É economicamente viável ter uma livraria pequena?

http://encontrolivreiro.blogspot.com/2011/10/o-presente-e-o-futuro-das-livrarias.html meio pessimista demais, mas como trata do assunto, resolvi deixar por aqui.

Muito legal o tópico, somente agora descobri que a parte dos tópicos do off-topic tem mais de uma página.

Bom minha opnição é que para qualquer ramo de atuação próprio deve-se prezar por diferenciais. Sejam nos preços, serviços ou produtos.
Em uma livraria pequena é bem visto que na questão de preços, dificilmente conseguirá competir com grandes fornecedores, principalmente os grandes que estão na internet. Outro ponto, quem frequenta livrarias, não está interessado somente no preço, quer folhear conhecer as novidades e as vezes conversar sobre livros. Então eu daria prioridade a essas questões na hora de montar uma pequena livraria.
Procuraria montar um ambiente agradável, com um belo café. Tentar uma espécie de clube de contos, para o pessoal discutir. Não sei se daria certo, mas focaria em manter um público fiel. E se não ganhar nas vendas de livros, pelo menos no café. Arriscar a venda na internet, principalmente se conseguir alguns livros mais dificeis.
E assim formar um nicho de mercado para atuar.

Quem sabe se dar certo, você possa lançar alguns livros com o selo de sua biblioteca. Talvez uma revista de contos e ir achando ramos para se infiltrar cada vez mais no mercado.
Tipo oque essa livraria vem fazendo:
http://www.arteeletra.com.br/arteeletra/main.php?modulo=Noticias#

Mas creio que seja dificil e trabalhoso.
Eu mesmo sou um não frequento livrarias.

Acreditem se quiser, na minha cidade não existe uma única livraria, apesar de ter uma papelaria em cada esquina. Recentemente organizaram uma feira do livro aqui, provavelmente patrocinada por alguma grande empresa pra saber a viabilidade de se construir uma filial aqui. Acredito que tenham fracassado miseravelmente.

Há algum tempo acalento o sonho de fundar uma editora, MÃS... um negócio só pode existir enquanto houver consumidores, e não estou nem um pouco afim de editar livros de auto-ajuda e culinária.

Mas livraria é municipal, editora é nacional

César escreveu:Mas livraria é municipal, editora é nacional

Eu sei haha, quando falei da editora já não pensava mais na minha cidade.

Imagino fundar uma editora focada em obras completas e obras raras. Entretanto, as obras raras o são justamente por que ninguém as quer ler. E obras completas são um empreendimento um tanto caro.

Qual cidade tu mora, Bóris?

Mat escreveu:Qual cidade tu mora, Bóris?

Valparaíso de Goiás, uma cidade a 40 minutos de Brasília. É um desses casos que chamam de Cidade dormitório.

Respondendo à pergunta original do tópico: abrir uma livraria como loja física é obviamente extremamente arriscado, com fatais chances de fracasso. Como em qualquer atividade comercial, você terá concorrência de grandes empresas que já estão no mercado há décadas e ainda obterá péssimos descontos nas editoras e distribuidoras por ser uma empresa nova e pouco relevante.

Digo isto por experiência própria: eu gerencio a Livraria 30porcento desde 2007, e só recentemente, passados 6 longos anos, conquistei uma clientela fiel e uma receita mensal estável. Meu sonho sempre foi ter uma loja na rua, pra ter contato com os leitores e um estoque enorme de livros por onde perambular. Mas teria sido inviável começar desta forma. Talvez a loja virtual consiga, um dia, proporcionar estabilidade financeira para que eu possa abrir minha primeira filial.

Por isso, minha sugestão é que você tenha um catálogo bem direcionado para um público alvo bem específico, e então torne-se conhecido neste pequeno grupo de leitores para só então tentar expandir seu negócio. O processo é bem demorado, mas pode funcionar.

Tiago Pavan escreveu:Respondendo à pergunta original do tópico: abrir uma livraria como loja física é obviamente extremamente arriscado, com fatais chances de fracasso. Como em qualquer atividade comercial, você terá concorrência de grandes empresas que já estão no mercado há décadas e ainda obterá péssimos descontos nas editoras e distribuidoras por ser uma empresa nova e pouco relevante.

