Oblomov [Обломов]
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Oblomov [Обломов]
Alguém já leu?
A Cosac está traduzindo, já ta perto de lançar, acho.
A Cosac está traduzindo, já ta perto de lançar, acho.
É o mais conhecido romance do escritor russo Ivan Goncharov, publicado pela primeira vez em 1859. Oblomov é também o nome dado ao herói do romance, muitas vezes visto como a última encarnação do homem supérfluo, uma característica simbólica na literatura russa do século 19. Este romance foi comparado a Hamlet de Shakespeare por responder "Não!" à questão "Ser ou não ser?".
Oblomov é um jovem e generoso nobre incapaz de tomar decisões importantes ou empreender quaisquer acções significativas. Ao longo da história ele passa a maior parte do tempo na cama ou no sofá - durante as primeiras 150 páginas do romance, Oblomov não consegue sair de sua cama. O livro foi considerado uma sátira à nobreza russa cuja função econômica e social era cada vez mais posta em cheque na Rússia em meados do século XIX.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Oblomov [Обломов]
Li essa edição da Penguin. É bom porém bem datado.
E não é essa jujuba toda que a Cosac diz.
E não é essa jujuba toda que a Cosac diz.
Re: Oblomov [Обломов]
Já lançou... e é caro....
http://editora.cosacnaify.com.br/Loja/PaginaLivro/1471/Obl%C3%B3mov.aspx
http://editora.cosacnaify.com.br/Loja/PaginaLivro/1471/Obl%C3%B3mov.aspx
lavoura- Guerra e Paz
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Re: Oblomov [Обломов]
O livro é forrado de veludo e tem grãos de ouro espalhado pelas páginas. Vcs não sabem usufruir as coisas boas da vida
tiago- Crime e Castigo
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Re: Oblomov [Обломов]
Cosac Naify é coisa de burguês. Quando sair pela LPM eu compro.
Belo acontecimento esse da Penguin-Cia. das Letras. Comprei um com vários excertos de obras da maturidade de Tolstoi. Muito bom!
Belo acontecimento esse da Penguin-Cia. das Letras. Comprei um com vários excertos de obras da maturidade de Tolstoi. Muito bom!
Franz- A Dama do Cachorrinho
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Data de inscrição : 23/09/2012
Re: Oblomov [Обломов]
Os últimos dias de Tolstoi??Laranjinha escreveu:Cosac Naify é coisa de burguês. Quando sair pela LPM eu compro.
Belo acontecimento esse da Penguin-Cia. das Letras. Comprei um com vários excertos de obras da maturidade de Tolstoi. Muito bom!
É bem legal mesmo! Andei folheando-o.
Mas nem sempre é barato esses pockets. Eles estão para lançar um box do Dom quixote, já tem até a arte da capa. São belas!
Mas senão me engano o valor deles será R$79,00.
Sai mais barato doque a da editora 34, mas não vem com as ilustrações do Doré.
Cosac é bom para comprar no dia da promoção de 50%, mas mesmo assim é caro.
lavoura- Guerra e Paz
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Re: Oblomov [Обломов]
A cosac-naify da 40% de desconto pra professor, e pelo que eu andei esse livro vale a pena.
schmidt- A Dama do Cachorrinho
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Localização : Volta Redonda
Re: Oblomov [Обломов]
schmidt escreveu:A cosac-naify da 40% de desconto pra professor, e pelo que eu andei esse livro vale a pena.
Um amigo meu falou isso. Pelo menos eles entendem que professor é um bicho fudido que não tem grana nem pra comprar livro. Vou me cadastrar
Jabá- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 06/09/2011
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Re: Oblomov [Обломов]
http://editora.cosacnaify.com.br/Upload/SaiuImprensa/7/4/7/23102012142836_oblomov.jpg
Jabá- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Oblomov [Обломов]
lavoura escreveu:Cosac é bom para comprar no dia da promoção de 50%, mas mesmo assim é caro.
