O que você está lendo?

o Frederico Lourenço é o da edição portuguesa? Num sei nada desse aí não. Vejo a galere toda pelando saco pois é publicado pela companhia né, mas isso num é de nenhum helenista. Na época que fiz o curso o prof. nem mencionou essa tradução (na época acho que só existia essa tradução em portugal e num era muito acessível).

Mat escreveu:

Jabá escreveu:

Mat escreveu:"Não escrevo para as massas"

Quero entender essa parada pra continuar não escrevendo para as massas.

Vá estudar.

Seria mais fácil você admitir que não conhece o termo . Vou abrir um tópico pro Becco responder com propriedade e elegância.

Karen Blixen me lembra baboseiras que a Cosac lança.

Voltando aos "lançamentos" da 34. O Mat disse que ela está para lançar os Ensaios do Montaigne, alguém sabe algo mais concreto sobre isso?

É a traduçãdo Millet. Duas pessoas (um professor que estuda Montaigne e outra um professor que conhece retórica da época) disseram que a tradução é passável pra quando não tiver outra, mas é bom dar preferÊncia a nova - dizem até que o Millet inventa coisas. ahhaha

RafaelS escreveu:É a traduçãdo Millet. Duas pessoas (um professor que estuda Montaigne e outra um professor que conhece retórica da época) disseram que a tradução é passável pra quando não tiver outra, mas é bom dar preferÊncia a nova - dizem até que o Millet inventa coisas. ahhaha

Tem também a da Rosemary Costhek Abílio lançados pela Martins Fontes. Mas a da 34 é uma nova edição,não? Ou será essa do Millet?

Eu ouvi ser a do Millet.

Essa da MF me elogiaram bastante já. Tou pra comprar ela. (Montaigne é coisa linda demais).

RafaelS escreveu:Eu ouvi ser a do Millet.

Essa da MF me elogiaram bastante já. Tou pra comprar ela. (Montaigne é coisa linda demais).

Pois é, mas são bem caros! Minha esperança era que seria uma nova edição e com preço mais atraente.
Vou estudar a compra desses volumes da Martins Fontes mesmo.


Comecei a ler o "A cicatriz de Ulisses" do Mimesis do Auerbach. Realmente é bem tranquilo a leitura e parece ser um ótimo livro.


Também estou lendo "O Cobrador " do Fonseca. Ótimos contos. Na verdade li os 2 primeiros : "O cobrador" e "Pierrô das Cavernas".

Martins Fontes infelizmente é das mais careiras de todas. :/ sofro muito com isso (eles tem coisa bagarai de Fil que me interessa além do Barthes e do Foucault).

RafaelS escreveu:Martins Fontes infelizmente é das mais careiras de todas. :/ sofro muito com isso (eles tem coisa bagarai de Fil que me interessa além do Barthes e do Foucault).

Eles tem umas coisas bem legais mesmo, sempre fico de olho nas coisas que eles tem em catálogo. Até tenho interesse para futuras leituras(coisas de uns anos para frente).

Cara, oque você tem para falar sobre o Barthes?? Li por aí que é um autor difícil de se ler.

O foucault já está ali na estante, pretendo começar pelo "Vigiar e Punir" que dizem ser o mais fácil dele apesar de ter lido um cara critícando a tradução da editora Vozes. Depois tenho mais 2. Tenho o" Palavra e as coisas" da MF que estava uma bagatela no site da Saraiva. Acho que paguei uns R$15,00 na época.

Poxa, o Barthes não é difícil não, pelo contrário. Acho que é dos escritores mais gostosos de se ler. Como diz a Leyla Perrone-Moisés (nossa barthesiana residente) o Barthes é saber com sabor.

Quanto ao que ler dele depende dos seus interesses. Tem seis livros no Barthes que acho fundamental.

O primeiro é o O grau zero da escrita, um dos seus primeiros. Esse livro ele fala sobre uma certa evolução da literatura e ele dá uma definição daquilo que ele acha que a literatura deve lidar nesse momento (pode parecer uma mente fechada mas nem é, maior prova disso é que pensador que mais se alterou durante a vida não há).

