Livro que te fez chorar

Quero compartilhar aqui umas experiências que já tive como leitor, umas experiências bem íntimas [talvez cheguem a ser vergonhosas - who cares?]. Postem aqui os livros mais emocionantes, aqueles que arrancam lágrimas, que vocês já leram e digam a razão, claro.





Primeiro lugar esse aqui claro. Sei que todo mundo já deve estar de saco cheio de ouvir falar nessa novela, mas sinceramente, pra mim é uma das coisas mais lindas do mundo. Lembro das lágrimas terem pingado na cena em que Gregor assiste sozinho do seu quarto - pela fresta da porta - sua família e os hóspedes jantarem em harmonia. A irmã do Gregor é uma personagem que eu gosto bastante também, o fato dela ser inútil e simplesmente estudar línguas me atraiu bastante na época [e até hoje].



Outra coisa que me tocou profundamente foi esse, que pra mim, é um dos textos mais impressionantes da poesia ocidental. Todos os capítulos são incríveis e surpreendentes, estrofes carregadas de lirismo. Um dos textos que me salvou do tédio da adolescência. Frases como: "Sempre soube que pertenço a uma raça inferior" significam muita coisa pra mim até hoje.




Esse aqui não é clássico nem nada, mas é um livro que eu gosto muito, ainda não reli pra confirmar essa impressão, mas na época em que o li fiquei encantado e profundamente abalado com sua força. Bolano constrói um texto aparentemente simples em sua sintaxe, mas ao ser penetrado revela-se monstruosamente belo. Tem cenas lindas e arrebatadoras: Os delírios da personagem principal trancada no banheiro da faculdade de letras enquanto o Chile lá fora desmorona em guerra, e principalmente a cena em que ela conversa no escuro com um pintor famoso e os dois trocam confidências sem jamais se ver.




Pra fechar: Como não chorar com esse aqui? Puta coisa linda, nunca achei que o Dostoievski fosse chegar num nível de lirismo tão grande. Esse, muito provavelmente, é seu livro mais doce e suave. Extremamente opressor [pela situação dos personagens] mas ao mesmo tempo relaxante. Enfim, outro lindão que me fez chorar.

Mat escreveu:Quero compartilhar aqui umas experiências que já tive como leitor, umas experiências bem íntimas [talvez cheguem a ser vergonhosas - who cares?]. Postem aqui os livros mais emocionantes, aqueles que arrancam lágrimas, que vocês já leram e digam a razão, claro.





Primeiro lugar esse aqui claro. Sei que todo mundo já deve estar de saco cheio de ouvir falar nessa novela, mas sinceramente, pra mim é uma das coisas mais lindas do mundo. Lembro das lágrimas terem pingado na cena em que Gregor assiste sozinho do seu quarto - pela fresta da porta - sua família e os hóspedes jantarem em harmonia. A irmã do Gregor é uma personagem que eu gosto bastante também, o fato dela ser inútil e simplesmente estudar línguas me atraiu bastante na época [e até hoje].



Outra coisa que me tocou profundamente foi esse, que pra mim, é um dos textos mais impressionantes da poesia ocidental. Todos os capítulos são incríveis e surpreendentes, estrofes carregadas de lirismo. Um dos textos que me salvou do tédio da adolescência. Frases como: "Sempre soube que pertenço a uma raça inferior" significam muita coisa pra mim até hoje.




Esse aqui não é clássico nem nada, mas é um livro que eu gosto muito, ainda não reli pra confirmar essa impressão, mas na época em que o li fiquei encantado e profundamente abalado com sua força. Bolano constrói um texto aparentemente simples em sua sintaxe, mas ao ser penetrado revela-se monstruosamente belo. Tem cenas lindas e arrebatadoras: Os delírios da personagem principal trancada no banheiro da faculdade de letras enquanto o Chile lá fora desmorona em guerra, e principalmente a cena em que ela conversa no escuro com um pintor famoso e os dois trocam confidências sem jamais se ver.




