Qual o último livro que você leu?

Terminei esse. Comentário no tópico do autor.

https://literaturarussa.forumeiros.com/t70p120-rubem-fonseca

Terminei a leitura e achei bastante agradável. O autor tem uma visão diferente do romance homem e mulher( tema que parece ser abordado constantemente em seus livros). O ritmo do livro é o de uma conversa. Como se o autor estivesse contando uma história em uma mesa de bar ou algo assim. Ele acaba misturando ele mesmo em férias em um castelo com personagens em uma trama paralela que se interligam no decorrer da história. Ele expressa uma visão bem interessante de suas idéias.
Eu recomendaria a leitura.

Vi que o César comentou em outro tópico que ele é um autor que está sempre a escrever o mesmo livro.
Tenho mais alguns livros dele para ler aqui na estante, mas caso isso se comprove verdade ou não, se ele mantiver o ritmo e estilo deste será uma leitura bastante agradável.

Bem curtinho 100 páginas.

Terminei o "Arco-íris da gravidade"

Gostei bastante do estilo do autor, sua narrativa é insana. Ele começa com um assunto lança uma ponte para interligar a um outro tema que nada tem a ver no primeiro e interliga tudo, encaixando-se na trama e fazendo menção ao primeiro paragráfo. Vários experimentos linguistícos e coisas do tipo. Muitas micro-histórias paralelas ou não com a trama.
Enfim é um livro que exige bastante. Várias vezes durante a leitura fiquei de saco cheio e só voltei a ler 2 dias depois. Em outras as páginas passam voando.
Eu gostei. Quero ler também o Contra o dia, mas creio que o melhor seja dar um tempo entre eles.

Acredito que o Pynchon seja um autor de um livro só, tipo Chuck Palahniuk. Você lê algo dele e quando vai ler outro livro fica a sensação de deja vu. Lavoura herói. Bati fofo nesse.

Do palahiuhk eu só li o "Clube da luta" . Eu gostei bastante, já gostava do filme e o livro é bem legal, pelo personagem ser mais doente ainda.
Tenho também "O sobrevivente" mas creio que seguirá a mesma linha(Personagem auto-destruidor).
Mas ele tem um conto muito bom chamado Tripas. Fala sobre Masturbação e piscinas. Procure e leia. Eu me senti bem aflito quando li.


Agora do Pynchon ser autor de um livro só, eu já não sei.
Folheando o "Vício Inerente " achei bem legal. Nesse ele não cria uma trama tão grande quanto os outros já citados. Então acho que fica uma leitura mais agradável.
Mas esperemos o Mat ou o Tiago falar.
Eles são especialistas no Pynchon

Chuck Palahniku é muito hypado. a verdade é essa. Dele só li Monstros Invisíveis e o Sobrevivente e achei uma bosta.

Antes de ler, vivia garimpando na estante virtual o Clube da luta, e o menor valor que achava era de R$ 120,00. Que bom que não comprei, hoje não pago mais do que R$ 10,00

Jabá escreveu:Acredito que o Pynchon seja um autor de um livro só, tipo Chuck Palahniuk. Você lê algo dele e quando vai ler outro livro fica a sensação de deja vu. Lavoura herói. Bati fofo nesse.

Parabéns

Mat escreveu:

Jabá escreveu:Acredito que o Pynchon seja um autor de um livro só, tipo Chuck Palahniuk. Você lê algo dele e quando vai ler outro livro fica a sensação de deja vu. Lavoura herói. Bati fofo nesse.

Parabéns

Esse é o seu único argumento?

Frouxo!

