Rubem Fonseca

Deco escreveu:Terei q ler ''Agosto'' para uma avaliação do semestre,se tudo der certo viro mais um fonsequete

Li recentemente. Muito bom. No momento lendo Mandrake: A bíblia e a bengala.

MANDRAKE: A BÍBLIA E A BENGALA
RUBEM FONSECA
COMPANHIA DAS LETRAS
239 páginas
Ótimo romance estrelado pelo Mandrake. Talvez esse advogado fodedor, bon vivant e malandro seja a criação máxima do Rubem Fonseca. A emulação perfeita do detetive clássico que vive suas aventuras num Rio de Janeiro barra pesada com um delicioso clima noir com pitadas de Raymond Chandler, Dashiell Hammett e Humphrey Bogart.
Nesse livro, dividido em duas partes, Mandrake recebe uma cliente envolvida com um doentio grupo de bibliófilos que não se importam em matar para conseguir um livro raríssimo: uma bíblia rara impressa pela máquina do próprio Gutemberg. No segundo conto, a partir dos resquícios e consequências do primeiro, um assassinato do esposo de uma das amantes do Mandrake o coloca em maus lençóis quando ele descobre que o objeto usado para o crime foi uma de suas bengalas.
As duas histórias são muito bem costuradas. Com maestria, Fonseca manipula seu universo mandrakiano com os personagens legais de sempre: o tira Raul, o sócio Weksler, as amantes, os tipos sórdidos bizarros e pervertidos e os crimes bárbaros. Fonseca ri de si próprio quando mexe no universo da bibliofilia. Mas o mais legal que Mandrake não é um “herói que vence o mal”. É só um cara que quer celebrar a vida fodendo e depois fumando um charuto regado a vinho tinto português.

Que babaca!!!

"minha escrita te lembra algum escritor?"

"Não sabia se era elogio ou não"

"Cuidado mulheres. pois este autor retrata o mais íntimo do homem"

Gostou do livro e só deu 3 estrelas

Fred'ane Soares.

Li esse final de semana o livro "O cobrador". Muito bom, imagino o bafafá que o livro não causou na época, está certo que o Fonseca não era nenhum autor iniciante e o seu livro anterior "Feliz ano novo" havia sido proibido pela ditadura. Mas mesmo assim os contos são bem chocantes.
Cada vez mais fã do Rubem!

lavoura escreveu:Li esse final de semana o livro "O cobrador". Muito bom, imagino o bafafá que o livro não causou na época, está certo que o Fonseca não era nenhum autor iniciante e o seu livro anterior "Feliz ano novo" havia sido proibido pela ditadura. Mas mesmo assim os contos são bem chocantes.
Cada vez mais fã do Rubem!

Lavoura, os livros dele geraram inúmeros problemas. Não lembro onde li, mas parece que ele responde alguns processos até hoje

E sempre que entro no dentista lembro do conto O Cobrador.

Jabá, a quantas anda seu "projeto" Rubem?

Mostra uma foto dos livros.

Gourmet escreveu:Jabá, a quantas anda seu "projeto" Rubem?

Mostra uma foto dos livros.

Ainda nem comecei. Só quando eu terminar de ler todos. Ano que vem espero iniciar.

Fonseca Ad Aeternum.

Vejam ae,Fonsequetes( se é que já não leram esse texto): http://cinemaexmachina.wordpress.com/2010/08/17/vastas-emocoes-e-pensamentos-imperfeitosfragmentos-de-cinema-e-intertextualidade-no-romance-de-rubem-fonseca/

Deco escreveu:Vejam ae,Fonsequetes( se é que já não leram esse texto): http://cinemaexmachina.wordpress.com/2010/08/17/vastas-emocoes-e-pensamentos-imperfeitosfragmentos-de-cinema-e-intertextualidade-no-romance-de-rubem-fonseca/

ótimo artigo, Deco, não tinha lido ainda. A despeito dos comentários idiotas no final, o artigo me fez lembrar o prazer de ler essa obra magnânima e cogitou a possibilidade de relê-la dia desses. Vastas emoções também foi o livro que me "introduziu" pra valer na literatura russa, apesar de não ser TP do Babel.

Essa é pro Jabá comemorar. Novo livro do Rubão sai em fins de agosto. Amálgama.

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2013/08/1320482-os-pensamentos-imperfeitos-de-um-selvagem.shtml

Boa notícia, Gourmet. Velhote firme e forte produzindo!

Depois vou ler a matéria.

Cara li o "Axilas e outras histórias indecorosas" e no conto "Beleza" que narra as peripércia de um médico acho que o Fonseca se inspirou em Breaking Bad. Na hora que ele lista os venenos ele fala de Ricina que é um veneno usado na série e o nome do quimíco que faz a ricina para o médico é Gustavo que coincidentemente é o nome de um personagem da série. Ou eu to viajando muito.