Pra fechar: Como não chorar com esse aqui? Puta coisa linda, nunca achei que o Dostoievski fosse chegar num nível de lirismo tão grande. Esse, muito provavelmente, é seu livro mais doce e suave. Extremamente opressor [pela situação dos personagens] mas ao mesmo tempo relaxante. Enfim, outro lindão que me fez chorar.

Você visivelmente não participa duma visão guattaro-deleuziana de Metamorfose (Também não a sustento muito aliás). Mas já que se interessa pela irmã do protagonista sugiro que dê uma lida nos primeiros capítulos de "Kafka: Por uma literatura menor" porque encontrará o comentário de uma visão de importância singular em relação a ela.
E digamos que choro fácil, nem sei precisar qual foi o último livro que me precipitaram uma, duas ou Vale de Lágrimas, talvez como mais recente Maré Voraz (Amitav Ghosh), onde dois trechos me tocaram em particular...
O Rimbaud mencionado é um texto prediletíssimo, porém certamente "choro mais" com Verlaine.
Interessou-me quanto ao seguinte, do Bolaño. E, Noites Brancas!!

("Visivelmente... Duma visão" - Tô ótima, heim? Valeu, Insônia.)
Editando pra resmungar da minha concordância também. Hunfgrr

Gente, por favor, não vamos começar com a opressão da correção. Estamos num fórum e é perfeitamente aceitável erros de digitação, pontuação, concordância e ortografia. Até miguxês já tão usando aqui, apesar de eu não concordar.

Quanto ao tópico, chorei quando li Inocência, do Taunay. Nem lembro porque mesmo (acho que ela morre no final), mas eu só tinha 15 anos e dificilmente aconteceria o mesmo.

Um estranho no ninho do Ken Kesey marejou meus olhos e salvo engano alguns trechos de Maus do Art Spielgman e a Lista de Schindler. Que eu lembre, só esses.

Jabá escreveu:Gente, por favor, não vamos começar com a opressão da correção. Estamos num fórum e é perfeitamente aceitável erros de digitação, pontuação, concordância e ortografia. Até miguxês já tão usando aqui, apesar de eu não concordar.

Quanto ao tópico, chorei quando li Inocência, do Taunay. Nem lembro porque mesmo (acho que ela morre no final), mas eu só tinha 15 anos e dificilmente aconteceria o mesmo.

Um estranho no ninho do Ken Kesey marejou meus olhos e salvo engano alguns trechos de Maus do Art Spielgman e a Lista de Schindler. Que eu lembre, só esses.

É meio chato fazer nota "acadêmica" e deslizar na escrita em seguida.
Inocência é lindo... Os demais ainda não li e me chovem recomendações... Mas chegarei neles!

Narciso e Goldmund - Sempre me comove. Muito. Quando quero sentir a história, porém outros livros em vista castrando a releitura, releio somente aos quatro ou três últimos capítulos. E me comove tanto, só à rememoração do final...
O Goldmund é uma espécie de Dioniso que se afoga no vasto horizonte que procura abarcar. Mas ele chega tão perto, toda vez! É de se conjecturar sobre o próprio Horizonte, camaleônico. A intensidade se dá pela imagem do Narciso, sendo em suma a outra face da moeda (Como ambos se atraem e se apartam). O límpido e o turvo.
Já mencionei noutro tópico, junto com o Hipérion, do Holderlin, que mexe comigo de maneira similar. Mesmo assim!, Narciso e Goldmund, incomparável (Quanto a essa grande vibração emocional).

Ia comentar que chorei com Demian mas deu vergonha

César escreveu:Ia comentar que chorei com Demian mas deu vergonha

Fez bem, fez bem

Nenhum livro me fez chorar.
Precisa muito...
Sou um insensível. - ehehehhe

Darth Vader escreveu:Nenhum livro me fez chorar.
Precisa muito...
Sou um insensível. - ehehehhe

Olha, Demian me deu lágrimas muito das rasas, e eu tinha 14 anos. Hoje em dia nem Werther AIN MEU COLAX@UM me faz chorar.

