunca um excelente militar, apenas um transcendente soldado de polícia. Mas suas fraquezas, suas experiências infelizes, suas culpas, lhe engrandeciam a alma, abrindo-lhe a variedade da vida, e saturaram de meiguice sua terrível vontade.
Pena que excluí um blog onde havia postado uma linda passagem relativa ao Riquet... Trecho muito cativante dentro da série, d'O Anel. Mas confio que perceberá quando ler o trecho ao qual me refiro, outros que leram destacaram o mesmo durante o percurso da leitura. Em todo caso posso procurar a passagem em questão.
Ora do tomo último evoco apenas a essa sucinta/substancial sentença -
A sonhadora Véleda, os braços juntos sobre a sua foice mística, cruzava as pernas, admiradas por uma juventude generosa.
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Mensagem por Deco 26th dezembro 2011, 4:18 pm

Obrigado Manfrini devo começar pela serie Historia Contemporânea devido ao aspecto antropológico que me interessa bastante,fator alias que deve me levar a ler mais Balzac de quem só li o maravilhoso Ilusões Perdidas pela Abril e um dia quem sabe confiro a edição da Penguin- Cia.
Essas citações em especial vc as tem de memoria ou as grifa nos livros para voltar a lê-las?
De qualquer modo agradecido pelas dicas,devo ver se acho algum desses volumes aqui nas bancas.
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Mensagem por tmanfrini 26th dezembro 2011, 6:12 pm

Deco escreveu:Obrigado Manfrini devo começar pela serie Historia Contemporânea devido ao aspecto antropológico que me interessa bastante,fator alias que deve me levar a ler mais Balzac de quem só li o maravilhoso Ilusões Perdidas pela Abril e um dia quem sabe confiro a edição da Penguin- Cia.
Essas citações em especial vc as tem de memoria ou as grifa nos livros para voltar a lê-las?
De qualquer modo agradecido pelas dicas,devo ver se acho algum desses volumes aqui nas bancas.
Muito a fim de ler Ilusões Perdidas, recomenda-me?

Desde que comecei a usar o Skoob registro citações por lá.


Boa leitura!
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Mensagem por Deco 27th dezembro 2011, 4:49 am

Apesar de ser o único Balzac que li recomendo por ter uma ótima estrutura narrativa e ótimos personagens,Balzac ironiza sem dó o meio corrompido do jornalismo e a vida cultural de Paris chegando a chamar jornalistas de “negociantes de frases” e “espadachins das idéias e das reputações” tendo por personagem principal Lucien de Rubempré que deseja se tornar poeta e ter sucesso na cidade grande.
Também é mostrado o cotidiano de tipografias,de quem trabalha no establishment literário da época e é partir daí que ele mostra como vigorava muito as vezes o trafico de influencia do meio mas tudo isso sem ser chato ou demasiado didático.
Li por uma edição recente da Abril em 2 volumes,a Cia das letras também tem uma edição mas acredito que a mais completa em termo de notas seja a da Estação Liberdade(que ainda não li) que tem o projeto de publicar o autor já tendo disponíveis também obras como Eugenie Grandet e Pai Goriot.
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Mensagem por Kandinsky 6th janeiro 2012, 8:12 pm

Gostaria de ler James Joyce, mas não sei por onde começo.
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Mensagem por Mat 6th janeiro 2012, 9:36 pm

Kandinsky escreveu:Gostaria de ler James Joyce, mas não sei por onde começo.

O escritor mais ousado que tenho conhecimento. A grande revolução em língua inglesa ali no século XX. Tenha certeza que você vai ler coisa de qualidade.
Olha, é sempre bom começar pelo excepcional "O retrato do artista quando Jovem" onde Joyce narra a adolescência do seu alter ego literário Stephen Dedalus e todos os dramas desse conturbado momento. As aflições e angústias do jovem Dedalus, que ainda não sabe muito bem o que quer da vida e é submetido as pressões de uma Irlanda extremamente católica, são exploradas a exaustão rendendo uma ótima articulação narrativa que não cansa, nem exige grande esforço do leitor. As dúvidas de Dedalus sobre santidade e pecado é um ponto importante no texto, as descobertas da vida adulta, essa transição para um outro mundo, e a vontade de ser artista, mas sem saber muito bem pra onde ir ou começar são coisas importantíssimas na criação desse que é um dos personagens mais fascinantes da literatura universal. O livro é um dos melhores da literatura inglesa, além de proporcionar momentos descritivos fantásticos, tem uma prévia bem modesta do que Joyce viria a escrever anos mair tarde. O livro traz alguns experimentalismos bem leves, algumas vezes é linguisticamente complexo, mas nada que tire o seu sono. Joyce escolhe narrar as impressões e sensações do mundo de Dedalus, e dá uma ênfase especial a tirania católica ao qual qualquer garoto irlandês era submetido [inclusive o próprio Joyce].
Essa edição da Alfaguara é ótima, bem traduzida e com boas notas:

