Leitura que se pretende em breve

Lorenzo Becco escreveu:

tmanfrini escreveu:Apenas tanto quanto você ostenta suas insatisfações eu gosto de apontar o que me agrada.

Jabá escreveu:Sobre o tópico:

Mat escreveu:

Jabá escreveu:Sobre o tópico:

É bom Jabá, mas no final fica meio chato.
As cenas iniciais são as mais marcantes.
Boa leitura.

Lorenzo Becco escreveu:Leia e não se decepcionará:

Lorenzo Becco escreveu:Leia e não se decepcionará:

Dostoievski escreveu:"Como de propósito, bem no momento em que ele estava entrando, eu tive um sonho bem bom (aliás, daqueles que atualmente tenho às centenas). Eu adormeci - acho que uma hora antes da chegada dele - e vi que estava num quarto (não no meu). O quarto era mais alto e maior que o meu, melhor mobiliado [...] Mas nesse quarto notei um animal terrível, um monstro. Era uma espécie de escorpião, mas não era escorpião, era mais nojento e muito mais horrendo e, parece, justamente porque esses bichos não existem na natureza, e porque ele me pareceu de propósito, e porque nisso existiria como que um segredo. Eu o examinei muito bem: era marrom e cascudo, um bicho réptil, de uns quatro verchoks de comprimento, a cabeça com uns dois dedos de espessura que afinava gradualmente na direção do rabo, de maneira que a ponta do rabo não tinha mais do que um décimo de fração de verchok. Do peito, a um verchok da cabeça, saíam duas patas a quarenta e cinco graus, uma de cada lado cada uma de dois verchoks de comprimento, de sorte que todo o bicho, visto de cima, parecia um tridente. Não examinei a cabeça mas vi dois bigodinhos, não longos, na forma de duas agulhas fortes, também marrons. Tinha dois bigodinhos iguais na ponta do rabo e na ponta de cada uma das patas, logo, oito bigodinhos ao todo. O bicho corria muito rápido pelo quarto, apoiando-se nas patas e no rabo, e quando corria o tronco e as patas se serpenteavam com uma rapidez incomum, apesar da casca, e dava muito nojo olhar para aquilo. Eu estava com um terrível medo de que ele me picasse [...]. Ele se escondia debaixo da cômoda, debaixo do armário, arrastava-se pelos cantos. Eu me sentei numa cadeira com as pernas encolhidas. [...] Eu olhava ao redor tomado de pavor, porém como estava sentado com as pernas encolhidas, esperava que ele não subisse na cadeira. Súbito ouvi atrás de mim, quase junto à minha cabeça, algum sussurro crepitante; olhei para trás e vi que o bicho subia pela parede e já estava na altura da minha cabeça e tocava inclusive os meus cabelos com o rabo, que girava e serpenteava com uma rapidez extraordinária[...]"

Lorenzo Becco escreveu:Jabá, não fique com raiva de mim que eu te amo, sua putinha.

Se você morasse aqui perto, te emprestaria os meus.

Quem mandou você ser pobre.

Mat escreveu:

