Crítica e teoria literária
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Re: Crítica e teoria literária
Carpeaux dá um panorama legal da antiguidade até a modernidade, mas não vai além disso.
Mat- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 12/07/2011
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Re: Crítica e teoria literária
Fui pegar A Arte do Romance (A Cortina não tem) e o Literatura e Sociedade na biblioteca, ambos constando no site... mas não estavam lá. Não foi dessa vez.
Oric- Crime e Castigo
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Re: Crítica e teoria literária
O Cândido cê acha na EV por um preço legal.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Crítica e teoria literária
Vou procurar melhor na biblioteca, se não achar pego na EV depois.
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O narrador é crítico de jazz, mas acho válido compartilhar esse trecho do conto "O Perseguidor", de Julio Cortázar:
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O narrador é crítico de jazz, mas acho válido compartilhar esse trecho do conto "O Perseguidor", de Julio Cortázar:
É a mesma coisa de sempre, de repente me alegra poder pensar que os críticos são muito mais necessários do que eu mesmo estou disposto a reconhecer (em particular, nisto que eu escrevo), porque os criadores, desde o inventor da música até Johnny, passando por toda a maldita lista, são incapazes de extrair as consequências dialéticas de sua obra, postular os fundamentos e a transcendência do que estão escrevendo ou improvisando. Deveria lembrar disso nos momentos de depressão em que me dá pena não ser mais nada que um crítico.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Crítica e teoria literária
O Leopoldo Waizbort falou que a Cosac vai publicar Dante, poeta do mundo secular.
Mat- Guerra e Paz
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Re: Crítica e teoria literária
aonde isso?
RafaelS- Ana Karenina
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Re: Crítica e teoria literária
No posfácio que ele fez pro livro do Auerbach (p. 108).
Mat- Guerra e Paz
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Re: Crítica e teoria literária
No apêndice do "Toda Poesia", do Leminski, rola um ensaio bem bacana da Leyla Perrone-Moisés, retirado do livro "Inútil Poesia" [http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11310]. Alguém conhece? Fiquei interessado.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Crítica e teoria literária
Vou dar uma olhada depois. Pessoa estou pensando em pegar mais pra frente (só li uma antologia).
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Li a primeira parte do História da Literatura Ocidental do Carpeaux, que consiste em quatro capítulos: a introdução, onde ele faz uma história das histórias da literatura e expõe seu método; Grécia antiga; Roma antiga; o começo da influência cristã.
Apesar dele dizer na introdução que o livro começa mesmo na segunda parte, a partir da Idade Média, por conta da distância (em vários sentidos) do mundo antigo, gostei bastante desse início, foi uma leitura que clareou muita coisa (nunca havia lido nada do tipo) e sem dúvida me deixou com vontade de conhecer vários autores ali citados. Não achei até agora apenas um amontoado de autores, ele tenta fazer parágrafos relacionando-os, além de (geralmente no início) tentar dar um panorama geral, capturar o espírito da época. Não duvido que pegando algum livro mais específico poderia aprofundar mais, mas para um primeiro contato está sendo bastante satisfatório.
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Li a primeira parte do História da Literatura Ocidental do Carpeaux, que consiste em quatro capítulos: a introdução, onde ele faz uma história das histórias da literatura e expõe seu método; Grécia antiga; Roma antiga; o começo da influência cristã.
Apesar dele dizer na introdução que o livro começa mesmo na segunda parte, a partir da Idade Média, por conta da distância (em vários sentidos) do mundo antigo, gostei bastante desse início, foi uma leitura que clareou muita coisa (nunca havia lido nada do tipo) e sem dúvida me deixou com vontade de conhecer vários autores ali citados. Não achei até agora apenas um amontoado de autores, ele tenta fazer parágrafos relacionando-os, além de (geralmente no início) tentar dar um panorama geral, capturar o espírito da época. Não duvido que pegando algum livro mais específico poderia aprofundar mais, mas para um primeiro contato está sendo bastante satisfatório.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Crítica e teoria literária
http://www.mhpbooks.com/stanford-center-for-ethics-panel-finds-that-reading-literature-makes-you-a-better-bully/
Re: Crítica e teoria literária
Estou lendo essa coisa linda:
Mat- Guerra e Paz
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Localização : Bahia
Re: Crítica e teoria literária
Depois comente. Estava até para abrir um tópico sobre o tema.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Crítica e teoria literária
Abra, cara, seria legal. Ó, já adianto que ele faz vários comentário sobre Cartuxa de Parma.