Por onde começar. - Página 2 UM_RETRATO_DO_ARTISTA_QUANDO_JOVEM_1301277207P

[procure na estante virtual, tem uns baratinhos]

Bem, se você desejar avançar na obra do irlandês eu aconselho que parta logo pro"Ulisses", o livro mais intrigante que eu já li.
Esqueça todos os comentários babacas [proferidos, na grande maioria das vezes, por pessoas que tem conhecimento mínimo na obra do Joyce].
"Ulisses" é uma das grandes invenções do século XX. Um livro desafiador. Seu deboche muitas vezes chega a se passar por pedantismo, mas com uma leitura atenta e calma, percebemos como ele é bonito e simples. acredito que você, Kandinsky, já tenha lido alguma coisa sobre ele. Deve saber que o "Ulisses" é o paralelo moderno da "Odisseia" de Homero. A narrativa de 900 páginas conta a história do irlandês Leopold Bloom, um homem comum, que leva uma vida sem grandes acontecimentos. Leopold é o Ulisses moderno, navegando em Dublin, constantemente encontrando obstáculos. Sua esposa [aqui, ao contrário da mitológica Penélope que é fiel ao seu marido] é Molly Bloom, mulher extremamente simpática e doce [traiçoeira como Capitu], trai Bloom deliberadamente e em determinados momentos sente-se terrivelmente mal por isso, mas não consegue controlar seus impulsos. Buck Mulligan e stephen Dedalus também aparecem no "Ulisses", aliás, o livro é aberto com a clássica cena na torre onde Buck se barbeia enquanto conversa com Dedalus [o "jesuíta execrável"].
Além das referências a Homero, o livro traz elementos da vida pessoal de Joyce [que são muitos - por exemplo, essa torre da cena inicial era a casa de um dos amigos de Joyce, Gogarty. Ele imortalizou Gogarty no Ulisses como Buck Molligan e essa cena é referência ao dia em que Joyce, desabrigado, passou a noite na casa de Gogarty, mas saiu no meio da mesma noite com uma arma apontada na sua cabeça depois de uma discussão Laughing]
E também inúmeras referência a cidade de Dublin e a cultura irlandesa. O livro é uma grande homenagem aos irlandeses. Mas, infelizmente, na época o livro foi tão mal recebido que as pessoas perguntavam desesperadas se tinham inspirado algum personagem, se a resposta fosse positiva, elas - imediatamente - queriam que o personagem fosse retirado. Os irlandeses da época sentiam vergonha de Joyce e o detestavam, de maneira que Joyce passou um bom tempo fora da Irlanda [e ele, claramente, sentia-se muito triste com isso, talvez traído pelo seu próprio povo, o povo que imortalizou nas páginas do seu livro mais bonito]
É um livro difícil, cheio de monólogos interiores [os que mais gosto são o de Dedalus no terceiro capítulo e o de Molly no último capítulo], mas de forma alguma chato. Muito pelo contrário, é um livro que fala muito contigo, te emociona e te diverte. Te surpreende por descrever cenas tão simples com uma linguagem tão rebuscada e inovadora, com perspectivas múltiplas e inesgotáveis.

Joyce demorou muito pra achar uma editora que estivesse interessada em publicar o calhamaço [a editora de Virginia Woolf e seu marido recusou imediatamente], seu grande amigo Ezra Pound [aliás o Ezra foi um dos caras que mais o ajudaram. Ele fez com que Joyce e T.S Eliot se encontrassem inclusive, na ocasião, Eliot deu um sapato de presente a Joyce sensibilizado por sua pobreza Laughing ] rodou a Europa quase toda em busca de uma editora, mas a única que aceitou foi a Shakespeare & Cia, cuja a dona, Sylvia Beach, acabou por se tornar fão incondicional do irlandês.
As reações contra o livro foram diversas. Nos U.S.A muitas cópias foram queimadas sob a acusação de serem obscenas, na própria Irlanda as pessoas [inclusive familiares do Joyce] chamaram o livo de "imundo"; "bobo" e muitas outras coisas. Pouquíssimas pessoas na época reconheceram a genialidade daquelas páginas.

