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James Joyce

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Mensagem por Darth Vader 11th outubro 2011, 1:02 pm

Aí Mat,

Não sou "maluco"...
Não tô me "doendo por muito pouco"...
Não tô indo falar com vc "com sete pedras na mão"...

Stress sei que todo mundo anda tendo. Mas não tenho nada a ver com seus problemas... Pegue leve!
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Mensagem por Mat 11th outubro 2011, 1:06 pm

Vader, então pare de ficar falando essas coisas que tu fala aí

na boa
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Mensagem por César 11th outubro 2011, 1:39 pm

Joyce pode ser ruim, mas não merece um fã como o Mat...
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Mensagem por Amanda 11th outubro 2011, 2:08 pm

Achei a dúvida do Gourmet bem colocada. Nunca li o Joyce, mas tenho curiosidade. Poderia ir atrás disso colocando no Google, talvez eu tivesse uma resposta mais convincente que a que o Mat deu. A observação do Vader, portanto, foi praticamente o que eu estava pensando. A única coisa que ainda vale nesse tópico é a Monroe (salva tópico eterno) e

por César em 11/10/11, 02:39 pm

Joyce pode ser ruim, mas não merece um fã como o Mat...
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Mensagem por lawlra 11th outubro 2011, 2:13 pm

César escreveu:
Mat escreveu:
Cocksucker escreveu:
Mat escreveu:Nego lê duas páginas do Ulisses, sai falando as merdas que fala e quer que eu respeite?

NIGGA PLEASE


Eu também acho que esses imbecis merecem a morte, mas faltaria a lenha.


ME DÁ SEU TELEFONE, SEU TELEFONE
Isso é muito sério cara... Muito Laughing

que doença, gente.
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Mensagem por Amanda 11th outubro 2011, 2:23 pm

E, gente, se for pra criar tópico/usuário ~zoando~~ melhor mudar de fórum e ir pro 4chan, né? A parte "Off-topic" também está logo ali.
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Mensagem por Mat 11th outubro 2011, 10:14 pm

Amanda escreveu:Achei a dúvida do Gourmet bem colocada. Nunca li o Joyce, mas tenho curiosidade. Poderia ir atrás disso colocando no Google, talvez eu tivesse uma resposta mais convincente que a que o Mat deu. A observação do Vader, portanto, foi praticamente o que eu estava pensando. A única coisa que ainda vale nesse tópico é a Monroe (salva tópico eterno) e

por César em 11/10/11, 02:39 pm

Joyce pode ser ruim, mas não merece um fã como o Mat...


Então Amanda, tenho uma boa relação com o Joyce desde cedo. Quando li o “Ulisses” devia ter uns 18 ou 19 anos [lembro até hoje da edição que peguei na biblioteca municipal, capa dura e vermelha com uns ornamentos dourados, na primeira página tinha uma foto do Joyce já idoso fumando um cigarro, com um olhar sério, de pouquíssimos amigos. Lembro até que no prefácio dessa edição o ensaísta comentava que o livro era o mais matematicamente perfeito que se tem notícia] Quando o li pela primeira vez não fazia idéia desse comentário geral de que ele era um autor arrogante, que escreveu para si mesmo, pedante e toda essa merda. Me encantei com a força do seu texto, seus personagens [humanos e imperfeitos como nós, cheios de desejos fúteis], o jeito inventivo de escrever – ele consegue ser “baixo” sem perder a classe. [Joyce fez o que quis com o Inglês]. “Ulisses” é o livro mais transgressor que já li, em termos lingüísticos, um lance sem parâmetros, tem muito estilo, muita graça, [falam muito que o Guimarães Rosa seguiu esse caminho no seu “Grande sertão: Veredas”. Tem o Faulkner também que tentou com seu “O som e a fúria” romance claramente afetado pela força do “Ulisses”] Você encontra ali material para toda uma vida de leitura, é até difícil de imaginar que tenha sido escrito por um homem só, tamanha é a sua riqueza. Podemos até pensar que antes de Joyce o maior expoente da literatura experimental em inglês – pelo menos do que eu tenho conhecimento - foi o Laurence Sterne [uma das influências fundamentais do irlandês, aliás se você quiser leia “A vida e as opiniões do cavaleiro Tristam Shandy” é outro livro transgressor e antológico] E só aí você pode imaginar a importância desse homem, que a vida inteira passou perseguindo a glória e só encontrou fracasso.

