Ítalo Calvino
+4
lavoura
Karenina
tmanfrini
Mat
8 participantes
Página 2 de 3
Página 2 de 3 • 1, 2, 3
Re: Ítalo Calvino
Vou fingir que nem faz tanto tempo que deixei de participar aqui.
Fuçando a lista de meus "favoritos" vi o site e me lembrei que comentava sobre algumas coisas (lembrar o usuário e senha, já não foi tão simples, mas isso é outra história). Acho que minha última postagem foi sobre Borges...
Volto com Italo Calvino e tudo fica em família.
Poderia falar do "Seis propostas para o novo milênio", que guardo em minha lembrança, mas torno a "Cidades Invisíveis" tão poético e envolvente quanto o primeiro. O livro nos conduz através da imaginação narrativa de Marco Polo antes descrever o império de Kublai Khan (como se pode ver no "Livro das Maravilhas"). No livro de Calvino, Polo descreve para o imperador todas as cidades que estiveram em seu percurso até chegar ali. A narrativa seduz a imaginação de Khan que duvida se todas aquelas descrições são realmente fieis e se elas existem. Khan se pergunta se todas aquelas imagens e detalhes não seriam fruto de sua própria imaginação a partir do relato sobre as cidades que ele nunca havia percebido, ou se dado conta, a não ser pela narrativa de Marco Polo.
Há um trecho no qual o narrador ciente dos pensamentos de Khan, diz que todas as descrições de Marco Polo são sobre a mesma cidade e que os elementos são postos de modos distintos e eis que desses novos movimentos, desse puzzle surge uma nova cidade. Os elementos seriam os mesmos e Khan, através do relato de Polo, "monta e desmonta" os pedaços das cidades, formando assim as suas próprias e particulares cidades. A curiosidade do imperador persiste e ele não permite que Polo deixe de contar/descrever os lugares e suas histórias. A familiaridade com o método de Sherazade é quase impossível de evitar. Polo continua a narrativa, descrevendo detalhes quase sempre "inexpressivos" sobre as caracteristicas de tais cidades encobertas pelo desconhecido, que ainda não foram visitadas, vistas, portanto, invísiveis.
"Cidades Invisiveis" tem uma poesia suave e quem leu "Seis propostas para o novo milênio" consegue fácil, fácil encontrar as aproximações entre uma obra e outra. Há um outro livro que envereda por este tipo de imaginário, o "Histórias de Cronópios e Famas" do argentino Julio Cortázar. Não descreve cidades, mas recria sujeitos e objetos inexistentes como se existissem. Ao menos, na imaginação eles existam.
Mas para não dizer que não falei de flores, odeio Diogo Mainardi, tradutor deste livro e de outros do Italo Calvino. Pra mim é um paradoxo: uma anta, demente e reacionária da estirpe do Mainardi traduzir uma sensibilidade revolucionária e fantástica como a que está presente no Cidades Invisíveis. É impossível explicar tudo, né verdade?
Fuçando a lista de meus "favoritos" vi o site e me lembrei que comentava sobre algumas coisas (lembrar o usuário e senha, já não foi tão simples, mas isso é outra história). Acho que minha última postagem foi sobre Borges...
Volto com Italo Calvino e tudo fica em família.
Poderia falar do "Seis propostas para o novo milênio", que guardo em minha lembrança, mas torno a "Cidades Invisíveis" tão poético e envolvente quanto o primeiro. O livro nos conduz através da imaginação narrativa de Marco Polo antes descrever o império de Kublai Khan (como se pode ver no "Livro das Maravilhas"). No livro de Calvino, Polo descreve para o imperador todas as cidades que estiveram em seu percurso até chegar ali. A narrativa seduz a imaginação de Khan que duvida se todas aquelas descrições são realmente fieis e se elas existem. Khan se pergunta se todas aquelas imagens e detalhes não seriam fruto de sua própria imaginação a partir do relato sobre as cidades que ele nunca havia percebido, ou se dado conta, a não ser pela narrativa de Marco Polo.
