O que você está lendo?

Becco escreveu:

Jabá escreveu:Eu também tinah essa versão. Alguém surrupiou. Li no ensino médio em 1995 na época da professora gostosa.

Releia, Jabá, que o Brás Cubas é um livro que ganha muito com a passagem do tempo, o amadurecimento e a desfalecimento das ilusões.

TÍTULO: Memórias póstumas de Brás Cubas
AUTOR: Machado de Assis
EDITORA: Abril Coleções

Considero Machado de Assis um escritor não tão fácil de digerir. Pra mim, excelente contista, mas seus romances da chamada segunda fase (a realista) se tornam algo que deve ser estudado ao invés de degustado.
Partindo desse ponto, na minha concepção, a obra do cara deve ser levada em conta em dois aspectos:
1 – Memórias póstumas é uma espécie de marco na literatura brasileira por dar início ao REALISMO, e iniciou uma espécie de revolução na nossa literatura. Machado rompeu com seus romances com forte traços do ROMANTISMO e deu início a obras mais fortes, de cunho psicológico e com pesada carga filosófica. Quebrou vários tabus, a começar com o narrador, em primeira pessoa, que é um defunto, e sabe que está sendo “lido” por seus leitores. A narrativa dividida em micro-capítulos, um forte aspecto irônico em cada capítulo, além disso, plantou as sementes do modernismo. Esse aspecto deve ser levado em conta pelo estudioso, não pelo leitor comum (eu).
2 – O segundo aspecto, que eu levo em conta, é que em termos de história, não acontece nada demais. E isso me incomoda bastante. O narrador, que é um tradicional burguês e retrata bem a sociedade burguesa da época, não faz nada além de contar suas aventuras, cuja mais interessante seria um caso com a mulher de um amigo. E só.
É nesse ponto que me sinto incomodado. Hoje quando leio um livro quero me divertir, mergulhar na história, rir, me emocionar, etc. Raramente levo em conta a importância da obra em termos literários, a não ser, como curiosidade. Acredito que para ler essas obras da segunda fase e entender melhor essa ruptura é óbvio que os romances da primeira fase devem ser conhecidos (Helena, Iaiá Garcia, a mão e a luva, etc). E isso foge um pouco da expectativa do leitor comum (eu) que está à procura de uma boa história. Assim sendo, Memórias póstumas não me apeteceu.

NOTA 5

Jabá escreveu: Li no ensino médio em 1995 na época da professora gostosa.

segundo aspecto, que eu levo em conta, é que em termos de história, não acontece nada demais. E isso me incomoda bastante. O narrador, que é um tradicional burguês e retrata bem a sociedade burguesa da época, não faz nada além de contar suas aventuras, cuja mais interessante seria um caso com a mulher de um amigo. E só.
É nesse ponto que me sinto incomodado.

TÍTULO: Memórias póstumas de Brás Cubas
AUTOR: Machado de Assis
EDITORA: Abril Coleções

Considero Machado de Assis um escritor não tão fácil de digerir. Pra mim, excelente contista, mas seus romances da chamada segunda fase (a realista) se tornam algo que deve ser estudado ao invés de degustado.
Partindo desse ponto, na minha concepção, a obra do cara deve ser levada em conta em dois aspectos:
1 – Memórias póstumas é uma espécie de marco na literatura brasileira por dar início ao REALISMO, e iniciou uma espécie de revolução na nossa literatura. Machado rompeu com seus romances com forte traços do ROMANTISMO e deu início a obras mais fortes, de cunho psicológico e com pesada carga filosófica. Quebrou vários tabus, a começar com o narrador, em primeira pessoa, que é um defunto, e sabe que está sendo “lido” por seus leitores. A narrativa dividida em micro-capítulos, um forte aspecto irônico em cada capítulo, além disso, plantou as sementes do modernismo. Esse aspecto deve ser levado em conta pelo estudioso, não pelo leitor comum (eu).
2 – O segundo aspecto, que eu levo em conta, é que em termos de história, não acontece nada demais. E isso me incomoda bastante. O narrador, que é um tradicional burguês e retrata bem a sociedade burguesa da época, não faz nada além de contar suas aventuras, cuja mais interessante seria um caso com a mulher de um amigo. E só.
É nesse ponto que me sinto incomodado. Hoje quando leio um livro quero me divertir, mergulhar na história, rir, me emocionar, etc. Raramente levo em conta a importância da obra em termos literários, a não ser, como curiosidade. Acredito que para ler essas obras da segunda fase e entender melhor essa ruptura é óbvio que os romances da primeira fase devem ser conhecidos (Helena, Iaiá Garcia, a mão e a luva, etc). E isso foge um pouco da expectativa do leitor comum (eu) que está à procura de uma boa história. Assim sendo, Memórias póstumas não me apeteceu.

NOTA 5

Jabá escreveu:Olha, me sinto quase culpado por não apreciar o Machado tanto quanto deveria. Me sinto até meio burro por isso.
Mas não me perguntem como, nem porque, só consigo gostar MAIS do Machado contista que do Machado romancista.
Pode ser uma espécie de rebeldia inconsciente ou só ignorância mesmo, mas não consigo colocar essa obra no seu devido patamar.

Mas, viva a diversidade!

Jabá escreveu:
Sobre o ùltimo teorema de Fermat é o tipod e livro que não tem como largar. Recomendo a quem ama a ciência e a qualquer pessoa que se leve a sério como acadêmico ou pesquisador.

schmidt escreveu:

Jabá escreveu:
Sobre o ùltimo teorema de Fermat é o tipod e livro que não tem como largar. Recomendo a quem ama a ciência e a qualquer pessoa que se leve a sério como acadêmico ou pesquisador.

Ja que voce gostou desse aproveito pra recomendar "A Equacao que Ninguem conseguia resolver". É de outro autor, e trata principalmente dos avancos que os Matematicos Galois e Abel fizeram. Galois foi aquele que teve uma morte dramatica, escrevendo na vespera de um duelo tudo que ele tinha sobre algebra. Abel por outro lado era pobre e nada encrenqueiro, mas estudo a mesma coisa que o Galois.

Jabá escreveu:Você é da área de exatas, Schmidt?

Conhece A guerra do Cálculo? Amigo meu disse que é dez vezes melhor que o último teorema de Fermat. Trata da descoberta simultânea do cálculo diferencial e integral pelos gênios Leibniz e Newton. Comprei ano passado e vou ler na sequência.

schmidt escreveu:

Jabá escreveu:Você é da área de exatas, Schmidt?

Conhece A guerra do Cálculo? Amigo meu disse que é dez vezes melhor que o último teorema de Fermat. Trata da descoberta simultânea do cálculo diferencial e integral pelos gênios Leibniz e Newton. Comprei ano passado e vou ler na sequência.

Sou professor de Fisica da UFF. Ja coloquei esse "A guerra do Calculo" na wishlist. Se vai ser melhor que o ultimo teorema de Fermat

Becco escreveu:

Gostando imensamente, e não esperava grandes coisas.