O segundo é o Prazer do texto que é onde ele fala justamente sobre a questão do prazer da literatura, adequando-se ao tema ele toma uma atitude bem leve na forma também. É um livre bem "desconexo" indo ao sabor das reflexões. Esse livro já mostra uma certa mudança em relação ao Grau Zero (embora não seja abandono).

O terceiro é o Fragmentos de um discurso amoroso. Esse livro é dos meus prediletos e é bem popular pois ele é um livro que justamente analise uma série de "tópicos" do amor. Tipo o "eu te amo", "devoção", "ciúme" etc. ele não só percorre esses tópicos como faz uma espécie de patchwork do que a tradição tem feito ao lidar com esses temas. é lindo demais esse livro.

O quarto é um livro que faz parte de outra virada na sua obra é a "Aula". É talvez o mais acessível das suas obras. É a sua aula inaugural do Collège de France onde ele fala sobre o caráter subversivo da líteratura.

O quinto é o A câmara clara que é o seu último livro. É uma reflexão sobre fotografia, sobre a morte (da mãe dele, especificamente). É das coisas mais belas já escritas pela humanidade. E há de novo uma últma torção na sua obra que deixa uma potência enorme que infelizmente não foi desenvolvida pela sua morte súbita (ele morreu atropelado por um caminhão de lavanderia saindo da última aula do último curso que deu).

O sexto é justamente esse curso. A preparação do romance (vol. 1 - especificamente). É uma linda reflexão sobre certos aspectos da literatura encarados a partir do Haikai. O foco em como a literatura "move a gente" e como ela provoca uma espécie de "tilt". Enfim, o negócio é muito rico e vale muito.

*

Sobre o Foucault eu num sei se recomendo o Vigiar e Punir, mas talvez seja birra minha. Gosto muito do Foucault. As palavras e as coisas é um livro fantástico embora difícil pra caralho (o cara tá mobilizando um material muito amplo e complexo, as diversas formas que o saber assumiu durante certas épocas etc).

Gostos dos seus cursos no Collège de France (especialmente a partir do "Hermeneutica do sujeito"). Enfim, o cabra é grande. Junto com o Deleuze talvez o maior filósofo do século XX (embora ele seja bem heterodoxo como filósofo, o foucault).

O quint

Todorov é sensacional.

Gosto desse livro. Tou pra ler auqele sobre Rilke/Wilde/Tsvetaieva faz um tempinho.

RafaelS escreveu:Gosto desse livro. Tou pra ler auqele sobre Rilke/Wilde/Tsvetaieva faz um tempinho.

A beleza salvará o mundo, não é? Adoro esse livro! Excelente!

Aline Santiago escreveu:

Está pensando em encarar A Comédia Humana?

Tenho vontade de ler esse do Todorov:



Também tenho esse do Ronai, até estava pensando em ler antes de começar a ler uns livros do Balzac.
Falando nele esses dias no Extra, os volumes da comédia estavam saindo por R$44,00.


Estou lendo :

RafaelS escreveu:Poxa, o Barthes não é difícil não, pelo contrário. Acho que é dos escritores mais gostosos de se ler. Como diz a Leyla Perrone-Moisés (nossa barthesiana residente) o Barthes é saber com sabor.

Quanto ao que ler dele depende dos seus interesses. Tem seis livros no Barthes que acho fundamental.

O primeiro é o O grau zero da escrita, um dos seus primeiros. Esse livro ele fala sobre uma certa evolução da literatura e ele dá uma definição daquilo que ele acha que a literatura deve lidar nesse momento (pode parecer uma mente fechada mas nem é, maior prova disso é que pensador que mais se alterou durante a vida não há).

O segundo é o Prazer do texto que é onde ele fala justamente sobre a questão do prazer da literatura, adequando-se ao tema ele toma uma atitude bem leve na forma também. É um livre bem "desconexo" indo ao sabor das reflexões. Esse livro já mostra uma certa mudança em relação ao Grau Zero (embora não seja abandono).

