Ficção brasileira contemporânea
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Ficção brasileira contemporânea
O que vocês recomendam? Eu não li nada do que está sendo produzido por escritores novos aqui no Brasil.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Ficção brasileira contemporânea
Eu sugiro Lobão.
Jabá- Guerra e Paz
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Re: Ficção brasileira contemporânea
O mais novo colunista da Veja
Mat- Guerra e Paz
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Re: Ficção brasileira contemporânea
Esse também tá muito falado:
Jabá- Guerra e Paz
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Re: Ficção brasileira contemporânea
Você leu, Jabá? Não me deu vontade, parece ser wannabe de DFW, mas já vi um pessoal falando bem na internet.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Ficção brasileira contemporânea
Antes fosse wannabe de DFW, lixinho. É um wannabe de cultura americana, aquela parte mais nojenta.
Re: Ficção brasileira contemporânea
Não me animo a ler essa merda. Como você já é consumidor do produto, resolvi sugerir. Tem uma reportagem sobre o livro numa Piauí do ano passado. Claro que não li.
Jabá- Guerra e Paz
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Re: Ficção brasileira contemporânea
E o Lisias? Alguém leu?
Mat- Guerra e Paz
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Re: Ficção brasileira contemporânea
Conheço praticamente nada. O mais recente que eu li foi "Nove Noites", do Bernardo Carvalho: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=80036
Havia gostado, mas faz muito tempo.
Havia gostado, mas faz muito tempo.
Oric- Crime e Castigo
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Re: Ficção brasileira contemporânea
Eu li um texto de um cara que esqueci nome falando que praticamente tudo que está sendo produzido atualmente no país em literatura é lixo.
Edit: achei o texto. E aí? o que acham? http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-giron/noticia/2013/09/bpobre-romanceb-brasileiro.html
Edit: achei o texto. E aí? o que acham? http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-giron/noticia/2013/09/bpobre-romanceb-brasileiro.html
Mat- Guerra e Paz
- Mensagens : 2969
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Re: Ficção brasileira contemporânea
Não curto literatura brasileira contemporânea, mas muito fácil essa opiniãozinha dele, ein, muito séria.Mat escreveu:Eu li um texto de um cara que esqueci nome falando que praticamente tudo que está sendo produzido atualmente no país em literatura é lixo.
Edit: achei o texto. E aí? o que acham? http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-giron/noticia/2013/09/bpobre-romanceb-brasileiro.html
Re: Ficção brasileira contemporânea
Acho Lísias um puta escritor. O livro dos Mandarins é fabuloso. Boto muita fé na carreira dele (li os trabalhos dele até os Mandarins, não li os últimos dois livros, estou pra ler).
gosto da Verônica Stigger, tanto do Anões quanto do último Opsinia Swiata (algo assim). Muito bom, muita joie de virre.
Bernardo Carvalho é mt bom, curto muito Nove noites. Tou pra reler.
*
Sobre o Galera, não é ruim. Não tem nada a ver com DFW, ao menos não formalmente. Ele é um bom escritor realista. Eu acho ele um babaca como persona literária, mas achei passável, levemente agradável o capítulo que saiu na Granta (eu ainda devo pegar esse livro eventualmente.
*
Recomendações também são o Bettega (Os lados do círculo - contos), o Michel Laub (o "Diário da Queda", lindo demais esse aí) e a Carola Saavedra, ela é muito muito fera (gosto muito do Flores Azuis).
Tem outras coisas mais ou menos boas, coisas muito bem recomendadas que preciso ler ainda (José Luiz Passos, por exemplo, que tem um livro muito interessante SOBRE machado de assis.)
*
Mas sejamos sincero, como levar a sério um texto do Giron, um texto do Giron que não cita ninguém com a desculpa de que "Não vou citar nomes porque seria dar corda à polêmica" MERMÃO, QUEM TÁ FAZENDO A POLÊMICA É TU, DEIXA DE SER IMBECIL.
