Ernest Hemingway

Ernest Miller Hemingway nasceu em 1899, em Oak Park, Illinois (EUA). Filho de um médico da zona rural, cresceu em contato com um ambiente pobre e rude, que conheceu ao acompanhar o trabalho do pai na região. Esse ambiente foi descrito em seu livro de contos In Our Time (1925).

Trabalhando como repórter, Hemingway alista-se no exército italiano em 1916 e é gravemente ferido na frente de batalha. Ao deixar o hospital, passa a trabalhar como correspondente em Paris. Em 1926, publica O Sol Também Se Levanta, livro que obteria um sucesso surpreendente.

Em 1929, publica Adeus às Armas, que descreve a experiência militar de seu autor na Itália.

Vai para a Espanha, onde produz Morte à Tarde (1932), sobre as touradas; faz caçadas na África Central, que relata em As Verdes Colinas da África (1935); participa da Guerra Civil Espanhola e escreve Por Quem os Sinos Dobram (1940); de suas experiências como pescador em Cuba, surge O Velho e o Mar (1952), livro que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer.

Ganhador do Nobel de Literatura (1954), Hemingway suicidou-se em sua casa de Ketchum, em Idaho (EUA), em 1961.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ernest-hemingway.jhtm

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Já leram alguma coisa? Eu li esses dias "O Velho e o Mar" e achei bacaninha, ainda mais por ser curto e de leitura fluida. Mas fiquei com a impressão de ser superestimado. Ainda penso em pegar alguns na biblioteca: O Sol Também se Levanta, Adeus às Armas, Por Quem os Sinos Dobram e Paris é uma festa.

Vale conferir o curta do Petrov que, apesar de resumir bastante a já breve história, possui uma arte belíssima:

Ciro, eu já li algumas coisas dele e achei uma auto-ficção bem fraca. Conheço gente que jure ser um dos melhores autores do mundo, mas eu não entendo.

Também só li "O velho e o mar" e achei a animação muito mais foda que o livro. Tenho curiosidade em ler uns contos dele. Mas não é nem de longe uma de minhas leituras prioritárias.
Já baixei faz um tempo esse filme e nunca lembro de assistir:



Enfim a vida do cara é um puta livro. Principalmente se aquele lance da mãe enviar a arma que o pai se matou para ele e [spoiler] ele se matar com ela no final [spoiler] é bem tensa.

César escreveu:Ciro, eu já li algumas coisas dele e achei uma auto-ficção bem fraca. Conheço gente que jure ser um dos melhores autores do mundo, mas eu não entendo.

2.

A vida dele é tão interessante que merecia um escritor melhor.

Só li esse e foi um suplício:



Lembro quando o César usava um avatar dele (mesmo esculhambando o que ele escreveu).

O cara é ícone

Também tenho esse filme, mas ainda não vi.

Só animei ler esse (e futuramente outros) livro dele por encontrar na biblioteca. Se tivesse que comprar ia demorar mais.

Italo Calvino escreveu:Com filosofia, Hemingway, é notório, não se mete. Mas com a filosofia americana, ligada tão diretamente a uma “estrutura”, a um ambiente de atividade e de concepções práticas, a sua poética apresenta coincidências que são tudo menos casuais. Ao neopositivismo que propõe as regras do pensamento num sistema fechado, sem outra validade a não ser nele mesmo, corresponde a fidelidade ao código ético-desportivo dos heróis hemingwaianos, única realidade segura num universo incognoscível. Ao behaviorismo, que identifica a realidade do homem com os paradigmas de seu comportamento, corresponde o estilo de Hemingway, que no elenco dos gestos, nas provocações de uma conversa sumária, queima a realidade inatingível dos sentimentos e dos pensamentos.

Hemingway compreendeu alguma coisa sobre como se está no mundo de olhos abertos e enxutos, sem ilusões nem misticismos, como se está sozinho sem angústias e como se está acompanhado melhor que sozinho: e, sobretudo, elaborou um estilo que exprime de forma completa a sua concepção da vida, e que, se às vezes acusa os seus limites e vícios, pode em suas melhores produções (como nos contos de Nick) ser considerada a linguagem mais seca e imediata, a mais isenta de excessos e inchações, a mais limpidamente realista da prosa moderna.

Alguém já leu no original? Já vi outros autores ressaltarem o estilo dele também, não sei se foi o caso de se perder na tradução...

O Steiner fala muito bem dele. Destaca sempre o estilo bíblico de narrar, as lacunas deixadas ao longo da história. Aqui ó: https://www.youtube.com/watch?v=Oear9SEXQKQ É logo no início. Eu só li The old man and the sea mesmo, cara, lembro que não gostei muito.

Li Paris é uma Festa. O livro é uma autobiografia sobre sua primeira fase em Paris, pelo menos é o que aparenta ser. Fala bastante da relação com Gertrude Stein, Ezra Pound, Fitzgerald. Eu achei o livro historicamente interessante por causa das curiosidades literárias(o processo de desenvolvimento do escritor, relação com outros escritores, essas coisas), mas não é uma grande obra em termos de linguagem, etc.