Há um trecho no qual o narrador ciente dos pensamentos de Khan, diz que todas as descrições de Marco Polo são sobre a mesma cidade e que os elementos são postos de modos distintos e eis que desses novos movimentos, desse puzzle surge uma nova cidade. Os elementos seriam os mesmos e Khan, através do relato de Polo, "monta e desmonta" os pedaços das cidades, formando assim as suas próprias e particulares cidades. A curiosidade do imperador persiste e ele não permite que Polo deixe de contar/descrever os lugares e suas histórias. A familiaridade com o método de Sherazade é quase impossível de evitar. Polo continua a narrativa, descrevendo detalhes quase sempre "inexpressivos" sobre as caracteristicas de tais cidades encobertas pelo desconhecido, que ainda não foram visitadas, vistas, portanto, invísiveis.
"Cidades Invisiveis" tem uma poesia suave e quem leu "Seis propostas para o novo milênio" consegue fácil, fácil encontrar as aproximações entre uma obra e outra. Há um outro livro que envereda por este tipo de imaginário, o "Histórias de Cronópios e Famas" do argentino Julio Cortázar. Não descreve cidades, mas recria sujeitos e objetos inexistentes como se existissem. Ao menos, na imaginação eles existam.
Mas para não dizer que não falei de flores, odeio Diogo Mainardi, tradutor deste livro e de outros do Italo Calvino. Pra mim é um paradoxo: uma anta, demente e reacionária da estirpe do Mainardi traduzir uma sensibilidade revolucionária e fantástica como a que está presente no Cidades Invisíveis. É impossível explicar tudo, né verdade?
Darth Vader- Noites Brancas
- Mensagens : 58
Data de inscrição : 15/07/2011
Localização : Nave Imperial
Re: Ítalo Calvino
Parece que ele esqueceu de escrever o post gigante sobre o grande Calvino.
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ítalo Calvino
Lorenzo Becco escreveu:E você esqueceu de fazer sua conta no facebook.
Eu fiz no Skoob.
Porque vc não aceita meu convite, seu puto?
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ítalo Calvino
Comecei a ler o "Porque ler os clássicos" . Realmente os ensaios são muito bons! Gostei muito do Anábase do Xenofonte. O ensaios sobre as odisseias dentro da Odisseia também é ótimo.
A frase que fecha o ensaio do "Porque ler os clássicos" é perfeita.
Do cara dizendo que enquanto preparavam a cicuta, sócrates aprendia uma nova música quando indagaram o porque dele querer aprender se logo mais estaria morto ele responde que é justamente para aprender mais uma música antes da morte.
A frase que fecha o ensaio do "Porque ler os clássicos" é perfeita.
Do cara dizendo que enquanto preparavam a cicuta, sócrates aprendia uma nova música quando indagaram o porque dele querer aprender se logo mais estaria morto ele responde que é justamente para aprender mais uma música antes da morte.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Ítalo Calvino
lavoura escreveu:Comecei a ler o "Porque ler os clássicos" . Realmente os ensaios são muito bons! Gostei muito do Anábase do Xenofonte. O ensaios sobre as odisseias dentro da Odisseia também é ótimo.
A frase que fecha o ensaio do "Porque ler os clássicos" é perfeita.
Do cara dizendo que enquanto preparavam a cicuta, sócrates aprendia uma nova música quando indagaram o porque dele querer aprender se logo mais estaria morto ele responde que é justamente para aprender mais uma música antes da morte.
Finalmente. Recomendo esse livro a qualquer um que se considere um leitor sério.
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ítalo Calvino
Realmente o livro é muito bom, tanto pela qualidade quanto pela facilidade em assimilar a informação que o Calvino disponibiliza ali. O calvino foca-se somente no texto analisado então dá para ler tranquilo sem background algum.
Só não gostei na sinopse na traseira do livro, o cara foca só no primeiro ensaio e não comenta nada mais do restante. Acho que isso afasta um pouco as pessoas. Sei lá, dá forma como ficou parece que é um desses livros "Fique rico comendo bananas" " O segredo do empreendedor de sucesso".