Enfim. Além disso nós sabemos bem né que esses juízos "Ontem era melhor que hoje, ontem se escrevia melhor que hoje, ontem se lia melhor em ais que hoje" eles acontecem, literalmente, desde a antiguidade. (tem uma frase, acho que do Plínio, o velho, sobre isso).
*
Em reusmo, mais leitura e menos babaquice à la Giron.
gosto da Verônica Stigger, tanto do Anões quanto do último Opsinia Swiata (algo assim). Muito bom, muita joie de virre.
Bernardo Carvalho é mt bom, curto muito Nove noites. Tou pra reler.
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Sobre o Galera, não é ruim. Não tem nada a ver com DFW, ao menos não formalmente. Ele é um bom escritor realista. Eu acho ele um babaca como persona literária, mas achei passável, levemente agradável o capítulo que saiu na Granta (eu ainda devo pegar esse livro eventualmente.
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Recomendações também são o Bettega (Os lados do círculo - contos), o Michel Laub (o "Diário da Queda", lindo demais esse aí) e a Carola Saavedra, ela é muito muito fera (gosto muito do Flores Azuis).
Tem outras coisas mais ou menos boas, coisas muito bem recomendadas que preciso ler ainda (José Luiz Passos, por exemplo, que tem um livro muito interessante SOBRE machado de assis.)
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Mas sejamos sincero, como levar a sério um texto do Giron, um texto do Giron que não cita ninguém com a desculpa de que "Não vou citar nomes porque seria dar corda à polêmica" MERMÃO, QUEM TÁ FAZENDO A POLÊMICA É TU, DEIXA DE SER IMBECIL.
Enfim. Além disso nós sabemos bem né que esses juízos "Ontem era melhor que hoje, ontem se escrevia melhor que hoje, ontem se lia melhor em ais que hoje" eles acontecem, literalmente, desde a antiguidade. (tem uma frase, acho que do Plínio, o velho, sobre isso).
*
Em reusmo, mais leitura e menos babaquice à la Giron.
RafaelS- Ana Karenina
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Re: Ficção brasileira contemporânea
Valeu, Rafael. Bom comentário. Você já leu o Pornopopeia? Estava interessado nesse livro tempinho atrás.
E o Giron também não me convenceu, ele passou voando por cima de coisas importantes e não especificou nada durante o texto.
Sou totalmente contra esses juízos de "no passado era melhor". Como tu disse, isso acontece desde a antiguidade, só servem para polêmica e não contribuem para a discussão intelectual.
E o Giron também não me convenceu, ele passou voando por cima de coisas importantes e não especificou nada durante o texto.
Sou totalmente contra esses juízos de "no passado era melhor". Como tu disse, isso acontece desde a antiguidade, só servem para polêmica e não contribuem para a discussão intelectual.
Mat- Guerra e Paz
- Mensagens : 2969
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Localização : Bahia
Re: Ficção brasileira contemporânea
Putz.César escreveu:Reinaldo Moraes, mais um desses que ainda não superou Bukowski.
Re: Ficção brasileira contemporânea
Sabem? Bortoloto, essa galerinha que acha que se escreve no Face que é bebaço pegador todo mundo vai acreditar que é o próprio Hank.