Bem, “Ulisses” é um livro bastante difícil [assim dizem], e as pessoas adoram dizer que ele é inteligível, inútil e tudo isso aí [aliás, falam isso também do Gravity’s Rainbow do Pynchon], ao que me parece existe um certo consenso geral de que um livro com um pouco mais de personagens que o normal, que explore a linguagem a partir de perspectivas inovadoras, com parágrafos longos e menos coerentes com uma lógica narrativa óbvia tem grande tendência a ser detestado por um bom número de pessoas, eu não sou uma delas e me orgulho bastante disso. “Ulisses” foi escrito em diferentes cidades porque o Joyce vivia na pindaíba indo de um canto para o outro todo o tempo [Trieste, Zurique, Paris]. Certamente é o tratado literário do século, talvez a obra de maior relevância ali na Irlanda do século XX, um verdadeiro monstro, o que de melhor se produziu pelo homem, suga e sufoca muita coisa que passou por perto, obscurecendo. As referências históricas e literárias, os neologismos, as misturas de palavras, os jogos etimológicos usados por Joyce enlouqueceu muito tradutor por aí e durante muito tempo sua obra [em especial “Ulisses” e o “Finnegans Wake”] foi considerada intraduzível e extremamente difícil [o que é uma mentira das mais imbecis]. As descrições da fisiologia humana também foi outro problema, Joyce se ocupou em descrever Bloom se masturbando ou defecando numa praia e a censura da época não achou muito legal. Ele penou muito para publicar seu “Ulisses”[a única editora que aceitou foi a Shakespeare & Cia, aliás Sylvia Beach, a dona da editora, acabou se tornando fã incondicional do Joyce e foi uma das poucas a reconhecer seu valor - mais que merecido - como autor], muitas cópias foram queimadas e chamadas de obscenas [basta você dar uma olhada nas cenas em que a Molly – a Penélope da história - descreve Bloom enfiando a língua em seu cu]. O livro no geral é uma “adaptação” da Odisséia de Homero [daí é que vem o nome “Ulisses” – o herói grego] e a odisséia do personagem principal - Leopold Bloom - acontece ao longo das 900 deliciosas páginas deste épico moderno que é suficientemente maduro para sobreviver por muitos séculos em nossos corações [no meu pelo menos ele sobreviverá].

Além disso ele é dividido em 18 capítulos:

Telemachia:
1. Telêmaco
2. Nestor
3. Proteus
Odisseia:
1. Calipso
2. Os lotófagos
3. Hades
4. Éolo
5. Lestrigões
6. Cila e Caribdis
7. Os rochedos falantes
8. As sereias
9. Ciclope
10. Nausícaa
11. O gado do sol
12. Circe
Nostos:
1. Eumeu
2. Ítaca
3. Penélope