O livro inteiro se passa em apenas um dia, o 16 de junho. Joyce escolheu imortalizar essa data na sua obra-prima porque foi nesse dia que ele e sua namorada, Nora, fizeram sexo pela primeira vez. Reza a lenda que Nora com medo de completar o coito, masturbou Joyce "com os olhos de uma santa" segundo o próprio.

Olha, Kandinsky, a alfaguara tem o Ulisses também, mas a tradução não é das melhores, a tradutora complica a vida do leitor dando um caráter formal a escrita do Joyce [e eu acho isso um crime brutal, já que, a linguagem joyceana é propositalmente despreocupada com formalidades e inventiva o ponto de chegar a ser chula]. Eu gosto muito da tradução do Houssais, apesar dos erros que já foram apontados em alguns estudos. Só tem um porém, o trabalho de notas da edição da Alfaguara é antológico, vale muito a pena, são muito esclarecedoras. Eu te recomendo que se tu tiver a grana compre as duas edições.

Por onde começar. - Página 2 Alfa_ulisses

Você também pode ler o "Dublinenses", uma coletânea de contos bem leves sem grandes experimentalismos linguísticos do irlandês. Tem uns contos bons sim, no total são 15 histórias que enfocam vários aspectos da cidade e seus habitantes. Joyce encontrou alguma dificuldade de publicação por causa do conto Two Gallants que foi considerado obsceno pela crítica, pra variar. É uma boa leitura sem dúvida, mas nada de muito arrebatador como as duas obras citadas acima. Já fiz alguns registros a respeito aqui no fórum.
O maravilhoso "Os mortos" encerra o livro, e é considerado um dos grandes contos já escritos, mas eu prefiro pensar que Joyce era melhor como romancista.

Por onde começar. - Página 2 43046_207

Além da obra ficcional eu indico essa biografia [que eu estou lendo no momento] do Richard Ellmann, que é um trabalho competente e completo [tem 1000 páginas contendo cartas pessoais, notas de rodapé, poemas, e muitas informações sobre a vida de Joyce e seus antepassados.].
É muito bom porque, além de mostrar fatos da vida pessoal do Jim [que era grande fã do italiano, estudando a língua por toda a vida. Também tinha interesse por música e por vezes se irritava com a idolatria generalizada a Wagner.] Esclarece e desarma algumas cenas-chave de livros como o "Ulisses" deixando menos complexo entendimento do todo narrativo.
Achei baratinho na estante virtual, procura lá que você acha.
O único defeito é que colocaram o pior foto do Joyce na capa, mas isso não afeta sua qualidade.

Por onde começar. - Página 2 171025_770

Só pra terminar: Olha, isso tudo aí é muito resumido, Joyce tem coisa pra caramba pra decifrar. Mas, não dá pra se aprofundar muito aqui. O cara viveu fora da Irlanda muito tempo, é chamado de escritor expatriado por causa disso, entretanto, fez da Irlanda o palco para suas maiores obras, celebrando aquela cultura que o repudiou sem pena.

Vá fundo.

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Mensagem por Kandinsky 7th janeiro 2012, 6:05 pm

Muito obrigado pelos esclarecimentos. Vou procurar o O retrato do artista quando Jovem na Estante Virtual. Espero conseguir adentrar na linguagem dele. Essas traduções me preocupam, sempre tiram a essência das intenções do autor.
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Mensagem por Becco 8th janeiro 2012, 7:08 am

Mateus já tava com o .doc pronto, só esperando algum desavisado perguntar! Laughing

PS: Eu li tudo. Sempre pensei que essa tradução nova fosse melhor que a do velho Houaiss.
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Mensagem por Mat 8th janeiro 2012, 10:25 am

Lorenzo Becco escreveu:Mateus já tava com o .doc pronto, só esperando algum desavisado perguntar! Laughing

PS: Eu li tudo. Sempre pensei que essa tradução nova fosse melhor que a do velho Houaiss.


Nem tava vei Laughing
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Mensagem por Karenina 8th janeiro 2012, 12:49 pm

Lorenzo Becco escreveu:Mateus já tava com o .doc pronto, só esperando algum desavisado perguntar! Laughing

Laughing Laughing Laughing

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Mensagem por Jabá 27th janeiro 2012, 10:33 pm

Alguem me recomenda uma boa edição de Almas Mortas? Será se tem alguma com tradução direta?
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Mensagem por César 30th janeiro 2012, 8:05 am

Almas Mortas tem uma edição fácil de encontrar no sebo que é trad da Belinky.
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Mensagem por Becco 30th janeiro 2012, 10:05 am

5 contos; fácil, fácil aqui nos sebos de Fortaleza.