Re: Ficção brasileira contemporânea
Mat escreveu:Jabázinhu, Você já leu o Pornopopeia? Estava interessado nesse volume tempinho atrás. e estava interessado em você com seu volume atrás de mim
Jabá escreveu:TÍTULO: PORNOPOPÉIA
AUTOR: Reinaldo Moraes
EDITORA: Objetiva
O romance Pornopopéia figura tranquilamente como uma das melhores e mais inteligentes obras escritas no país nos últimos 10 anos. Reinaldo Moraes vem se estabelecer como um dos grandes nomes da nossa literatura pelo motivo de que seu livro é uma deliciosa aventura marginal surrealista vivida por um cineasta falido que transformou o mundo em um parque de diversões e as pessoas em seus brinquedinhos. Conta a história de Zeca, que narra tudo em primeira pessoa e nos mostra um cineasta falido afundado no maremoto em que se transformou sua vida. O livro inicia com uma batalha entre Zeca e o seu computador para escrever um roteiro para um vídeo institucional sobre embutidos de frango, que seria atualmente o único trabalho que sua (também falida) produtora, a Khmer vídeo-filmes conseguira nos últimos meses. Zeca, por mais que se esforce, alterna a tarefa que lhe foi concedida entre recordar os últimos acontecimentos (que serve de mote para rolar toda a ação do livro) e usufruir de seus vícios: cocaína, cerveja e sexo. Em meio aos intervalos da sua agitada vida, os personagens aos pouco vão surgindo. E que personagens! O autor conseguiu traçar tipos extravagantes sem se tornarem caricatos de si mesmos, tendo uma “atuação” equilibrada conferindo o clima de pornochanchada à história.
A primeira parte do livro, mostra as peripécias de Zeca afundado nas drogas, envolvido com prostituição e sua participação numa espécie de suruba mística em que ele vai participar fissurado de ácido fornecido pelo seu amigo tocador de cítara e sua mais nova amiguinha que é uma ninfeta que Zeca planeja comer a todo custo. Os trechos são de arrancar o riso. Passagens hilárias e surreais que logo fazem o leitor mergulhar e não querer largar a leitura.
Reinaldo Moraes caprichou nas personagens e fez com que estas se tornassem inesquecíveis: o amigo Ingo tocador de Cítara, a divina mestra condutora da suruba, as duas gordas, o bailarino negro viado, o amigo Nissim, as putas do puteiro que Zeca freqüenta (Bitch), o traveco que arrasta ele pro apartamento, o traficante Miro, o advogado metrossexual e mais uma gama de tipos que dão um tom especial à história, que na segunda parte, toma um ritmo totalmente mais lento do que a alopração da primeira parte, mas mesmo assim não deixa a peteca cair e proporciona toda a explicação de como o Zeca foi parar na praia fugindo dos últimos acontecimentos.
Sobre o personagem principal: O sujeito sofre de uma ansiedade crônica e padece de uma tara infinita, além de consumir toneladas de pó, beber barris de qualquer coisa que possa conter álcool e meter em todo orifício que seja visgoso e possa se parecer com uma buceta. Tipos assim podem causar antipatia em leitores mais puritanos que não estejam acostumado com tanta porralouquice, mas o personagem além de arrancar gargalhadas, ainda tem uma veia poética e carrega o texto de referências que nenhum leitor/cinéfilo vai deixar passar batido. E são essas referências que aproximam o Zeca que mesmo com o monte de merda que ele faz durante o intervalo contado da 1ª à última página faça com que ele seja visto como um camarada.
E por fim, o autor usou e abusou da linguagem coloquial. Brincou até cansar com centenas de aliterações malucas, poesia concretista, neologismos e poemas haicai, que se contrapõe ao clima de fissuração e dando uma quebrada proposital no ritmo da leitura, sem prejudicá-lo.
Apesar do livro ter seus defeitos resumidos basicamente às primeiras páginas que causam uma certa impaciência no leitor por conta da batalha entre Zeca e o roteiro do comercial de embutidos de frango, além da grande quantidade (a meu ver pra justificar o título) de bucetas e gozadas que o Zeca deu, o autor acertou a mão e provavelmente criou um clássico na literatura nacional. Obra perfeita pro leitor exigente e carente de algo novo e que o tire da rotina. Altamente recomendado.
Teresina, 30 de dezembro de 2011
Jabá- Guerra e Paz
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Idade : 44
Localização : Teresina/PI
Re: Ficção brasileira contemporânea
QUANTA CARÊNCIA.