Como pretendido este mês eu sigo com literaturas rápidas e curtas.
Então terminei mais um


Um Médico Rural – Pequenas Narrativas
Tradução de Modesto Carone
88 páginas

O livro é formado por 14 narrativas curtas. Alguns contos com uma ou duas páginas. E gostei de todos destacando o conto que da nome ao livro Um médico rural, onde um médico precisa cuidar de um paciente terminal e para isso ocorre uma série de fatores estranhos para chegar lá e enquanto está lá. Também tem o Relatório para uma Academia , que o personagem é um macaco que narra sua adaptação a vida humana. Chacais e Árabes também narra um dialógo entre os chacais e um estrangeiro. Todos muito bons!
E o conto Diante da Lei, que narra a história de um homem que fica a vida toda esperando para poder entrar pela porta da lei. Mas é sempre barrado pelo porteiro. Este conto me lembrou muito o conto do Murilo Rubião "A fila". Ambos impressionam pela semelhança! Pois tratam do mesmo tema. Sendo o do Kafka ( não sei como) um pouco mais melancólico.Porém o do Rubião melhor desenvolvido devido ao tamanho.
Recomendaria a leitura dos dois!

Transcrevo aqui o nano-conto "A próxima aldeia" que gostei bastante também.
A próxima aldeia

Meu avô costumava dizer. "A vida é espantosamente curta. Para mim ela agora se contrai tanto na lembrança que eu por exemplo quase não compreendo como um jovem pode resolver ir a cavalo à próxima aldeia sem temer que - totalmente descontados os incidentes desditosos - até o tempo de uma vida comum que transcorre feliz não seja nem de longe suficiente para uma cavalgada como essa".

Esse do Kafka parece ser muito bom. Desacreditei do autor depois de O Castelo, mas vou garimpar algumas coisas dele no futuro com mais calma e critério.

Lavoura, você já leu O Exército/Cavalaria vermelha do Babél? Também é composto de narrativas curtas e bem viscerais no sentido estrito da palavra.

Jabá escreveu:Esse do Kafka parece ser muito bom. Desacreditei do autor depois de O Castelo, mas vou garimpar algumas coisas dele no futuro com mais calma e critério.

Lavoura, você já leu O Exército/Cavalaria vermelha do Babél? Também é composto de narrativas curtas e bem viscerais no sentido estrito da palavra.

O castelo eu tenho em versão da MartinClaret
Então nunca li.

Esse eu quero ler jabá. Comentei no tópico dos bibliofilos que estava realizando uma troca de livros. Negociei com um sebo e dos livros trocados um deles foi o Do Babél.
Essa semana mesmo eu li lá no site do www.literaturarussa.com.br um artigo bem legal do Babél.
O césar podia atualizar mais lá né

Edit: Antes de ler o Cavalaria quero ler o Taras Bulba do Gogól. Aliás tá aqui na mesinha separado já será o próximo.

Terminei hoje. Leitura legal, Veríssimo sempre foda e indispensável no cesto de roupa suja do banheiro. Apesar da edição antiga com capa feia, ótimas crônicas ou contos sei lá, divertidas até o talo. Diversão garantida.

Muito legal quando ele dá um joelhaço nos pacientes frescos!

Título original: IL BARONE RAMPANTE
Tradução:Nilson Moulin
Capa: Jeff Fisher
Páginas :240


Muito boa a história. No começo não estava gostando muito pois achei que seria um livro retratando aventuras de crianças e este tipo de leitura não me agrada. Porém estava enganado e isso foi só a introdução. No fim o barão cresce e as aventuras e problemas mudam e o livro toma um rumo bem interessante. Gostei bastante da solução que o Calvino encontrou para fechar a história. E com a Conclusão desse volume eu fecho a trilogia "Nossos Antepassados" e definitivamente Calvino entra na minha lista de escritores que quero ler a obra toda.

Os últimos livros que li foram (coincidentemente) Memórias Póstumas de Brás Cubas. E também reli O Retrato de Dorian Gray. Interessante como um livro que te provoca muitas impressões aos 15 anos, dez anos mais tarde não parece aquilo tudo. Não vou desdenhar do livro de Oscar Wilde, é uma obra e tanto, mas não tem tanto impacto sobre mim.

Confesso que é de uma chatice sem fim aqueles epigramas do Wotton.