Pelos títulos você percebe que é tudo baseado no épico de Homero, cada capítulo tem uma referência intricada a uma cena da Odisséia, e cada parte do livro corresponde a uma parte do corpo, então no total ele forma um corpo humano completo [mais uma artimanha do Joyce pra mostrar sua inventividade tão cultuada por mim]. O livro ainda é fechado com um dos monólogos mais lindos da literatura universal. Molly conversa com o leitor e expõe suas dúvidas em relação aos sentimentos seus e de Bloom, puta coisa linda, narrado no melhor estilo Joyceano, com fluxo de consciência, lirismo, palavrões, uma belíssima escolha de adjetivos, experimentalismo [Joyce escreve todo o monólogo sem vírgulas e pontuação coerente, no máximo um ponto aqui e ali para encerrar uma sentença] É legal que você percebe a “agonia” da Molly como se ela soluçasse o tempo todo e não conseguisse dizer o que realmente pensa.
Detalhe importante é que tudo isso aconteceu em apenas um dia, o 16 de junho, inclusive o “Bloomsday” festa que acontece no mundo inteiro para comemorar o lançamento do Ulisses acontece nesse dia [as pessoas se reúnem e fazem o mesmo trajeto pelas ruas de Dublin dos personagens].

Tudo isso que eu falei é obviamente muito pouco e de nada – ou quase nada – serve. O melhor mesmo é que vocês, despidos desse preconceito inútil, leiam a obra do maluco aí e tirem suas próprias conclusões a respeito.

Tah aí.
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Mensagem por tmanfrini 11th outubro 2011, 10:32 pm

Quero muito ler o Finnegans Wake.
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Mensagem por Amanda 11th outubro 2011, 10:48 pm

Sem sombra de dúvida eu o lerei algum dia, Mat. Gostei da curiosidade da dificuldade na publicação. A resposta pro Gourmet não precisava ser tão extensa mas gostei do que eu li agora. Tá vendo? Tudo em paz e sossegado.
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Mensagem por Becco 12th outubro 2011, 8:00 am

Mat escreveu:Então Amanda, tenho uma boa relação com o Joyce desde cedo. Quando li o “Ulisses” devia ter uns 18 ou 19 anos [lembro até hoje da edição que peguei na biblioteca municipal, capa dura e vermelha com uns ornamentos dourados, na primeira página tinha uma foto do Joyce já idoso fumando um cigarro, com um olhar sério, de pouquíssimos amigos. Lembro até que no prefácio dessa edição o ensaísta comentava que o livro era o mais matematicamente perfeito que se tem notícia] Quando o li pela primeira vez não fazia idéia desse comentário geral de que ele era um autor arrogante, que escreveu para si mesmo, pedante e toda essa merda. Me encantei com a força do seu texto, seus personagens [humanos e imperfeitos como nós, cheios de desejos fúteis], o jeito inventivo de escrever – ele consegue ser “baixo” sem perder a classe. [Joyce fez o que quis com o Inglês]. “Ulisses” é o livro mais transgressor que já li, em termos lingüísticos, um lance sem parâmetros, tem muito estilo, muita graça, [falam muito que o Guimarães Rosa seguiu esse caminho no seu “Grande sertão: Veredas”. Tem o Faulkner também que tentou com seu “O som e a fúria” romance claramente afetado pela força do “Ulisses”] Você encontra ali material para toda uma vida de leitura, é até difícil de imaginar que tenha sido escrito por um homem só, tamanha é a sua riqueza. Podemos até pensar que antes de Joyce o maior expoente da literatura experimental em inglês – pelo menos do que eu tenho conhecimento - foi o Laurence Sterne [uma das influências fundamentais do irlandês, aliás se você quiser leia “A vida e as opiniões do cavaleiro Tristam Shandy” é outro livro transgressor e antológico] E só aí você pode imaginar a importância desse homem, que a vida inteira passou perseguindo a glória e só encontrou fracasso.