Sempre ouço falar mas nunca vi esse dia. Acontece uma vez por ano? Tem alguma data fixa, época ou é completamente aleatório?
Todo modo, gostei bastante da sinopse desse Oblomov. Pro livro manter o interesse com 150 páginas do protagonista deitado na cama sem fazer nada, tem de ser bem escrito.
Não está nas minhas prioridades pelo preço, mas sempre é bom ter lançamentos de outros russos menos conhecidos.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Oblomov [Обломов]
Acabamento impecável, mas o preço é proibitivo. A premissa me interessou bastante, mas por esse preço e tendo em vista que não consigo ler mais de 15 páginas por semestre, em 468 anos terei oportunidade de ler este livro. Não há pressa portanto de comprar agora, e até lá a Pinguim no Cio pode lançar uma edição mais econômica.
Gourmet- A Senhoria
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Data de inscrição : 20/09/2011
Re: Oblomov [Обломов]
Gourmet escreveu:Acabamento impecável, mas o preço é proibitivo. A premissa me interessou bastante, mas por esse preço e tendo em vista que não consigo ler mais de 15 páginas por semestre, em 468 anos terei oportunidade de ler este livro. Não há pressa portanto de comprar agora, e até lá a Pinguim no Cio pode lançar uma edição mais econômica.
Acho difícil a cia lançar Oblomov por agora, mas de qualquer forma, vou entrar no bonde da espera também
Mat- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 12/07/2011
Idade : 33
Localização : Bahia
Re: Oblomov [Обломов]
Pessoal
Podem fazer o investimento (nem que seja a prazo) na compra deste livro porque eu lhes garanto que vale cada centavo.
Pela complexidade dos personagens e relações interpessoais, sinto-me muito seguro em afirmar que Gontcharóv não fica a dever nada (em qualidade, não em produtividade, obviamente) a Dostoievski.
Aliás, Oblomov é o perfeito "homem do subsolo" (sem o cinismo do "alter"), enquanto Stolz é um típico "homem de ação", porém ambos retratados de modo expressivamente mais humano do que aqueles descritos por Dostoievski.
Sem dúvida alguma, no meu "top five" da literatura russa fui obrigado a encontrar lugar para Oblomov!
Podem fazer o investimento (nem que seja a prazo) na compra deste livro porque eu lhes garanto que vale cada centavo.
Pela complexidade dos personagens e relações interpessoais, sinto-me muito seguro em afirmar que Gontcharóv não fica a dever nada (em qualidade, não em produtividade, obviamente) a Dostoievski.
Aliás, Oblomov é o perfeito "homem do subsolo" (sem o cinismo do "alter"), enquanto Stolz é um típico "homem de ação", porém ambos retratados de modo expressivamente mais humano do que aqueles descritos por Dostoievski.
Sem dúvida alguma, no meu "top five" da literatura russa fui obrigado a encontrar lugar para Oblomov!
Andrei- Noites Brancas
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Data de inscrição : 13/01/2012
Idade : 50
Localização : Porto Alegre
Re: Oblomov [Обломов]
Andrei escreveu:Pessoal
Podem fazer o investimento (nem que seja a prazo) na compra deste livro porque eu lhes garanto que vale cada centavo.
Pela complexidade dos personagens e relações interpessoais, sinto-me muito seguro em afirmar que Gontcharóv não fica a dever nada (em qualidade, não em produtividade, obviamente) a Dostoievski.
Aliás, Oblomov é o perfeito "homem do subsolo" (sem o cinismo do "alter"), enquanto Stolz é um típico "homem de ação", porém ambos retratados de modo expressivamente mais humano do que aqueles descritos por Dostoievski.
Sem dúvida alguma, no meu "top five" da literatura russa fui obrigado a encontrar lugar para Oblomov!
Vamos formar uma fila para entrar na bancarrota, amigos!
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Oblomov [Обломов]
Segundo o Lavoura a promoção da Cosac é em agosto. Compramos lá então.