Dostoievski escreveu:"Como de propósito, bem no momento em que ele estava entrando, eu tive um sonho bem bom (aliás, daqueles que atualmente tenho às centenas). Eu adormeci - acho que uma hora antes da chegada dele - e vi que estava num quarto (não no meu). O quarto era mais alto e maior que o meu, melhor mobiliado [...] Mas nesse quarto notei um animal terrível, um monstro. Era uma espécie de escorpião, mas não era escorpião, era mais nojento e muito mais horrendo e, parece, justamente porque esses bichos não existem na natureza, e porque ele me pareceu de propósito, e porque nisso existiria como que um segredo. Eu o examinei muito bem: era marrom e cascudo, um bicho réptil, de uns quatro verchoks de comprimento, a cabeça com uns dois dedos de espessura que afinava gradualmente na direção do rabo, de maneira que a ponta do rabo não tinha mais do que um décimo de fração de verchok. Do peito, a um verchok da cabeça, saíam duas patas a quarenta e cinco graus, uma de cada lado cada uma de dois verchoks de comprimento, de sorte que todo o bicho, visto de cima, parecia um tridente. Não examinei a cabeça mas vi dois bigodinhos, não longos, na forma de duas agulhas fortes, também marrons. Tinha dois bigodinhos iguais na ponta do rabo e na ponta de cada uma das patas, logo, oito bigodinhos ao todo. O bicho corria muito rápido pelo quarto, apoiando-se nas patas e no rabo, e quando corria o tronco e as patas se serpenteavam com uma rapidez incomum, apesar da casca, e dava muito nojo olhar para aquilo. Eu estava com um terrível medo de que ele me picasse [...]. Ele se escondia debaixo da cômoda, debaixo do armário, arrastava-se pelos cantos. Eu me sentei numa cadeira com as pernas encolhidas. [...] Eu olhava ao redor tomado de pavor, porém como estava sentado com as pernas encolhidas, esperava que ele não subisse na cadeira. Súbito ouvi atrás de mim, quase junto à minha cabeça, algum sussurro crepitante; olhei para trás e vi que o bicho subia pela parede e já estava na altura da minha cabeça e tocava inclusive os meus cabelos com o rabo, que girava e serpenteava com uma rapidez extraordinária[...]"

Stravinsky L. escreveu:

Mat escreveu:

Dostoievski escreveu:"Como de propósito, bem no momento em que ele estava entrando, eu tive um sonho bem bom (aliás, daqueles que atualmente tenho às centenas). Eu adormeci - acho que uma hora antes da chegada dele - e vi que estava num quarto (não no meu). O quarto era mais alto e maior que o meu, melhor mobiliado [...] Mas nesse quarto notei um animal terrível, um monstro. Era uma espécie de escorpião, mas não era escorpião, era mais nojento e muito mais horrendo e, parece, justamente porque esses bichos não existem na natureza, e porque ele me pareceu de propósito, e porque nisso existiria como que um segredo. Eu o examinei muito bem: era marrom e cascudo, um bicho réptil, de uns quatro verchoks de comprimento, a cabeça com uns dois dedos de espessura que afinava gradualmente na direção do rabo, de maneira que a ponta do rabo não tinha mais do que um décimo de fração de verchok. Do peito, a um verchok da cabeça, saíam duas patas a quarenta e cinco graus, uma de cada lado cada uma de dois verchoks de comprimento, de sorte que todo o bicho, visto de cima, parecia um tridente. Não examinei a cabeça mas vi dois bigodinhos, não longos, na forma de duas agulhas fortes, também marrons. Tinha dois bigodinhos iguais na ponta do rabo e na ponta de cada uma das patas, logo, oito bigodinhos ao todo. O bicho corria muito rápido pelo quarto, apoiando-se nas patas e no rabo, e quando corria o tronco e as patas se serpenteavam com uma rapidez incomum, apesar da casca, e dava muito nojo olhar para aquilo. Eu estava com um terrível medo de que ele me picasse [...]. Ele se escondia debaixo da cômoda, debaixo do armário, arrastava-se pelos cantos. Eu me sentei numa cadeira com as pernas encolhidas. [...] Eu olhava ao redor tomado de pavor, porém como estava sentado com as pernas encolhidas, esperava que ele não subisse na cadeira. Súbito ouvi atrás de mim, quase junto à minha cabeça, algum sussurro crepitante; olhei para trás e vi que o bicho subia pela parede e já estava na altura da minha cabeça e tocava inclusive os meus cabelos com o rabo, que girava e serpenteava com uma rapidez extraordinária[...]"

Lembro dessa passagem, foi Hipollit que teve essa alucinação, não é?

Digo alucinação, mas não me lembro direito se foi esse o caso.