Bem, “Ulisses” é um livro bastante difícil [assim dizem], e as pessoas adoram dizer que ele é inteligível, inútil e tudo isso aí [aliás, falam isso também do Gravity’s Rainbow do Pynchon], ao que me parece existe um certo consenso geral de que um livro com um pouco mais de personagens que o normal, que explore a linguagem a partir de perspectivas inovadoras, com parágrafos longos e menos coerentes com uma lógica narrativa óbvia tem grande tendência a ser detestado por um bom número de pessoas, eu não sou uma delas e me orgulho bastante disso. “Ulisses” foi escrito em diferentes cidades porque o Joyce vivia na pindaíba indo de um canto para o outro todo o tempo [Trieste, Zurique, Paris]. Certamente é o tratado literário do século, talvez a obra de maior relevância ali na Irlanda do século XX, um verdadeiro monstro, o que de melhor se produziu pelo homem, suga e sufoca muita coisa que passou por perto, obscurecendo. As referências históricas e literárias, os neologismos, as misturas de palavras, os jogos etimológicos usados por Joyce enlouqueceu muito tradutor por aí e durante muito tempo sua obra [em especial “Ulisses” e o “Finnegans Wake”] foi considerada intraduzível e extremamente difícil [o que é uma mentira das mais imbecis]. As descrições da fisiologia humana também foi outro problema, Joyce se ocupou em descrever Bloom se masturbando ou defecando numa praia e a censura da época não achou muito legal. Ele penou muito para publicar seu “Ulisses”[a única editora que aceitou foi a Shakespeare & Cia, aliás Sylvia Beach, a dona da editora, acabou se tornando fã incondicional do Joyce e foi uma das poucas a reconhecer seu valor - mais que merecido - como autor], muitas cópias foram queimadas e chamadas de obscenas [basta você dar uma olhada nas cenas em que a Molly – a Penélope da história - descreve Bloom enfiando a língua em seu cu]. O livro no geral é uma “adaptação” da Odisséia de Homero [daí é que vem o nome “Ulisses” – o herói grego] e a odisséia do personagem principal - Leopold Bloom - acontece ao longo das 900 deliciosas páginas deste épico moderno que é suficientemente maduro para sobreviver por muitos séculos em nossos corações [no meu pelo menos ele sobreviverá].

Pelos títulos você percebe que é tudo baseado no épico de Homero, cada capítulo tem uma referência intricada a uma cena da Odisséia, e cada parte do livro corresponde a uma parte do corpo, então no total ele forma um corpo humano completo [mais uma artimanha do Joyce pra mostrar sua inventividade tão cultuada por mim]. O livro ainda é fechado com um dos monólogos mais lindos da literatura universal. Molly conversa com o leitor e expõe suas dúvidas em relação aos sentimentos seus e de Bloom, puta coisa linda, narrado no melhor estilo Joyceano, com fluxo de consciência, lirismo, palavrões, uma belíssima escolha de adjetivos, experimentalismo [Joyce escreve todo o monólogo sem vírgulas e pontuação coerente, no máximo um ponto aqui e ali para encerrar uma sentença] É legal que você percebe a “agonia” da Molly como se ela soluçasse o tempo todo e não conseguisse dizer o que realmente pensa.
Detalhe importante é que tudo isso aconteceu em apenas um dia, o 16 de junho, inclusive o “Bloomsday” festa que acontece no mundo inteiro para comemorar o lançamento do Ulisses acontece nesse dia [as pessoas se reúnem e fazem o mesmo trajeto pelas ruas de Dublin dos personagens].

Tudo isso que eu falei é obviamente muito pouco e de nada – ou quase nada – serve. O melhor mesmo é que vocês, despidos desse preconceito inútil, leiam a obra do maluco aí e tirem suas próprias conclusões a respeito.

Tah aí.

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James Joyce - Página 2 Empty Podkayne of Mars, pag 22 (Robert A. Heinlein)

Mensagem por tmanfrini 12th outubro 2011, 10:10 am

"James Joyce Fogarty Express Tunnel"
(Dá o que pensar.)
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Mensagem por Karenina 13th outubro 2011, 8:50 am

Vou brincar de James Joyce também. Ano passado, eu e meu ex estávamos sentido falta da literatura: lendo pouco, estudando muito, nos embrutecendo com o cotidiano enfadonho e engessante da Universidade. Então resolvemos pegar Ulisses pra ler. Eu, por gostar mais de literatura que ele - cuja vibe é mais poesia - avancei bem na leitura, li umas 50 páginas (rá), até que reservaram nossos livros na biblioteca e resolvemos devolver e pegar Morte em Veneza, do Thomas Mann pra ler.