Fiquei ainda mais curioso após o comentário do Andrei. Notas do Subsolo é um livro que gosto muito, no meu TOP 10 geral.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Oblomov [Обломов]
Oric escreveu:
Segundo o Lavoura a promoção da Cosac é em agosto. Compramos lá então.
Fiquei ainda mais curioso após o comentário do Andrei. Notas do Subsolo é um livro que gosto muito, no meu TOP 10 geral.
O ano passado foi bem no fim de agosto, se não estou enganado foi dia 30.
E lembro que extrapolei o orçamento. Porque durante a Bienal a cultura fez uma promoção de editoras e comprei uns livros. Ai chegou o fim do mês e a Cosac fez aquilo!
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Oblomov [Обломов]
liá Ilitch Oblomov passa o dia inteiro vestido de roupão sem sair do divã. Aassim como seu autor, é filho da classe decadente dos senhores rurais russos às vésperas do fim da servidão. A própria imagem da indolência, dorme e boceja todo tempo: “ficar deitado não era nem uma necessidade, como é para um doente ou para alguém que deseja dormir, nem um acaso, como é para alguém que está cansado, nem um prazer, como é para um preguiçoso: tratava-se de um estado normal”, conta-nos o narrador.
Incapaz de fazer o que quer que seja, até planeja, porém sem ter ânimo para executar. Os dias se repetem sem variação: “assim que acordou, ele prontamente resolveu que iria levantar-se, lavar-se e, após beber seu chá, refletir de modo adequado, chegar a alguma conclusão, anotá-la e, no geral, ocupar-se com aqueles assuntos da maneira devida. Continuou deitado por mais meia hora, atormentando-se com aquela intenção, mas depois considerou que ainda teria tempo de fazer aquilo após o chá e que poderia muito bem tomar o chá como de costume na cama, tanto mais porque nada o impedia de pensar e continuar deitado.”
O constante interlocutor é o criado Zakhar, agregado da família desde criança. Com o patrão, tem uma ligação que varia entre o devotamento à simples pirraça, sem deixar de ser um servo sempre: traz-lhe o que comer, calça suas botas. Nesse convívio, há ainda Olga, cantora lírica que ama Oblomov mas acaba por se casar com o alemão Stolz, um colega de infância do protagonista que é em tudo diferente, trata-se de um grande trabalhador que, pleno de vitalidade, se empenha pelo futuro.
Ao contrário do que o leitor pode pensar, não se trata de um livro em que nada ocorre. Pois seu protagonista se mete numa inquietante trama de adiamentos, desfazeres e irresoluções. De certo modo, lembra Bartleby, personagem inventado pelo americano Herman Melville mais ou menos na época. Este é um escrivão que, a cada pedido do chefe, numa Nova York em franca expansão capitalista da virada do século, responde com a mesma frase, “prefiro não fazer”, uma das mais conhecidas na história da literatura. Não é resistência, do tipo da alcançada a seu modo por Bartleby, que mobiliza –melhor seria dizer desmobiliza— Oblomov. Para essa abulia e inércia que o caracteriza, há mesmo uma expressão, o “oblomovismo”, termo que passou a ser adotado na Rússia desde a publicação da obra.
Quem primeiro usou a definição de “obra-prima” foi Tolstói, mestre da literatura russa que era temido como crítico. Preocupado com opinião tão respeitada, Gontcharov escreveu pedindo que, durante a leitura, saltasse a parte que achava ruim, escrita quase uma década antes de publicar: “Não leia a primeira parte se tiver tempo, no entanto, leia por favor a segunda e terceira partes, que escrevi bem mais tarde.” Escreveu-lhe depois, contente com a boa apreciação: “Há muito quero lhe agradecer calorosamente pelos comentários gentis”. Um pouco adiante, na mesma carta, diz: “Suas palavras têm um valor especial para mim, ainda mais sabendo o quão rigoroso é seu julgamento”. A correspondência é de 1859, ano do lançamento. Antes de “Oblomov”, Gontcharov fizera um romance de formação, "Uma História Trivial", depois, publicou "A Queda”, do gênero retrato de artista.