Os sofrimentos do jovem Werther, do Goethe, Holocausto, do Gerald Green, os Harry Potter 4, 5 e 7, o 2º Senhor dos Anéis. Continuo chorona, mas pra livros, nem tanto.

César escreveu:

Darth Vader escreveu:Nenhum livro me fez chorar.
Precisa muito...
Sou um insensível. - ehehehhe

Olha, Demian me deu lágrimas muito das rasas, e eu tinha 14 anos. Hoje em dia nem Werther AIN MEU COLAX@UM me faz chorar.

Casos perdidos!

Érika Donin escreveu:Chorei com Looking for Alaska, O leitor(que tem uma relação especial com um membro do fórum), e a menina que roubava livros. Mas eu sou tão chorona que se me der uma turma da mônica jovem que alguém morre eu choro...

Mas chorar de emoção no sentido de admirar tanto a obra, acho que só quando li V de vingança... #GodSaveAlanMoore

O Leitor!, tão lindinho. O Amante também vale bastante (Caso ainda não tenha topado com ele). Quero ler outros títulos do Bernhard Schlink.

César escreveu:

Darth Vader escreveu:Nenhum livro me fez chorar.
Precisa muito...
Sou um insensível. - ehehehhe

Olha, Demian me deu lágrimas muito das rasas, e eu tinha 14 anos. Hoje em dia nem Werther AIN MEU COLAX@UM me faz chorar.

Esse subtítulo Werther: AIN MEU COLAX@UM é hilário! - ehehehe
Uma pena que "o movimento" dos roqueiros coloridos não seja tão dedicado à leitura...

Érika Donin escreveu:Chorei com Looking for Alaska, O leitor(que tem uma relação especial com um membro do fórum), e a menina que roubava livros. Mas eu sou tão chorona que se me der uma turma da mônica jovem que alguém morre eu choro...

Mas chorar de emoção no sentido de admirar tanto a obra, acho que só quando li V de vingança... #GodSaveAlanMoore

Foi bem na época que você tava me largando.

Mat escreveu:

Esse aqui não é clássico nem nada, mas é um livro que eu gosto muito, ainda não reli pra confirmar essa impressão, mas na época em que o li fiquei encantado e profundamente abalado com sua força. Bolano constrói um texto aparentemente simples em sua sintaxe, mas ao ser penetrado revela-se monstruosamente belo. Tem cenas lindas e arrebatadoras: Os delírios da personagem principal trancada no banheiro da faculdade de letras enquanto o Chile lá fora desmorona em guerra, e principalmente a cena em que ela conversa no escuro com um pintor famoso e os dois trocam confidências sem jamais se ver.

Quando tava na vibe Bolaño nesse ano e estourei meu cartão pra ler tudo o que a Companhia das Letras publicou dele, esse foi o último que devorei.
Gostei muitíssimo, ainda mais do que o Detetives Selvagens [que também é espetacular], mas não chorei não.

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Eu sou muito chorão em cinema; o ator/atriz começa a chorar, eu choro junto.
Mas, com literatura, eu sou menos, talvez por ser formado na área e ficar analisando tudo muito estrutura e criticamente, mesmo sem querer fazê-lo.

Mas há dois livros que me emocionam bastante todas as vezes que releio [e os dois tem a ver com infância]:



Foi o livro em que eu mais chorei lendo.
A visão poética da infância de um menino contador de estórias convivendo com a dura realidade da pobreza e da desestruturação familar sempre me comove.
Esse livro é um verdadeiro poema! Era o que mais emocionava o Rosa também, como ele disse em uma de suas raras entrevistas.
Do meio pro fim, quando um personagem lá morre, é impossível não se encher de lágrimas lendo.
Foi inclusive difícil escrever sobre ele no Mestrado por que eu tive que reler muitas vezes passagens muito dolorosas pra mim.



