J. D. Salinger

Érika Donin escreveu:Oh, The catcher in the rye.

Cara, eu não consigo entender esse livro. É uma coisa tão simples, tão normal, e tão OMG. O Holden é todo adolescente de 15 anos. O cara que ouve funk no seu ônibus: ele é o Holden. Você já foi o Holden, nem que um pouco. Todos fomos. O jeito que ele fala, o modo que o livro foi escrito, meu deus, parece algo escrito em uma conversa de msn, mas mesmo assim, verdadeiro que dói. Acho que esse é um livro que todo mundo deveria ler quando se é adolescente. Pra perceber que Shit Happens. Eu amo pelo menos. E esse livro é o maior causador de piadas internas.

GODDAMN MONEY, ALWAYS MAKING YOU FEEL BLUE AS HELL

Esse livro é difícil de explicar mesmo. Tão simples e tão sensacional. Já indiquei para alguns amigos e todos ficam decepcionados: "Poxa, você lê tanta coisa foda e tem esse livro como favorito?"

A questão é puramente sentimental mesmo. Sei que não é e está longe de ser um dos maiores romances da literatura, mas é um livro que mexe muito comigo, que me toca. Li pela primeira vez justamente com 16/17 anos, em crise, sem saber o que iria fazer da vida (e não é cruel ter que escolher isso tão novo?). Depois, com 19/20, também em crise, pensando em largar a faculdade, li novamente, dessa vez o original, em inglês. Agora, terminando a faculdade, a vontade de reler vai aumentando. Parece que o livro me chama.

Justamente por ter um valor sentimental tão grande para mim e essa aura meio mítica, evitei ler livros e/ou artigos sobre ele (o único que li foi num livro do L. F. Veríssimo, mas foi ali que descobri a obra) ou sobre o autor (fiquei tentado quando vi a biografia dele na Saraiva). Nem mesmo li outros livros do Salinger.

Também sempre fico na dúvida sobre as releituras, se elas podem estragar as boas memórias que tenho... Engraçado que no texto do Veríssimo ele comenta disso também.