Cássia escreveu:Os últimos livros que li foram (coincidentemente) Memórias Póstumas de Brás Cubas. E também reli O Retrato de Dorian Gray. Interessante como um livro que te provoca muitas impressões aos 15 anos, dez anos mais tarde não parece aquilo tudo. Não vou desdenhar do livro de Oscar Wilde, é uma obra e tanto, mas não tem tanto impacto sobre mim.

Confesso que é de uma chatice sem fim aqueles epigramas do Wotton.

Olha, gosto muito. Henry Wotton é um dos melhores personagens da literatura: Encarnação do próprio Wilde. Gosto tanto que uso uma frase do personagem na minha assinatura.

Jabá escreveu:

Cássia escreveu:Os últimos livros que li foram (coincidentemente) Memórias Póstumas de Brás Cubas. E também reli O Retrato de Dorian Gray. Interessante como um livro que te provoca muitas impressões aos 15 anos, dez anos mais tarde não parece aquilo tudo. Não vou desdenhar do livro de Oscar Wilde, é uma obra e tanto, mas não tem tanto impacto sobre mim.

Confesso que é de uma chatice sem fim aqueles epigramas do Wotton.

Olha, gosto muito. Henry Wotton é um dos melhores personagens da literatura: Encarnação do próprio Wilde. Gosto tanto que uso uma frase do personagem na minha assinatura.

E um dos mais pedantes.

Cássia escreveu:

Jabá escreveu:

Cássia escreveu:Os últimos livros que li foram (coincidentemente) Memórias Póstumas de Brás Cubas. E também reli O Retrato de Dorian Gray. Interessante como um livro que te provoca muitas impressões aos 15 anos, dez anos mais tarde não parece aquilo tudo. Não vou desdenhar do livro de Oscar Wilde, é uma obra e tanto, mas não tem tanto impacto sobre mim.

Confesso que é de uma chatice sem fim aqueles epigramas do Wotton.

Olha, gosto muito. Henry Wotton é um dos melhores personagens da literatura: Encarnação do próprio Wilde. Gosto tanto que uso uma frase do personagem na minha assinatura.

E um dos mais pedantes.

Você que não entendeu o personagem.

Jabá, Henry Wotton é o típico personagem que joga com as fraquezas do leitor de uma forma fenomenal: ele tira o leitor de seu lugar de conforto, de suas certezas, de suas convicções, de seus conceitos pré-fabricados.

Como personagem, é fabuloso. Dá um estudo tremendo. Mas, como eu falei, ele lida com as "fraquezas do leitor". E eu tô cansada de lidar com pessoas influenciadas por esse personagem, direta ou indiretamente. É pedante, chato e lugar-comum. É um bom personagem, mas que lançou uma praga em certa parcela de gente.

Mas admita que ele é o próprio Oscar Wilde. E isso só demonstra quão fenomenal é o personagem. Putz, imagina, tipo o Fonseca ser o próprio Cobrador! Já pensou o quanto isso representa pra um autor pelas dimensões que os personagens vão ganhando ao longo dos anos...

É a imortalidade!

Jabá escreveu:Mas admita que ele é o próprio Oscar Wilde. E isso só demonstra quão fenomenal é o personagem. Putz, imagina, tipo o Fonseca ser o próprio Cobrador! Já pensou o quanto isso representa pra um autor pelas dimensões que os personagens vão ganhando ao longo dos anos...

É a imortalidade!

Jabá, penso que isso é mais demérito que mérito. Lógico que é impossível despir a camisa, mas o bom escritor, pra mim, é aquele que dissimula melhor os traços biográficos em sua obra. Se há uma coisa que gosto no Wotton é o humor do personagem, o ar aristocrático e feminino, como ele manipula Dorian. As coisas que ele fala, hoje, me soam pedantes.

Entendi. Vejo isso de forma preconceituosa de sua parte.

Claro que o Oscar, pela opção sexual dele, queria subir no palco e abalar sob os holofotes causando ardência na sociedade careta inglesa da época. Não vejo demérito nenhum nisso, apesar de ser realmente datado.