O meu livro preferido em todo o mundo, o que eu mais reli pelo menos.
Don't judge a book by its movie. Não julgue esse.
Não é um livro infantil bobinho; é um livro sobre amadurecimento, filosofia, sonhos, sobre a própria literatura e a relação do homem com os mundos de fantasia que ele mesmo cria.
O alemão Michael Ende colocou tanta coisa nesse livro que o título se aplica mesmo, já o li várias vezes e nunca deixei de me surpreender como se fosse a primeira.
O pai do Ende era um pintor surrealista perseguido pelo nazismo e muitos dos quadros dele são cenários e situações do livro do filho, que fala alegoricamente também sobre o totalitarismo.
Gosto principalmente da segunda parte do livro, que conta a jornada de Bastian em Fantasia.
Recomendo demais!

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PS: Outros dois que me emocionam bastante:



Especialmente no final, quando um grande segredo é revelado [ok, sei que a Rede Globo estragou tudo com a minissérie]!



Especialmente o capítulo "Revolta" em que Ivan descreve para a Aliosha o sofrimento das crianças torturadas, impossível não chorar ali.

Aliás, Dostoiévski me emociona profundamente quando fala do sofrimento dos pobres e das crianças, como em Humilhados e Ofendidos e Crime e Castigo por exemplo.

*Preciso* lê-lo.


Chutando que relativamente pertinente - Chorei com Ponte Para Terabítia (Ainda não assisti ao filme pra criticar a esse sentido, que porém sirva a imagem feito gesto da boa intenção). Enredo belo...

Lorenzo Becco escreveu:

Mat escreveu:

Esse aqui não é clássico nem nada, mas é um livro que eu gosto muito, ainda não reli pra confirmar essa impressão, mas na época em que o li fiquei encantado e profundamente abalado com sua força. Bolano constrói um texto aparentemente simples em sua sintaxe, mas ao ser penetrado revela-se monstruosamente belo. Tem cenas lindas e arrebatadoras: Os delírios da personagem principal trancada no banheiro da faculdade de letras enquanto o Chile lá fora desmorona em guerra, e principalmente a cena em que ela conversa no escuro com um pintor famoso e os dois trocam confidências sem jamais se ver.

Quando tava na vibe Bolaño nesse ano e estourei meu cartão pra ler tudo o que a Companhia das Letras publicou dele, esse foi o último que devorei.
Gostei muitíssimo, ainda mais do que o Detetives Selvagens [que também é espetacular], mas não chorei não.

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Becco, na época que eu li esse do Bolano ele tocou em assuntos que na época eram questionamentos pertinentes para mim, muito provavelmente essa foi a razão do meu choro.
Agora, uma coisa que é importante lembrar é que, quando eu falo de choro não pensem em um derramamento absurdo de lágrimas, é como o César falou: Lágrimas rasas. E ainda assim só no passado, tipo quando eu tinha mais ou menos 14/15/16/17 anos, hoje em dia muito pouco. Choro mais com cinema e poesia [que sempre me emocionou], mas não é o tipo de coisa que acontece todo dia.

De minha parte digo que o fato de chorar com relativa frequência (Que naturalmente passa longe duma sazonalidade) com livros não significa que eu os trate como novelas mexicanas ou dramalhões. No mais lamento deveras quem muito lê e pouco sente.

Vocês são muito chorões com livros! Eu choro muito com quase tudo, mas com livro é raro.

Vocês são muito chorões com tudo! Eu choro muito com quase todo livro, mas com a vida é raro.

Sblargh escreveu:Vocês são muito chorões com tudo! Eu choro muito com quase todo livro, mas com a vida é raro.

MINHA VIDA EM UM QUOTE ♥♥♥♥♥♥♥♥

Rapaz, já chorei em tantos quem nem me esforço em lembrar dos títulos. Choro quando personagem morre, choro quando uma passagem é bela em demasia, choro quando eu gosto muito de um livro bem grande e este está próximo do final, choro, choro, choro, choro. Se choro até vendo Malhação e comercial de margarina, por que não chorar lendo livro? Não faria muito sentido.

Natasha escreveu:Vocês são muito chorões com livros! Eu choro muito com quase tudo, mas com livro é raro.

Lembrei que choro MUITO com seriados. Não tenho legitimidade pra reclamar de vocês.