Rubens Figueiredo, tradutor de, entre outros, o próprio Tolstoi, teve a missão de trazer a obra para o português. Cuidou também da apresentação. A edição inclui um posfácio do crítico italiano, Renato Poggioli (1907-1963), especialista em literatura russa. A edição tem capa dura, revestida de tecido. Em papel-bíblia, as páginas trazem ilustrações que aludem às estampas de tecidos usados pela aristocracia daquele tempo de Oblomov.
As perguntas seguem para o tradutor. Para quem cumpriu há pouco a longa travessia de verter a nova edição de “Guerra e Paz”, de Tolstói, o “Oblomov” seria uma empreitada mais simples no que se refere a estilo, temática, vocabulário ou contexto? “Pode-se dizer que é um trabalho mais simples”, diz Figueiredo.
A obra de Tolstói, explica ele, “explora dimensões sociais e históricas muito abrangentes, e sua marca é a grande diversidade de situações, de personagens e de seus pontos de vista”. “Oblomov”, por sua vez, “prima pela concentração, pela fixação num ponto, pela reiteração, pela ausência de desenvolvimento ou pelo menos pelo desenvolvimento muito vagaroso”. Isso dá, com explica, o ritmo do livro. “Em consequência, o vocabulário e o estilo de ‘Oblomov’ é mais restrito, quantitativamente falando.” Sua opção foi, como conta, “seguir, o máximo possível, as preocupações e as características linguísticas do original. As formas dos diálogos, as expressões que servem de marcas nos diálogos foram traços que tentei preservar.”
O tradutor chama a atenção para uma questão-chave: a palavra “oblomovismo”. Diz Figueiredo: “como é tradição, me trouxe uma certa dor de cabeça. O sufixo no texto russo não é o grego –ismo, mas sim um sufixo vernáculo russo. Consultei pessoas que conhecem o russo muito mais do que eu e verifiquei que a questão era controversa e até
polêmica. Poderia optar por algo como oblomovite, também do grego, ou, talvez a melhor, oblomovice, este um sufixo vernáculo do português. Mas, ao sugerir essa solução para especialistas, a maioria repudiou a ideia. Como não tinha muita segurança e, sobretudo, tratava-se de um detalhe sem maior peso no sentido geral do livro, adotei a forma mais conservadora, digamos assim. Mas hoje não sei se faria o mesmo.”
Entre os projetos de Rubens Figueiredo, também ficcionista premiado --“Passageiro do Fim do Dia”, o mais recente, o fez vencer o Prêmio Portugal Telecom de 2011 --, há a tradução de um grande volume com todos os contos de Tolstói, previsto pela Cosac Naify para o próximo ano. O “Guerra e Paz” de que cuidou, lançado em fins de 2011, está na segunda edição.
http://gazetarussa.com.br/arte/2013/02/01/oblomov_obra-prima_de_ivan_gontcharov_e_um_dos_mais_importantes_livros_r_17413.html
Todos os contos do Tolstói vai ser muito cofre!!!!!
É rezar pra novela Dois Hussardos entrar nesse bolo aí, afinal, não sei qual critério utilizam para classificar a obra como conto ou novela.
Mas como dizia o grande Isaac Babél, os russos só tem um contista: Tchekhov. As demais obras que chama de "contos" são romances condensados.
Quase convencido a comprar esse Oblomov. Só falta cair de preço.
Jabá- Guerra e Paz
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Re: Oblomov [Обломов]
Cofre total!
Além disso, a LPM vai lançar a trilogia (semi?) autobiográfica do Tolstoi (Infância, Adolescência e Juventude) com tradução direta do russo, com aquele precinho camarada.
Além disso, a LPM vai lançar a trilogia (semi?) autobiográfica do Tolstoi (Infância, Adolescência e Juventude) com tradução direta do russo, com aquele precinho camarada.
Oric- Crime e Castigo
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