Mat- Guerra e Paz
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Idade : 33
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Re: Crítica e teoria literária
Ainda acho estranho ler textos tão dispersos e muitos deles sobre autores que não li (alguns, especialmente italianos, nem ouvi falar). Porém, com seus altos e baixos, foi uma leitura bacana. Já postei vários trechos interessantes nos respectivos tópicos dos autores, mas tem um no ensaio sobre o Pasternak que, por ser mais geral, acho que cabe bem aqui:
Com efeito, creio que hoje um romance plasmado “como no Oitocentos”, que abrange uma história de muitos anos, com uma vasta descrição de sociedades, desemboca necessariamente numa visão nostálgica, conservadora. Este é um dos muitos motivos pelos quais discordo de Lukács; a sua teoria das “perspectivas” pode ser virada de ponta-cabeça contra o seu gênero favorito. Penso que não por casualidade a nossa época é a do conto, do romance breve, do testemunho autobiográfico: hoje, uma narrativa verdadeiramente moderna só pode canalizar a sua carga poética para o momento (sem importar qual) em que se vive, valorizando-o como decisivo e infinitamente significante; deve por isso estar “no presente”, dar-nos uma ação que se desenvolva toda sob os nossos olhos, unitária no tempo e na ação como a tragédia grega. E quem hoje pretende ao contrário escrever o romance “de uma época”, se não faz retórica, acaba por fazer gravitar a tensão poética sobre o “antes”. Como também Pasternak, mas não inteiramente: a posição dele em relação à história não é facilmente redutível a definições tão simples; e o seu não é um romance “à antiga”.
Oric- Crime e Castigo
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Data de inscrição : 18/12/2012
Re: Crítica e teoria literária
Mat escreveu:Estou lendo essa coisa linda:
Acho que tenho esse.
É tranquilo,Mat?
Luckács me parece ser uma leitura bem densa.
Fui na livraria e nem sabia que tinham traduzido o Anatomia da crítica
lavoura- Guerra e Paz
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Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Crítica e teoria literária
Essa edição é muito ruim, Lavoura. Papel de jornal, tradução bem inferior a anterior.
Re: Crítica e teoria literária
E custam os bagos. Achei cara pra caramba na livraria. Nem sabia que tinha uma edição anterior. Achei que nunca tinha sido traduzido.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Crítica e teoria literária
Achei difícil, Lavoura. Lukács não é fácil, principalmente se você não sabe porra nenhuma nem de Kant nem de Hegel nem de Materialismo Histórico, que é bem o meu caso
Mat- Guerra e Paz
- Mensagens : 2969
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Idade : 33
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Re: Crítica e teoria literária
Estou lendo esses dois:
Mat- Guerra e Paz
- Mensagens : 2969
Data de inscrição : 12/07/2011
Idade : 33
Localização : Bahia
Re: Crítica e teoria literária
Esses dois livros são ótimos. Recomendo. O Calundu e a panaceia foi bastante interessante e apresenta uma leitura relativamente inovadora sobre a prosa de Machado (pra quem gosta de sátira menipéia o livro também é um prato cheio, muitas considerações sobre Sêneca e Luciano).
O livro do Wood foi, como sempre, cheio de altos e baixos. Ele é uma beleza de crítico, um ótimo close-reader, quando trata dos realistas do século XIX e XX, além de escrever muito bem e ter um excelente poder de síntese (os ensaios do livro tem uns insights maravilhosos sobre Virginia Woolf, Jane Austen e Gogol, por exemplo), mas quando fala do Pynchon (ou de outros romancistas mais radicais) faz chover conservadorismo e colocações desatentas. Ainda assim é um bom livro com bons ensaios.
Alguns destaques:
Shakespeare in Bloom
Um ensaio sobre a repetição e a insistência do Bloom com o Shakespeare. Rendeu uma polêmica interessante
Jane Austen's Heroic Consciousness
Um ótimo ensaio que destaca várias das qualidades de Austen como narradora.
