James Joyce

"Vei, na boa. Me leva pra Dublin."

http://www.amazon.com/Fictions-James-Joyce-Wyndham-Lewis/dp/0521434521

tmanfrini escreveu:http://www.amazon.com/Fictions-James-Joyce-Wyndham-Lewis/dp/0521434521

Sonho de consumo.

Não vou ler esse Finnegans Wake.

Por que?

tmanfrini escreveu:Por que?

Muito difícil, quem sabe numa outra vida,quando eu for mais sofisticado.

Ah, mas não custa tentar. Eu pretendo, só não sei dizer quando. Finnegans Wake realmente me atrai.

tpnocera escreveu:

tmanfrini escreveu:Por que?

Muito difícil, quem sabe numa outra vida,quando eu for mais sofisticado.

Concordo.

Não adianta nada ler e não entender porra nenhuma.

Finnegans wake não é aquele livro que tu leva pra praia.
Pretendo ler umas obras de iniciação antes da obra propriamente dita.

Com Augustus John [1920s]

Porque ele usava um tapa olho?
Era cego, ou era para ser charmoso?

lavoura escreveu:Porque ele usava um tapa olho?
Era cego, ou era para ser charmoso?

Fez diversas cirurgias no olho ao longo da vida.

http://deficienciavisual14.com.sapo.pt/r-James_Joyce-On_his_blindness.htm

Mentira. Ele queria parecer o Nick Fury.

Hoje cedo eu comecei a pensar sobre esse tópico e cheguei a uma grande questão: como as pessoas liam Finnegans Wake quando saiu, antes de todos esses "acompanhamentos"?

Não sei, se você antes de ler um livro precisa de outros dez pra entendê-lo tem algo de errado nisso.

Não precisar ler outros livros para entendê-lo, precisa construir uma certa capacidade de abstração (ou sei lá o que) que só vem com uma carga considerável de leitura mais o prazer por desvendar os melindres da literatura.
E um doutorado em semiótica e linguística também ajuda.

Não enxergo como algo ruim.
O nível de simbologias, enigmas/códigos e decifrações propostos por Joyce no Finnegans wake requer um intenso trabalho de leitura de suporte enquanto [ou antes] de ler a obra.
Não há nada de ruim nisso.
Joyce dedicava boa parte do seu dia ao árduo trabalho de composição literária. Tudo isso aliado ao seu talento magistral o fez construir uma obra tão completa. Parece impossível ao 'leitor comum' processar tudo aquilo sem ajuda, e talvez de fato seja.
Finnegans wake é uma exceção dentro do quadro narrativo do século XX. Não digo que Joyce seja o melhor, nem o pior, mas com certeza esse livro tem relevância na literatura mundial.
Também não acredito que exista algo de errado nessa complexidade. Como eu já mencionei, não é o tipo de coisa que você leva pra praia, mas tem lá sua utilidade na vida.
Seria chato se, a obra inteira dele fosse tão carregada, mas não, é só um livro.
E, sim, um doutorado em semiótica e linguística sob a orientação de Umberto Eco, é essencial.

Não cheguei a terminar de ler nem mesmo o primeiro volume que saiu aqui do Wake, mas acho que o obstáculo número um é o idioma. Não dá pra estudar a obra decentemente sem saber inglês em um grau razoável. A complexidade da obra não permite que tradução alguma reproduza em todas as camadas o original.

Provavelmente deve ser possível ler sem se assessorar nas análises. As primeiras pessoas que leram tiveram que fazer isso nuas de qualquer estudo preliminar. Se FW estivesse entre meus objetos de estudo, eu provavelmente faria uma leitura crua e reservaria pra releitura uma imersão nas análises.

Mat escreveu:

lavoura escreveu:Porque ele usava um tapa olho?
Era cego, ou era para ser charmoso?

Fez diversas cirurgias no olho ao longo da vida.

http://deficienciavisual14.com.sapo.pt/r-James_Joyce-On_his_blindness.htm

Curioso que existe uma simbologia que correlaciona cegos e coxos a certos conhecimentos e dimensões que não seriam visíveis ao indivíduo comum.

Lorenzo Becco escreveu:Então o Finnegans são 3 tuítes, é isso?

Essa colocação do Paulo Coelho é triste. Se você disseca o Ulysses, na verdade, ele multiplica de tamanho.

Então é mais ou menos como um arquivo zip ou rar.