Digo isto por experiência própria: eu gerencio a Livraria 30porcento desde 2007, e só recentemente, passados 6 longos anos, conquistei uma clientela fiel e uma receita mensal estável. Meu sonho sempre foi ter uma loja na rua, pra ter contato com os leitores e um estoque enorme de livros por onde perambular. Mas teria sido inviável começar desta forma. Talvez a loja virtual consiga, um dia, proporcionar estabilidade financeira para que eu possa abrir minha primeira filial.

Por isso, minha sugestão é que você tenha um catálogo bem direcionado para um público alvo bem específico, e então torne-se conhecido neste pequeno grupo de leitores para só então tentar expandir seu negócio. O processo é bem demorado, mas pode funcionar.

Bem parabéns por sua livraria. A 30Porcento tem ótimos preços e bons títulos a disposição, também bem vindo ao fórum!

Realmente, para se abrir uma livraria física é praticamente inviável. Hoje em dia parece que as livrarias só funcionam nos Shopping Centers. Aqui na minha cidade, pelo que me lembre, já tentaram abrir 3 livrarias e todas elas infelizmente fecharam depois de um tempo. A única que continua aberta é uma tradicional da cidade que se especializou em livros didáticos e fez parcerias com escolas e afins. Mas tem um acervo bem limitado em livros e variedade.

Seja bem vindo e parabéns pela livraria, Tiago!

Alguém viu isso?
"A primeira versão de 50 tons de cinza apareceu na internet em agosto de 2009, através do site fanfiction.net - uma comunidade de leitores que criam histórias baseadas no enredo ou em personagens de outros livros. A ficção era publicada em episódios e tinha como base o livro Crepúsculo, de Stephanie Meyer: os personagens principais de 50 tons de cinza recebiam, originalmente, os nomes de Edward Cullen e Bella Swan. Naquela época seu título era outro: Master of the Universe e a autora publicava sob o pseudônimo de Snowqueen’s Icedragon."

PORRA!

Essa é uma das minhas implicâncias com esta "escritora".

Implicância? Precisa ter implicância? Pensei que ninguém nem considerava ela

Tiago Pavan escreveu:Respondendo à pergunta original do tópico: abrir uma livraria como loja física é obviamente extremamente arriscado, com fatais chances de fracasso. Como em qualquer atividade comercial, você terá concorrência de grandes empresas que já estão no mercado há décadas e ainda obterá péssimos descontos nas editoras e distribuidoras por ser uma empresa nova e pouco relevante.

Digo isto por experiência própria: eu gerencio a Livraria 30porcento desde 2007, e só recentemente, passados 6 longos anos, conquistei uma clientela fiel e uma receita mensal estável. Meu sonho sempre foi ter uma loja na rua, pra ter contato com os leitores e um estoque enorme de livros por onde perambular. Mas teria sido inviável começar desta forma. Talvez a loja virtual consiga, um dia, proporcionar estabilidade financeira para que eu possa abrir minha primeira filial.

Por isso, minha sugestão é que você tenha um catálogo bem direcionado para um público alvo bem específico, e então torne-se conhecido neste pequeno grupo de leitores para só então tentar expandir seu negócio. O processo é bem demorado, mas pode funcionar.

Belo relato. Não conhecia sua livraria, mas está nos favoritos a partir de agora.

tiago escreveu:Alguém viu isso?
"A primeira versão de 50 tons de cinza apareceu na internet em agosto de 2009, através do site fanfiction.net - uma comunidade de leitores que criam histórias baseadas no enredo ou em personagens de outros livros. A ficção era publicada em episódios e tinha como base o livro Crepúsculo, de Stephanie Meyer: os personagens principais de 50 tons de cinza recebiam, originalmente, os nomes de Edward Cullen e Bella Swan. Naquela época seu título era outro: Master of the Universe e a autora publicava sob o pseudônimo de Snowqueen’s Icedragon."

PORRA!

Fanfic de Crepúsculo