Certamente é um bom palpite. Rubão deve realmente curtir a série mais espetacular da atualidade.

Outra coincidência foi ler o conto "Helena" do "Ela e outras mulheres" e ser citado o livro "O jornalista e o assassino" da Janet Malcolm que estou lendo agora. Lá o Rubem usou o mesmo artifício em que o jornalista do livro da Janet usou, mas diferente do livro. Não sabe-se se foi vingança da jornalista por ser recusada ou se já era tudo parte do jogo.
Muito bom.

To lendo agora aquela coletânea de contos dele pela Cia das letras. Lendo o "A Arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro". Simplesmente fantástico,não??

Gourmet, lembro-me de tu comentando que tinha um projeto de andar pelos mesmos lugares e fotografar o decorrer do percurso. Ainda tem vontade de fazer isso? Ficaria muito foda.
E hilário também, principalmente se tentar ensinar as putas a aprenderem a ler.


Rubem fodão! Depois da coletânea o próximo que lerei dele será o "Agosto" que tem uma das capas mais bonitas que já vi.

lavoura escreveu:Outra coincidência foi ler o conto "Helena" do "Ela e outras mulheres" e ser citado o livro "O jornalista e o assassino" da Janet Malcolm que estou lendo agora. Lá o Rubem usou o mesmo artifício em que o jornalista do livro da Janet usou, mas diferente do livro. Não sabe-se se foi vingança da jornalista por ser recusada ou se já era tudo parte do jogo.
Muito bom.

To lendo agora aquela coletânea de contos dele pela Cia das letras. Lendo o "A Arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro". Simplesmente fantástico,não??

Gourmet, lembro-me de tu comentando que tinha um projeto de andar pelos mesmos lugares e fotografar o decorrer do percurso. Ainda tem vontade de fazer isso? Ficaria muito foda.
E hilário também, principalmente se tentar ensinar as putas a aprenderem a ler.


Rubem fodão! Depois da coletânea o próximo que lerei dele será o "Agosto" que tem uma das capas mais bonitas que já vi.

Minha máquina chegou defeituosa. Foi uma via crucis pra resolver o problema, mas quase todos os dias penso nisso.

E já que você lembrou desse conto do Rubem, eu já notei que ele usa esse recurso de forma recorrente - sempre com muita eficiência. O caso do Augusto, ele diz que ensina as putas a ler. Aí ao longo da leitura quando você menos espera a puta já aprendeu a ler, com a técnica misteriosa do Augusto. Mas em momento nenhum ele revela o "pulo do gato". Mesma coisa, por exemplo, em A Confraria dos Espadas e outros contos. Isso me lembra muito o filme Down By Law. Em que o personagem do Begnini sempre que vai fazer algo extraordinário, o diretor corta e já vai pra cena seguinte...

Ah, fiquei muito decepcionado em não ter encontrado o lançamento do livro do Rubem na bienal. Era o livro que eu mais gostaria de ter comprado.

Axilas e outras histórias indecorosas saiu em Portugal com o título Suvaco e outras histórias calamitantes.

Jabá escreveu:Axilas e outras histórias indecorosas saiu em Portugal com o título Suvaco e outras histórias calamitantes.

Calamitantes. Puta palavra feia...
Estragou o título.

Galera, preciso de uma força! Eu li o "Agruras de um jovem escritor - feliz ano novo" e fiquei com uma dúvida chata... Ele usa o termo "polifásico" para descrever parte do próprio jeito de raciocinar, mas já procurei por aqui (pela internet), em alguns dicionários e a dúvida persiste. Afinal, o que ele quis dizer com isso?
Já li até coisas sobre "sono polifásico" pode ser um caminho, tem relação com o inconsciente e a própria ideia de surrealismo, mas acho que não é por ai... Também pensei na própria estrutura, li em um dos dicionários (dicionário contemporâneo da língua portuguesa, lembro que era de alguma faculdade de SP) que polifásico pode ser "mais de um período" dai pensei no período gramatical, o fato de pensar tudo ao mesmo tempo, entretanto acho meio 'forçação de barra'. Resumo da ópera: não sei. O que vocês acham?

Bom, "fases" é usado quimicamente para definir substâncias que quando misturadas não se fundem, tanto é que a mistura de água e óleo forma duas fases e também é chamada de bifásica. Rubem tinha bons conhecimentos de criminologia, o que obviamente envolve biologia e química.

Minha tese é que o "polifásico" representa uma forma de raciocício "multitarefa", provavelmente a capacidade de refletir e administrar tarefas diversas sem que isso resulte em confusão mental.

Eu mal tenho condições de falar no telefone e fazer outra coisa ao mesmo tempo. Outras pessoas fazem várias coisas simultaneamente sem qualquer dificuldade. Deve ser algo nesse sentido.

***

Alguém já tem notícias sobre o novo livro do Rubão?