Seu poeta (ou poetas) favorito(s)

Esse tópico foi inspirado no tópico do T.S Eliot.

Estava aqui pensando que a galera até agora só está discutindo prosa, e fiquei curioso sobre os gostos para poesia.

Bom vamo lá, quando vocês forem postando eu vou mostrando minhas opiniões sobre os meus poetas favoritos e os de vocês.

César escreveu:

Que coisa linda esse video, velho, q coisa linda.


Tenho os cds que o Paulo Autran narra Pessoa, mas esse video nunca tinha visto.

Não tenho tanta paciencia pra poesia quanto queria ter, mas li uns keko do "rimbalde" e o A song of Myself do Walt Whitman... LOVELY

Poesia...

Augusto dos Anjos:


A OBSESSÃO DO SANGUE (Livro: Eu e outras poesias)

Acordou, vendo sangue... Horrível! O osso
Frontal em fogo... Ia talvez morrer,
Disse. Olhou-se no espelho. Era tão moço,
Ah! certamente não podia ser!

Levantou-se. E, eis que viu, antes do almoço,
Na mão dos açougueiros, a escorrer
Fita rubra de sangue muito grosso,
A carne que ele havia de comer!

No inferno da visão alucinada,
Viu montanhas de sangue enchendo a estrada,
Viu vísceras vermelhas pelo chão...

E amou, com um berro bárbaro de gozo,
O monocromatismo monstruoso
Daquela universal vermelhidão!

********************************************

Manuel Bandeira:


DESENCANTO (Livro: A cinza das horas)

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.

Costumava recitar esse poema na adolescência. É um dos meus preferidos do Bandeirão. É um dos meus poetas preferidos também...

Meu russo ainda tá bem "the kniga is on the stol" mas me esforcei pra traduzir essa do Puchkin outro dia, e é linda, além de clichê.


Я вас любил: любовь ещё, быть может,
В душе моей угасла не совсем;
Но пусть она вас больше не тревожит;
Я не хочу печалить вас ничем.
Я вас любил безмолвно, безнадежно,
То робостью, то ревностью томим;
Я вас любил так искренно, так нежно,
Как дай вам Бог любимой быть другим.

1829

Meus favoritos são:

Pablo Neruda
Arthur Rimbaud
Vladimir Maiakovski
Florbela Espanca

Confesso que não tenho sensibilidade suficiente pra gostar de poesia.=(

Os meus favoritos são(sem qualquer ordem de importância):
Georg Trakl
Dylan Thomas
Arthur Rimbaud
Fernanda Pessoa
Emily Dickinson
Augusto dos Anjos
Ultimamente tenho tido vontade de ler mais poetas em especial Puchkin,Goethe e Celan.
Ps: Nos favoritos esqueci Drummond.

Esqueci Drummond e Goethe também na minha lista!

Não gosto de poesia. Me falta paciência, acho.

dãozinho escreveu:Não gosto de poesia. Me falta paciência, acho.

Não. Falta sensibilidade.

Jabá escreveu:

dãozinho escreveu:Não gosto de poesia. Me falta paciência, acho.

Não. Falta sensibilidade.

Gente, que homem é esse? :~

César escreveu:

Jabá escreveu:

dãozinho escreveu:Não gosto de poesia. Me falta paciência, acho.

Não. Falta sensibilidade.

Gente, que homem é esse? :~

Também não gosto muito de poesia, amigo. Não sou sensível o bastante.

Jabá escreveu:

César escreveu:

Jabá escreveu:

dãozinho escreveu:Não gosto de poesia. Me falta paciência, acho.

Não. Falta sensibilidade.

Gente, que homem é esse? :~

Também não gosto muito de poesia, amigo. Não sou sensível o bastante.

Eu não gosto de poesia porque sou medíocre mesmo. Minhas rimas não funcionam. Sou incapaz de escrever uma linha honesta sem sentir vergonha. E aí, por inveja, repudio os poetas. Não só por inveja, mas porque não conseguiria escrever melhor que eles. Então, para viver melhor, prefiro ignorá-los, mais ou menos como um míope que tira os óculos e não consegue mais ver gaivotas.

Os brutos também amam, minha gente.

vibe errada

Tashinha escreveu:vibe errada

De acordo.

Honte

Tant que la lame n'aura
Pas coupé cette cervelle,
Ce paquet blanc, vert et gras,
À vapeur jamais nouvelle,

(Ah ! Lui, devrait couper son
Nez, sa lèvre, ses oreilles,
Son ventre! et faire abandon
De ses jambes ! ô merveille !)

Mais non, vrai, je crois que tant
Que pour sa tête la lame,
Que les cailloux pour son flanc,
Que pour ses boyaux la flamme

N'auront pas agi, l'enfant
Gêneur, la si sotte bête,
Ne doit cesser un instant
De ruser et d'être traître

Comme un chat des Monts-Rocheux ;
D'empuantir toutes sphères !
Qu'à sa mort pourtant, ô mon Dieu !
Que S'élève quelque prière !