Só não gostei na sinopse na traseira do livro, o cara foca só no primeiro ensaio e não comenta nada mais do restante. Acho que isso afasta um pouco as pessoas. Sei lá, dá forma como ficou parece que é um desses livros "Fique rico comendo bananas" " O segredo do empreendedor de sucesso".
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Ítalo Calvino
lavoura escreveu:Realmente o livro é muito bom, tanto pela qualidade quanto pela facilidade em assimilar a informação que o Calvino disponibiliza ali. O calvino foca-se somente no texto analisado então dá para ler tranquilo sem background algum.
Só não gostei na sinopse na traseira do livro, o cara foca só no primeiro ensaio e não comenta nada mais do restante. Acho que isso afasta um pouco as pessoas. Sei lá, dá forma como ficou parece que é um desses livros "Fique rico comendo bananas" " O segredo do empreendedor de sucesso".
Mas você está vacinado contra isso porque teve amparo aqui no fórum. Deixe os outros leitores se fuderem.
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ítalo Calvino
Tenho que comprar esse livro. Jabá e Lavoura agora são Calvinófilos!
Mas tem que ter lido os 3 romances do Nossos Antepassados pra ser da Elite dos Fãs!
Mas tem que ter lido os 3 romances do Nossos Antepassados pra ser da Elite dos Fãs!
Re: Ítalo Calvino
Perdão, pertenço a elite.
Sempre que vejo um dos livros do Calvino com preço baixo acabo comprando. Tenho mais uns 4 aqui na estante além do "Se um viajante numa noite de inverno" que sempre fico adiando a leitura. É um excelente autor que na minha opnião não tem metade da fama que deveria ter.
Sempre que vejo um dos livros do Calvino com preço baixo acabo comprando. Tenho mais uns 4 aqui na estante além do "Se um viajante numa noite de inverno" que sempre fico adiando a leitura. É um excelente autor que na minha opnião não tem metade da fama que deveria ter.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Ítalo Calvino
Лоренцо Бэкко escreveu:Tenho que comprar esse livro. Jabá e Lavoura agora são Calvinófilos!
Mas tem que ter lido os 3 romances do Nossos Antepassados pra ser da Elite dos Fãs!
Engraçado, achei que você tinha esse livro.
Sim, cada vez mais fã do Calvino. Esse cara mudou meu modo de ver as coisas como leitor.
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ítalo Calvino
"Don't be amazed if you see my eyes always wandering. In fact, this is my way of reading, and it is only in this way that reading proves fruitful to me. If a book truly interests me, I cannot follow it for more than a few lines before my mind, having seized on a thought that the text suggests to it, or a feeling, or a question, or an image, goes off on a tangent and springs from thought to thought, from image to image, in an itinerary of reasonings and fantasies that I feel the need to pursue to the end, moving away from the book until I have lost sight of it. The stimulus of reading is indispensable to me, and of meaty reading, even if, of every book, I manage to read no more than a few pages. But those few pages already enclose for me whole universes, which I can never exhaust."
— Italo Calvino (If on a Winter's Night a Traveler)
— Italo Calvino (If on a Winter's Night a Traveler)
Mat- Guerra e Paz
- Mensagens : 2969
Data de inscrição : 12/07/2011
Idade : 33
Localização : Bahia
Re: Ítalo Calvino
No original, por que italiano é mais bonito e por que Calvino em inglês soa muito esquisito:
Na língua pátria:
Non si meravigli se mi vede sempre vagare con gli occhi. In effetti questo è il mio modo di leggere, ed è solo così che la lettura mi riesce fruttuosa. Se un libro mi interessa veramente, non riesco a seguirlo per più di poche righe senza che la mia mente, captato un pensiero che il testo le propone, o un sentimento, o un interrogativo, o un’immagine, non parta per la tangente e rimbalzi di pensiero in pensiero, d’immagine in immagine, in un itinerario di ragionamenti e fantasie che sento il bisogno di percorrere fino in fondo, allontanandomi dal libro fino al perderlo di vista. Lo stimolo della lettura mi è indispensabile, e d'una lettura sostanziosa, anche se d'ogni libro non riesco a leggere che poche pagine. Ma già quelle poche pagine racchiudono per me interi universi, cui non riesco a dar fondo.