O terceiro é o Fragmentos de um discurso amoroso. Esse livro é dos meus prediletos e é bem popular pois ele é um livro que justamente analise uma série de "tópicos" do amor. Tipo o "eu te amo", "devoção", "ciúme" etc. ele não só percorre esses tópicos como faz uma espécie de patchwork do que a tradição tem feito ao lidar com esses temas. é lindo demais esse livro.

O quarto é um livro que faz parte de outra virada na sua obra é a "Aula". É talvez o mais acessível das suas obras. É a sua aula inaugural do Collège de France onde ele fala sobre o caráter subversivo da líteratura.

O quinto é o A câmara clara que é o seu último livro. É uma reflexão sobre fotografia, sobre a morte (da mãe dele, especificamente). É das coisas mais belas já escritas pela humanidade. E há de novo uma últma torção na sua obra que deixa uma potência enorme que infelizmente não foi desenvolvida pela sua morte súbita (ele morreu atropelado por um caminhão de lavanderia saindo da última aula do último curso que deu).

O sexto é justamente esse curso. A preparação do romance (vol. 1 - especificamente). É uma linda reflexão sobre certos aspectos da literatura encarados a partir do Haikai. O foco em como a literatura "move a gente" e como ela provoca uma espécie de "tilt". Enfim, o negócio é muito rico e vale muito.

*

Sobre o Foucault eu num sei se recomendo o Vigiar e Punir, mas talvez seja birra minha. Gosto muito do Foucault. As palavras e as coisas é um livro fantástico embora difícil pra caralho (o cara tá mobilizando um material muito amplo e complexo, as diversas formas que o saber assumiu durante certas épocas etc).

Gostos dos seus cursos no Collège de France (especialmente a partir do "Hermeneutica do sujeito"). Enfim, o cabra é grande. Junto com o Deleuze talvez o maior filósofo do século XX (embora ele seja bem heterodoxo como filósofo, o foucault).

O quint

É livro pra caramba!
Pelas resenhas gostei principalmente do "A preparação do Romance" e do "Prazer do texto".

Então o Foucault eu pretendo começar com o "Vigiar e Punir" mesmo. Vamos ver qualé que é. Depois pretendo ir para o "HIstória da Loucura" e o Palavra e as coisas realmente parece complicado. Deixarei para quando for mais maduro.

Pô valeu as dicas sobre o Barthes! Anotei os livros aqui e salvei o post!

Oric escreveu:

Aline Santiago escreveu:

Está pensando em encarar A Comédia Humana?

Estou pensando sim, mas só lá na frente. Por enquanto quero ler outros livros antes.

lavoura escreveu:Tenho vontade de ler esse do Todorov:

Também tenho muita vontade de ler esse livro, Lavoura. Aliás, a Perspectiva tem outros títulos do Todorov que também me interessam: As estruturas narrativas e A gramática do Decameron.

Tenho vontade de ler além do "A beleza salvará o mundo" aquele "A poética da prosa" da Martins Fontes.

*

Quanto ao Barthes aquilo é só amor. Só de lembrar do A câmara clara, que recentemente foi relançado pela Nova Fronteira, sinto calafrios.

Engraçado os livros do Todorov não são tão caros assim.
Só esse "introdução a literatura fantástica que está por R$100,00 na Americanas

Alguém de vocês já leram o Decamerão ??
Uma época estava interessado, mas depois de ter lido uns contos do Sade acabei perdendo o interesse nele também:|

Li Discurso amoroso do Barthes, foi só emoção.

Mas não sei, corrijam-me se estiver enganado, mas me parece um pouco aquele intelectual besta do século XX tipo Sontag.

Poxa, deixa disso. Não, não Leia A câmara clara!

E a Sontag é boa que isso, deixa disso. (claro, ela se deixa ser tomada completamente pro essa coisa de ~intelectual~ mas ainda assim tem coisas lindas).