Vergonha

Enquanto a lâmina não
Tiver cortado este cérebro,
Branco, verde e gris montão
De vapores nunca novos

(Ele, ah! devia cortar
O nariz, o lábio, a orelha
E o ventre! e abandonar
As pernas! ó maravilha!)

Mas, não; pois creio que tanto
Para essa cabeça a lâmina,
Os seixos para o seu flanco,
Para as vísceras a flama,

Não darão jeito; o menino
Maçante, a estúpida besta
Não vai deixar um estante
De fazer manhas, molestas,

Como um gato das Rochosas,
Empestear todas as espécies!
Que à sua morte, no entanto, ó Deus,
Possa erguer-se alguma prece!

Arthur Rimbaud

Olá!

Sou nova aqui, então melhor apresentar minhas preferências antes de começar a escrever: gosto muito de literatura francesa, Montaigne é o meu guru de estilo. Li alguma coisa de Baudelaire, Nerval, Hugo, Flaubert, Proust e Valéry, mas tô longe de ser especialista em qualquer um deles. Li alguma coisa de literatura brasileira também. Na prosa meus preferidos são Machado de Assis, Graciliano Ramos e João Ubaldo. Na poesia, racionalmente, João Cabral e Drummond, emocionalmente, Cecília Meireles.

Meu poeta preferido é Rimbaud por todos os motivos já mencionados (mentira, a verdade é que tenho um fraco por olhos azuis profundos). Também gosto muito de Keats e de coisinhas outras.

larapuentofinal escreveu:Olá!

Sou nova aqui, então melhor apresentar minhas preferências antes de começar a escrever: gosto muito de literatura francesa, Montaigne é o meu guru de estilo. Li alguma coisa de Baudelaire, Nerval, Hugo, Flaubert, Proust e Valéry, mas tô longe de ser especialista em qualquer um deles. Li alguma coisa de literatura brasileira também. Na prosa meus preferidos são Machado de Assis, Graciliano Ramos e João Ubaldo. Na poesia, racionalmente, João Cabral e Drummond, emocionalmente, Cecília Meireles.

Meu poeta preferido é Rimbaud por todos os motivos já mencionados (mentira, a verdade é que tenho um fraco por olhos azuis profundos). Também gosto muito de Keats e de coisinhas outras.

Olha, sem querer parecer desesperado QUER CASAR CUMIGU

Mat escreveu:

larapuentofinal escreveu:Olá!

Sou nova aqui, então melhor apresentar minhas preferências antes de começar a escrever: gosto muito de literatura francesa, Montaigne é o meu guru de estilo. Li alguma coisa de Baudelaire, Nerval, Hugo, Flaubert, Proust e Valéry, mas tô longe de ser especialista em qualquer um deles. Li alguma coisa de literatura brasileira também. Na prosa meus preferidos são Machado de Assis, Graciliano Ramos e João Ubaldo. Na poesia, racionalmente, João Cabral e Drummond, emocionalmente, Cecília Meireles.

Meu poeta preferido é Rimbaud por todos os motivos já mencionados (mentira, a verdade é que tenho um fraco por olhos azuis profundos). Também gosto muito de Keats e de coisinhas outras.

Olha, sem querer parecer desesperado QUER CASAR CUMIGU

Caso! Onde vc mora na Bahia? Tem praia? Já tô enjoada da caretice de São Paulo mesmo, aí aproveito que é caminho e vou até Santo Amaro da Purificação pedir a benção para Dona Canô.

Obs.: O poema do Rimbaud que vc postou sempre é novo pra mim. Cada vez que leio tenho uma interpretação diferente, é bizarro.

larapuentofinal escreveu:

Mat escreveu:

larapuentofinal escreveu:Olá!

Sou nova aqui, então melhor apresentar minhas preferências antes de começar a escrever: gosto muito de literatura francesa, Montaigne é o meu guru de estilo. Li alguma coisa de Baudelaire, Nerval, Hugo, Flaubert, Proust e Valéry, mas tô longe de ser especialista em qualquer um deles. Li alguma coisa de literatura brasileira também. Na prosa meus preferidos são Machado de Assis, Graciliano Ramos e João Ubaldo. Na poesia, racionalmente, João Cabral e Drummond, emocionalmente, Cecília Meireles.

Meu poeta preferido é Rimbaud por todos os motivos já mencionados (mentira, a verdade é que tenho um fraco por olhos azuis profundos). Também gosto muito de Keats e de coisinhas outras.

Olha, sem querer parecer desesperado QUER CASAR CUMIGU

Caso! Onde vc mora na Bahia? Tem praia? Já tô enjoada da caretice de São Paulo mesmo, aí aproveito que é caminho e vou até Santo Amaro da Purificação pedir a benção para Dona Canô.

Obs.: O poema do Rimbaud que vc postou sempre é novo pra mim. Cada vez que leio tenho uma interpretação diferente, é bizarro.

E "Uma estadia no inferno"??? Aquilo lá é o troço mais lindo ever.

Olha: http://www.mag4.net/Rimbaud/index-en.php

Keats. Eu gosto. Mas para funcionar, comigo, preciso estar em condições elevadas.