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Mensagem por Jabá 30th janeiro 2012, 8:19 pm

Obrigado amigos. Smile
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Mensagem por aline veras 31st janeiro 2012, 6:07 am

Becco, eu comprei essa edição do Almas Mortas no sebo do Geraldo, no Centro. Tu conhece? Comprei por 5 reais mesmo, e o livro em excelente estado.
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Mensagem por aline veras 31st janeiro 2012, 6:09 am

Gente, tem uma nova edição de Almas Mortas que custa mais de 60 reais. NAM! Esse da Coleção Abril é mais barato e é a mesma coisa. Tradução direta da Belinsky.
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Mensagem por Jabá 8th fevereiro 2012, 6:42 am

Gostaria de ler Thomas Pynchon, mas não sei por onde começo.
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Mensagem por Becco 8th fevereiro 2012, 9:11 am

aline veras escreveu:Becco, eu comprei essa edição do Almas Mortas no sebo do Geraldo, no Centro. Tu conhece?

Não, onde fica?

Jabá escreveu:Gostaria de ler Thomas Pynchon, mas não sei por onde começo.

O Mateus tem um .doc esperando pra ser postado.
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Mensagem por tiago 8th fevereiro 2012, 9:54 am

Jabá escreveu:Gostaria de ler Thomas Pynchon, mas não sei por onde começo.

Começa pelo primeiro mesmo, V.

Mat escreveu:Olha, Kandinsky, a alfaguara tem o Ulisses também, mas a tradução não é das melhores, a tradutora complica a vida do leitor dando um caráter formal a escrita do Joyce [e eu acho isso um crime brutal, já que, a linguagem joyceana é propositalmente despreocupada com formalidades e inventiva o ponto de chegar a ser chula

Sério? Eu sempre li exatamente o contrário, que a Maria Bernardina tentou recuperar o coloquialismo e o Houaiss complicou.
Mas eu li alternando as duas traduções.
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Mensagem por Jabá 8th fevereiro 2012, 10:14 am

tpnocera escreveu:
Jabá escreveu:Gostaria de ler Thomas Pynchon, mas não sei por onde começo.

Começa pelo primeiro mesmo, V.

Detalhes?
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Mensagem por Karenina 8th fevereiro 2012, 10:39 am

Acho que uma conversa que tive com o Mat sobre ele escrever muito o vez muito mal.

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Mensagem por Mat 8th fevereiro 2012, 10:40 am

tpnocera escreveu:
Mat escreveu:Olha, Kandinsky, a alfaguara tem o Ulisses também, mas a tradução não é das melhores, a tradutora complica a vida do leitor dando um caráter formal a escrita do Joyce [e eu acho isso um crime brutal, já que, a linguagem joyceana é propositalmente despreocupada com formalidades e inventiva o ponto de chegar a ser chula

Sério? Eu sempre li exatamente o contrário, que a Maria Bernardina tentou recuperar o coloquialismo e o Houaiss complicou.
Mas eu li alternando as duas traduções.

Olha, a tradução dela tem seus méritos, o trabalho de notas é antológico e em alguns momentos ela esclarece com a sua tradução algumas cenas que, na tradução do Houssais, ficaram pouco claras. Mas, eu honestamente acho o texto do velho Houssais mais fluido.

Jabá escreveu:Gostaria de ler Thomas Pynchon, mas não sei por onde começo.

Jabá, eu acho melhor tu começar pelo "Gravity's rainbow", é um livro marcante e tem mostras do que o Pynchon faz de melhor.
Tpnocera, eu terminei de ler V recentemente e não gostei muito não cara, no fim das contas, esperava mais do livro de estreia dele, não que seja inteiramente ruim, não, não é isso; é que simplesmente achei que o livro morreu na praia.
Tem algumas ótimas passagens com descrições muito boas, mas o livro tem toda uma confusão conflituosa que não lhe deixa alcançar o âmago da história, você fica com a sensação que praticamente não ouviu nada de relevante para a compreensão da narrativa. Eu não sei se é proposital [provavelmente o é] ou se o Pynchon ainda não tinha, nessa época, o completo domínio da sua narrativa.
Jabá, a história do livro eu achei pouco atraente pro o que eu já conheço do estilo do Pynchon; Benny Profane que recebeu a dispensa na marinha passa os seus dias entre o tédio da existência e o bar V note, até que ele conhece Stencil, um cara determinado a encontrar e solucionar o mistério do paradeiro de uma mulher chamada V [que conheceu seu pai na guerra]. Um outro amigo seu chama-se Slab, um artista que não consegue pintar nada mais a não ser um queijo dinamarquês hahaha.
Enfim, achei o livro pouco claro e não muito revelador, muito diferente da confusão belissimamente orquestrada de "Gravity's". Gostei até mais de "Vício inerente", mas sei lá, vai saber, talvez eu não esteja totalmente preparado pra entender.
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Mensagem por Mat 8th fevereiro 2012, 10:41 am