Mat escreveu:

Lorenzo Becco escreveu:Leia e não se decepcionará:

Dostoievski escreveu:"Como de propósito, bem no momento em que ele estava entrando, eu tive um sonho bem bom (aliás, daqueles que atualmente tenho às centenas). Eu adormeci - acho que uma hora antes da chegada dele - e vi que estava num quarto (não no meu). O quarto era mais alto e maior que o meu, melhor mobiliado [...] Mas nesse quarto notei um animal terrível, um monstro. Era uma espécie de escorpião, mas não era escorpião, era mais nojento e muito mais horrendo e, parece, justamente porque esses bichos não existem na natureza, e porque ele me pareceu de propósito, e porque nisso existiria como que um segredo. Eu o examinei muito bem: era marrom e cascudo, um bicho réptil, de uns quatro verchoks de comprimento, a cabeça com uns dois dedos de espessura que afinava gradualmente na direção do rabo, de maneira que a ponta do rabo não tinha mais do que um décimo de fração de verchok. Do peito, a um verchok da cabeça, saíam duas patas a quarenta e cinco graus, uma de cada lado cada uma de dois verchoks de comprimento, de sorte que todo o bicho, visto de cima, parecia um tridente. Não examinei a cabeça mas vi dois bigodinhos, não longos, na forma de duas agulhas fortes, também marrons. Tinha dois bigodinhos iguais na ponta do rabo e na ponta de cada uma das patas, logo, oito bigodinhos ao todo. O bicho corria muito rápido pelo quarto, apoiando-se nas patas e no rabo, e quando corria o tronco e as patas se serpenteavam com uma rapidez incomum, apesar da casca, e dava muito nojo olhar para aquilo. Eu estava com um terrível medo de que ele me picasse [...]. Ele se escondia debaixo da cômoda, debaixo do armário, arrastava-se pelos cantos. Eu me sentei numa cadeira com as pernas encolhidas. [...] Eu olhava ao redor tomado de pavor, porém como estava sentado com as pernas encolhidas, esperava que ele não subisse na cadeira. Súbito ouvi atrás de mim, quase junto à minha cabeça, algum sussurro crepitante; olhei para trás e vi que o bicho subia pela parede e já estava na altura da minha cabeça e tocava inclusive os meus cabelos com o rabo, que girava e serpenteava com uma rapidez extraordinária[...]"

Gourmet escreveu:
Há uma impressão que tenho, pode ser um delírio completo, mas tem alguma conexão com o assunto. É que acredito que o cinema é totalmente inspirado em sonhos, não na idéia de realização de desejos, mas na estrutura, na forma. Todo o sistema de edição, os cortes, cenas que se sobrepõem, lugares que são suprimidos, tudo no cinema me lembra muito os sonhos. Isso não me sai da cabeça desde que uma vez ouvi um comentário que dizia mais ou menos o seguinte "tive um sonho que parecia um filme".

Jabá escreveu:

Gourmet escreveu:
Há uma impressão que tenho, pode ser um delírio completo, mas tem alguma conexão com o assunto. É que acredito que o cinema é totalmente inspirado em sonhos, não na idéia de realização de desejos, mas na estrutura, na forma. Todo o sistema de edição, os cortes, cenas que se sobrepõem, lugares que são suprimidos, tudo no cinema me lembra muito os sonhos. Isso não me sai da cabeça desde que uma vez ouvi um comentário que dizia mais ou menos o seguinte "tive um sonho que parecia um filme".

Também penso um pouco como você, Gourmet. Mas isso varia muito de diretor pra diretor.
Alguns você tem a sensação de uma imagem ou quadro pintado que ganhou vida.
Podíamos levar essa discussão pro tópico de cinema que anda muito parado. Só eu que posto por lá...

Mat escreveu:Vamos ler O vermelho e o negro juntos!

Jabá escreveu:

Mat escreveu:Vamos ler O vermelho e o negro juntos!

Não.

Mat escreveu:

Jabá escreveu:

Mat escreveu:Vamos ler O vermelho e o negro juntos!

Não.

foda-se