The All and the If: God and Metaphor in Melville
Esse ensaio diz muito sobre o recorte metodológico das abordagens de Wood.
Half against Flaubert
O grande ídolo de Wood. Flaubert está para Wood assim como Shakespeare para Bloom.
Knut Hamsun's Christian perversions
Ensaio muito bonito, cheio de momentos interessantes.
Thomas Pynchon and the Problem of Allegory
Muito ruim e cheio de preconceitos bobos. Wood força a barra em vários momentos e simplesmente caga um tolete de bosta atrás do outro pela boca.
--
Eu comprei esse livro somente por causa do ensaio sobre Pynchon, mas é uma compilação interessante (vinte ensaios ao todo) e tem momentos ótimos.
O livro do Wood foi, como sempre, cheio de altos e baixos. Ele é uma beleza de crítico, um ótimo close-reader, quando trata dos realistas do século XIX e XX, além de escrever muito bem e ter um excelente poder de síntese (os ensaios do livro tem uns insights maravilhosos sobre Virginia Woolf, Jane Austen e Gogol, por exemplo), mas quando fala do Pynchon (ou de outros romancistas mais radicais) faz chover conservadorismo e colocações desatentas. Ainda assim é um bom livro com bons ensaios.
Alguns destaques:
Shakespeare in Bloom
Um ensaio sobre a repetição e a insistência do Bloom com o Shakespeare. Rendeu uma polêmica interessante
Jane Austen's Heroic Consciousness
Um ótimo ensaio que destaca várias das qualidades de Austen como narradora.
The All and the If: God and Metaphor in Melville
Esse ensaio diz muito sobre o recorte metodológico das abordagens de Wood.
Half against Flaubert
O grande ídolo de Wood. Flaubert está para Wood assim como Shakespeare para Bloom.
Knut Hamsun's Christian perversions
Ensaio muito bonito, cheio de momentos interessantes.
Thomas Pynchon and the Problem of Allegory
Muito ruim e cheio de preconceitos bobos. Wood força a barra em vários momentos e simplesmente caga um tolete de bosta atrás do outro pela boca.
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Eu comprei esse livro somente por causa do ensaio sobre Pynchon, mas é uma compilação interessante (vinte ensaios ao todo) e tem momentos ótimos.
Mat- Guerra e Paz
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Localização : Bahia
Re: Crítica e teoria literária
To terminando Lectures on the english comic writers, do William Hazlitt. Muito bom. Hazlitt foi um puta ensaísta, dono de um estilo de prosa sofisticado, além de apresentar um conhecimento invejável da obra de Shakespeare. Vale muito a pena ler.
(minha edição é o pocket da oxford, mas não achei a foto)
(minha edição é o pocket da oxford, mas não achei a foto)
Mat- Guerra e Paz
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Re: Crítica e teoria literária
Coletânea de ensaios do Hazlitt que inclui, entre alguns outros clássicos, o ensaio que deu nome ao livro e o fabuloso Sobre o Espírito da Monarquia. São seis no total. A edição não tem prefácio, nem estudo, nem nada.
Eagleton faz um passeio panorâmico pela crítica literária do último século, partindo do formalismo russo, fazendo digressões para aquela crítica inglesa do século XIX e XX (Matthew Arnold, T.S Eliot, I.A Richards) até chegar na França com os pós-estruturalistas e na Alemanha com os teóricos da recepção, com a hermenêutica e com a fenomenologia de Heidegger e essa galerinha tipo Gadamer. A intenção dele, nesse livro, é de fato fazer uma introdução geral a este campo de estudo, um resumão do que aconteceu e que rumo tomou a crítica com os avanços ( ) do século XX. Tem um capítulo sobre a psicanálise e, antes de chegar nos pós-estruturalistas, ele dá uma pincelada no próprio estruturalismo e na semiótica.
Os ensaios do livro foram compilados pelo próprio autor e tratam, seguindo o exemplo de Hazlitt, de vários temas, não só de literatura. Destaque para o estudo dele sobre Henry James e o fodão Art and Neurosis.
Mat- Guerra e Paz
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