— Italo Calvino, Se una notte d’inverno un viaggiatore
Na língua pátria:
Não se espante de ver meu olhar constantemente perdido. Este é mesmo meu modo de ler, e só assim a leitura me é proveitosa. Se um livro me interessa de verdade, não consigo avançar além de umas poucas linhas sem que minha mente, tendo captado uma idéia que o texto propõe, um sentimento, uma dúvida, uma imagem, saia pela tangente e salte de pensamento em pensamento, de imagem em imagem, num itinerário de raciocínios e fantasias que sinto a necessidade de percorrer até o fim, afastando-me do livro até perdê-lo de vista. O estímulo da leitura me é indispensável, o de uma leitura substancial, embora eu não consiga ler de cada livro mais que algumas páginas. Mas aquelas poucas páginas encerram para mim um universos inteiros, que eu não consigo esgotar.
Se um viajante numa noite de inverno. Calvino, Italo. Companhia das Letras: 1999.
Re: Ítalo Calvino
Excelente trecho!!
E ja é a segunda vez que eu vejo o Mat citando os italianos em inglês.
A lingua é muito bela,principalmente a oral e merece citação direta.
E ja é a segunda vez que eu vejo o Mat citando os italianos em inglês.
A lingua é muito bela,principalmente a oral e merece citação direta.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Ítalo Calvino
Não manjo nada de italiano :~
Mat- Guerra e Paz
- Mensagens : 2969
Data de inscrição : 12/07/2011
Idade : 33
Localização : Bahia
Re: Ítalo Calvino
Também não manjoMat escreveu:Não manjo nada de italiano :~
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Ítalo Calvino
O VISCONDE PARTIDO AO MEIO
ÍTALO CALVINO
COMPANHIA DE BOLSO – 94 páginas
O visconde partido ao meio me decepcionou um pouco. Apesar de ser uma história bem ambientada e ter uma estrutura simples que beira a fábula e riquíssima em termos de referências, além de muito criativa, o autor acabou dando um tropeço e tornou o livro chato, mas muito chato. Tão chato que suas 94 partes parecem intermináveis, principalmente depois do meio para o fim.
Essa eterna dicotomia “parte boa-parte mau” já foi explorada até o esgotamento pela cultura pop, inclusive a literatura. Nem o surrealismo da história consegue salvar o livro.
O bom é que isso não inviabiliza toda a obra do autor, pelo contrário. Só estimula a buscar a sua essência em outros livros. E analisando friamente a coisa, é muito fácil tropeçar com um personagem partido ao meio que só tem uma perna. E o pior, em algumas correspondências o Calvino disse que fez o livro pra se divertir. Quem sabe ele devesse ter feito pra divertir os leitores.
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ítalo Calvino
Não lembro de ter achado tão chato assim o livro,Jabá.
Aliás até que gostei bastante li pensando em uma história contada pela oralidade. Algo descompromissado somente para entreter porém as conclusões do calvino são boas mostrando os humanos como imperfeitos, tanto nesse quanto no cavaleiro inexistente os personagens são chatos pois fogem da humanidade e seus sentimentos. S Você que não estava no "momento de leitura "certo. Sem contar que é um livro de 52, talvez na época esse tema não tenha sido desenvolvido por outras mídias.
No começo mesmo :
Uma boa citação:
Aliás até que gostei bastante li pensando em uma história contada pela oralidade. Algo descompromissado somente para entreter porém as conclusões do calvino são boas mostrando os humanos como imperfeitos, tanto nesse quanto no cavaleiro inexistente os personagens são chatos pois fogem da humanidade e seus sentimentos. S Você que não estava no "momento de leitura "certo. Sem contar que é um livro de 52, talvez na época esse tema não tenha sido desenvolvido por outras mídias.