Li poucas páginas se fosse em um livro normal, mas muitas pro Ulisses. Achei engraçadinho como ele brinca com a linguagem e fazer jogos de palavras all the time. Só que os personagens achei-os todos chatos e sem um pingo de empatia, por isso que nunca mais peguei o livro pra ler.

Dizem que é melhor ler O retrato de um artista quanto jovem, depois Os dublinenses e depois Ulisses.

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Mensagem por tmanfrini 13th outubro 2011, 9:38 am

Natasha escreveu:Vou brincar de James Joyce também. Ano passado, eu e meu ex estávamos sentido falta da literatura: lendo pouco, estudando muito, nos embrutecendo com o cotidiano enfadonho e engessante da Universidade. Então resolvemos pegar Ulisses pra ler. Eu, por gostar mais de literatura que ele - cuja vibe é mais poesia - avancei bem na leitura, li umas 50 páginas (rá), até que reservaram nossos livros na biblioteca e resolvemos devolver e pegar Morte em Veneza, do Thomas Mann pra ler.

Li poucas páginas se fosse em um livro normal, mas muitas pro Ulisses. Achei engraçadinho como ele brinca com a linguagem e fazer jogos de palavras all the time. Só que os personagens achei-os todos chatos e sem um pingo de empatia, por isso que nunca mais peguei o livro pra ler.

Dizem que é melhor ler O retrato de um artista quanto jovem, depois Os dublinenses e depois Ulisses.
Morte em Veneza é absolutamente tocante...
Thomas Mann nunca fica dispensável. Daqueles mestres pra ler e reler, com certeza.

Os Dublinenses muito me interessa. Mas coloco uma pá de escritores na frente do Joyce, hei que demorar tanto quanto a isso ou Finnegans Wake, então quem leu/ler se comentar me fará certo regalo.
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Mensagem por Mat 13th outubro 2011, 9:46 am

tmanfrini escreveu:
Natasha escreveu:Vou brincar de James Joyce também. Ano passado, eu e meu ex estávamos sentido falta da literatura: lendo pouco, estudando muito, nos embrutecendo com o cotidiano enfadonho e engessante da Universidade. Então resolvemos pegar Ulisses pra ler. Eu, por gostar mais de literatura que ele - cuja vibe é mais poesia - avancei bem na leitura, li umas 50 páginas (rá), até que reservaram nossos livros na biblioteca e resolvemos devolver e pegar Morte em Veneza, do Thomas Mann pra ler.

Li poucas páginas se fosse em um livro normal, mas muitas pro Ulisses. Achei engraçadinho como ele brinca com a linguagem e fazer jogos de palavras all the time. Só que os personagens achei-os todos chatos e sem um pingo de empatia, por isso que nunca mais peguei o livro pra ler.

Dizem que é melhor ler O retrato de um artista quanto jovem, depois Os dublinenses e depois Ulisses.
Morte em Veneza é absolutamente tocante...
Thomas Mann nunca fica dispensável. Daqueles mestres pra ler e reler, com certeza.

Os Dublinenses muito me interessa. Mas coloco uma pá de escritores na frente do Joyce, hei que demorar tanto quanto a isso ou Finnegans Wake, então quem leu/ler se comentar me fará certo regalo.