Mat- Guerra e Paz
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Idade : 33
Localização : Bahia
Re: Ficção brasileira contemporânea
Eu to interessado no lísias. E estou para ler o "Nove noites" do Bernardo carvalho. Parece que ele lançou mais um livro ano passado.
Além desses eu tenho uns livros do Galera, que não li e nem tenho vontade de ler. E uns do Lourenço Mutarelli. Que também não li nada. Mas esse eu acho que irei curtir. O cheiro do Ralo eu gostei. Não do cheiro dele e sim do filme, o livro eu não li.
Além desses eu tenho uns livros do Galera, que não li e nem tenho vontade de ler. E uns do Lourenço Mutarelli. Que também não li nada. Mas esse eu acho que irei curtir. O cheiro do Ralo eu gostei. Não do cheiro dele e sim do filme, o livro eu não li.
lavoura- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Ficção brasileira contemporânea
Não tenho o mínimo interesse por ninguém nacional e contemporâneo.
Re: Ficção brasileira contemporânea
Nove noites é enorme.
RafaelS- Ana Karenina
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Data de inscrição : 11/02/2013
Localização : Rio de Janeiro
Re: Ficção brasileira contemporânea
Já leu Mongólia?
Oric- Crime e Castigo
- Mensagens : 948
Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Ficção brasileira contemporânea
Marcelo Mirisola. Além de todas as bobagens...
http://congressoemfoco.uol.com.br/author/marcelomirisola/
http://www.oitoemeio.com.br/livros/o-cristo-empalado/
http://congressoemfoco.uol.com.br/author/marcelomirisola/
http://www.oitoemeio.com.br/livros/o-cristo-empalado/
Re: Ficção brasileira contemporânea
Sugiro os seguintes livros, todos lançados no século XXI:
Adriana Lisboa: Sinfonia em branco;
Antonio Carlos Viana: Aberto está o inferno;
Bernardo Carvalho: Mongólia;
Bernardo Carvalho: Nove noite;
Cristovão Tezza: O filho eterno;
Cristovão Tezza: O fotógrafo;
Daniel Galera: Mãos de cavalo;
Luiz Ruffato: Eles eram muitos cavalos;
Luiz Ruffato: Mamma, son tanto felice;
Marçal Aquino: Eu receberia as piores notícias de teus lindos lábios;
Michel Laub: Diário da queda;
Michel Laub: O segundo tempo;
Miguel Sanches Neto: Chove sobre minha infância;
Milton Hatoum: Dois irmãos;
Ricardo Lísias: Divórcio;
Rodrigo Lacerda: Vista do Rio;
Ronaldo Correia de Brito: Faca;
Rubens Figueiredo: Barco a seco;
Rubens Figueiredo: O passageiro do fim do dia;
Sérgio Sant’Anna: O voo da madrugada; e
Sérgio Sant’Anna: Páginas sem glória.
Adriana Lisboa: Sinfonia em branco;
Antonio Carlos Viana: Aberto está o inferno;
Bernardo Carvalho: Mongólia;
Bernardo Carvalho: Nove noite;
Cristovão Tezza: O filho eterno;
Cristovão Tezza: O fotógrafo;
Daniel Galera: Mãos de cavalo;
Luiz Ruffato: Eles eram muitos cavalos;
Luiz Ruffato: Mamma, son tanto felice;
Marçal Aquino: Eu receberia as piores notícias de teus lindos lábios;
Michel Laub: Diário da queda;
Michel Laub: O segundo tempo;
Miguel Sanches Neto: Chove sobre minha infância;
Milton Hatoum: Dois irmãos;
Ricardo Lísias: Divórcio;
Rodrigo Lacerda: Vista do Rio;
Ronaldo Correia de Brito: Faca;
Rubens Figueiredo: Barco a seco;
Rubens Figueiredo: O passageiro do fim do dia;
Sérgio Sant’Anna: O voo da madrugada; e
Sérgio Sant’Anna: Páginas sem glória.
humberto.gomes.925- Noites Brancas
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Data de inscrição : 29/08/2012
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