No começo mesmo :
Entusiasta e inexperiente, não sabia que só podemos nos aproximar de canhões lateralmente ou do lado da culatra. Saltou na frente da boca de fogo, de espada em punho, e imaginava assustar os dois astrônomos. Ao contrário, mandaram-lhe um canhonaço em pleno peito. Medardo di Terralba saltou pelos ares
Uma boa citação:
“Que se pudesse partir ao meio toda coisa inteira – disse meu tio, de bruços no rochedo, acariciando aquelas metades convulsivas do polvo –, que todos pudessem sair de sua obtusa e ignorante inteireza. Estava inteiro e para mim as coisas eram naturais e confusas, estúpidas como o ar: acreditava ver tudo e só havia casca. Se você virar a metade de você mesmo, e lhe desejo isso, jovem, há de entender coisas além da inteligência comum dos cérebros inteiros. Terá perdido a metade de você e do mundo, mas a metade que resta será mil vezes mais profunda e preciosa. E você há de querer que tudo seja partido ao meio e talhado segundo sua imagem, pois a beleza, sapiência e justiça existem só no que é composto de pedaços.”
Ao contrário, em meio a tantos fervores de integridade, eu me sentia cada vez mais triste e carente. Às vezes a gente se imagina incompleto e é apenas jovem.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Ítalo Calvino
Esqueci de dizer, leia logo o "Cidades Invisíveis" aquilo lá é a coisa mais linda do mundo!
Eu estou com vontade de ler aquele " A trilha dos ninhos de aranha" , romance de estréia do Calvino
Eu estou com vontade de ler aquele " A trilha dos ninhos de aranha" , romance de estréia do Calvino
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Ítalo Calvino
lavoura escreveu:Não lembro de ter achado tão chato assim o livro,Jabá.
Aliás até que gostei bastante li pensando em uma história contada pela oralidade. Algo descompromissado somente para entreter porém as conclusões do calvino são boas mostrando os humanos como imperfeitos, tanto nesse quanto no cavaleiro inexistente os personagens são chatos pois fogem da humanidade e seus sentimentos. S Você que não estava no "momento de leitura "certo. Sem contar que é um livro de 52, talvez na época esse tema não tenha sido desenvolvido por outras mídias.
Você pode ter uma parcela de razão. Talvez fui com tanta sede ao pote que esperava uma coisona e não captei a essência do livro. Ou ficou ofuscado pelo Voltaire e Tolstói que tô curtindo muito. Sei lá, vai saber...
lavoura escreveu:Esqueci de dizer, leia logo o "Cidades Invisíveis" aquilo lá é a coisa mais linda do mundo!
Eu estou com vontade de ler aquele " A trilha dos ninhos de aranha" , romance de estréia do Calvino
Nem lembrava que tinha o Cidades invisíveis aqui. O que vocês recomendam? Leio logo ou enveredo pela sequência que tinha planejado antes? visconde-cavaleiro-barão-fábulas? que acham?
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ítalo Calvino
Deixe o Cidades Invisíveis pra depois que tiver lido os que você planejou.
Ele é outro nível, é melhor deixar pro fim mesmo.
Ele é outro nível, é melhor deixar pro fim mesmo.
Re: Ítalo Calvino
Becco escreveu:Deixe o Cidades Invisíveis pra depois que tiver lido os que você planejou.
Ele é outro nível, é melhor deixar pro fim mesmo.
Ok.
Jabá- Guerra e Paz
- Mensagens : 3743
Data de inscrição : 06/09/2011
Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ítalo Calvino
Pois é, também indicaria terminar a Trilogia dos Antepassados primeiro.
Mas o cidades é um livro bem tranquilo de ler paralelamente com outros. Os cap são bem curtos, ideais para ler e depois refletir sem pressa.
Mas o cidades é um livro bem tranquilo de ler paralelamente com outros. Os cap são bem curtos, ideais para ler e depois refletir sem pressa.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Página 2 de 3 • 1, 2, 3
Página 2 de 3
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|