Olha Thaís, Dublinenses é a coletânea de contos do Joyce, e nessa fase ele ainda não era o Joyce monstro que eu gosto. O texto é bem leve e sem grandes experimentalismos, mas tem contos bons: "Os mortos", "Eveline", "Um encontro" e os outros são ok. Dublineneses é uma das partes da tríade canônica joyceana: Dublinenses/Retrato do artista quando jovem/Ulisses. Poucos escritores conseguem ofuscar esses livros.
Sempre recomendo [LOL ninguém me pergunta] que comecem com o Retrato, é um texto emocionante e virtuoso.
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Mensagem por tmanfrini 13th outubro 2011, 9:57 am

Obrigada, Mat, anotado mentalmente. Like a Star @ heaven
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Mensagem por Karenina 13th outubro 2011, 10:18 am

Mat escreveu:Olha Thaís, Dublinenses é a coletânea de contos do Joyce, e nessa fase ele ainda não era o Joyce monstro que eu gosto. O texto é bem leve e sem grandes experimentalismos, mas tem contos bons: "Os mortos", "Eveline", "Um encontro" e os outros são ok. Dublineneses é uma das partes da tríade canônica joyceana: Dublinenses/Retrato do artista quando jovem/Ulisses. Poucos escritores conseguem ofuscar esses livros.
Sempre recomendo [LOL ninguém me pergunta] que comecem com o Retrato, é um texto emocionante e virtuoso.

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Mensagem por Mat 13th outubro 2011, 10:41 am

Natasha escreveu:
Mat escreveu:Olha Thaís, Dublinenses é a coletânea de contos do Joyce, e nessa fase ele ainda não era o Joyce monstro que eu gosto. O texto é bem leve e sem grandes experimentalismos, mas tem contos bons: "Os mortos", "Eveline", "Um encontro" e os outros são ok. Dublineneses é uma das partes da tríade canônica joyceana: Dublinenses/Retrato do artista quando jovem/Ulisses. Poucos escritores conseguem ofuscar esses livros.
Sempre recomendo [LOL ninguém me pergunta] que comecem com o Retrato, é um texto emocionante e virtuoso.

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Mensagem por Karenina 13th outubro 2011, 10:46 am

Estante virtual taí pra isso!

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Mensagem por Mat 13th outubro 2011, 11:01 am

Natasha escreveu:Estante virtual taí pra isso!

Tah anotado então, Karenina.
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Mensagem por Mat 16th junho 2012, 2:49 pm

James Joyce - Página 2 Bloomsday_2012
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Mensagem por tmanfrini 16th junho 2012, 4:59 pm

Achei que íamos no Finnegans Pub, reparo hoje em nossa grana incerta... então, contornos impraticáveis. Mas um bom Bloomsday à vocês
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Mensagem por Gourmet 16th junho 2012, 5:34 pm

Prezadas, prezados e desprezados, Dublin é fascinante.

É fácil entender porque Joyce escrevia tanto sobre pessoas. A cidade não tem construções dantescas e nem uma beleza que a singularize. Trata-se de uma cidade simples e não muito rica, mas as pessoas são interessantíssimas e talvez por isso ele tenha se proposto a redigir romances que mais soam como crônicas e visualizar as pessoas como mecanismos complexos de um organismo maior, interligadas e se coinfluenciando.

Selecionei algumas fotos e imagino que nem todas retratam bem o mundo Joyceano, mas se há algo que é particularmente impressionante é o respeito que a cidade tem por ele. Nas calçadas há várias pegadas de metal incrustadas nos blocos, com inscrições de James, trechos de sua obra, por onde os personagens caminharam, eternizando esses passos.

A cidade tem um céu quase que permanentemente nublado, tem canais, pontes e pubs. É um lugar sem megalomanias e adorável.

James Joyce - Página 2 Copyofdublin5244

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Mensagem por Karenina 16th junho 2012, 5:42 pm

Gente, quero ir! *-*

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Mensagem por tmanfrini 16th junho 2012, 5:50 pm

Que belas fotos, Gourmet! E tudo bastante convidativo.
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Mensagem por Mat 17th junho 2012, 7:15 am

Maior sonho da vida, putz.
Duas cidades que eu não posso morrer sem visitar: Dublin e Charleville.
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