Karenina escreveu:Acho que uma conversa que tive com o Mat sobre ele escrever muito o vez muito mal.

Se vc não parar, nunca mais vou fazer uma pokewar contigo no facebook! Laughing
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Mensagem por tiago 8th fevereiro 2012, 11:35 am

Mat escreveu:
tpnocera escreveu:
Mat escreveu:Olha, Kandinsky, a alfaguara tem o Ulisses também, mas a tradução não é das melhores, a tradutora complica a vida do leitor dando um caráter formal a escrita do Joyce [e eu acho isso um crime brutal, já que, a linguagem joyceana é propositalmente despreocupada com formalidades e inventiva o ponto de chegar a ser chula

Sério? Eu sempre li exatamente o contrário, que a Maria Bernardina tentou recuperar o coloquialismo e o Houaiss complicou.
Mas eu li alternando as duas traduções.

Olha, a tradução dela tem seus méritos, o trabalho de notas é antológico e em alguns momentos ela esclarece com a sua tradução algumas cenas que, na tradução do Houssais, ficaram pouco claras. Mas, eu honestamente acho o texto do velho Houssais mais fluido.

Achei esse trabalho de uma acadêmica de letras, e ela basicamente concorda: http://www.puc-rio.br/pibic/relatorio_resumo2008/resumos/ctch/let/letra_debora.pdf



Jabá escreveu:Gostaria de ler Thomas Pynchon, mas não sei por onde começo.

Mat escreveu:Jabá, eu acho melhor tu começar pelo "Gravity's rainbow", é um livro marcante e tem mostras do que o Pynchon faz de melhor.
Tpnocera, eu terminei de ler V recentemente e não gostei muito não cara, no fim das contas, esperava mais do livro de estreia dele, não que seja inteiramente ruim, não, não é isso; é que simplesmente achei que o livro morreu na praia.
Tem algumas ótimas passagens com descrições muito boas, mas o livro tem toda uma confusão conflituosa que não lhe deixa alcançar o âmago da história, você fica com a sensação que praticamente não ouviu nada de relevante para a compreensão da narrativa. Eu não sei se é proposital [provavelmente o é] ou se o Pynchon ainda não tinha, nessa época, o completo domínio da sua narrativa.
Jabá, a história do livro eu achei pouco atraente pro o que eu já conheço do estilo do Pynchon; Benny Profane que recebeu a dispensa na marinha passa os seus dias entre o tédio da existência e o bar V note, até que ele conhece Stencil, um cara determinado a encontrar e solucionar o mistério do paradeiro de uma mulher chamada V [que conheceu seu pai na guerra]. Um outro amigo seu chama-se Slab, um artista que não consegue pintar nada mais a não ser um queijo dinamarquês hahaha.
Enfim, achei o livro pouco claro e não muito revelador, muito diferente da confusão belissimamente orquestrada de "Gravity's". Gostei até mais de "Vício inerente", mas sei lá, vai saber, talvez eu não esteja totalmente preparado pra entender.

Eu já gosto o suficiente de V. e concordo que ele vai desenvolver em escala e qualidade vários elementos a busca obsessiva por alguma coisa que pode ou não fazer sentido, o grupo de malucos, o senso de humor aleatório, etc. Mas pragmaticamente falando acho que faz mais sentido ler V., que é mais curto e de trama mais simples e decidir se gosta do estilo de autor antes de investir direto no Gravity´s Rainbow.
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Mensagem por Jabá 8th fevereiro 2012, 12:59 pm

Agora bateu um medinho de ler Pynchon. Não sei se estou inteiramente preparado... Neutral

Qual edição recomendam de O Arco Íris da gravidade? É nesse que o cara engole o toletão de merda pensando que é o pau do negão criado com tomate?
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