Por onde começar?
+10
Luís Miguel
Franz
lavoura
devotchka
César
tiago
Becco
Mat
Jabá
Sotonayu
14 participantes
Página 3 de 3
Página 3 de 3 • 1, 2, 3
Re: Por onde começar?
O problema da tradução indireta é que é mais uma torção com o original. Se há direta, porque não ler a direta? Uma coisa é quando não há outra opção, mas tendo pra que se submeter há mais uma traição? ("tradutor, traídor").
RafaelS- Ana Karenina
- Mensagens : 399
Data de inscrição : 11/02/2013
Localização : Rio de Janeiro
Re: Por onde começar?
traduttore, traditore
Sim, concordo.
Mas por outro lado, No livro todo,acho que absorvemos pouco do que tem ali e uma tradução direta ou indireta faria pouca diferença no resultado final.
Como o césar falou, toda uma geração foi formada lendo tradução indireta e nem por isso as grandes obras não foram consideras grandes.
Acho que dificilmente um livro será considerado ruim por conta de uma tradução indireta, talvez será considerado ruim por mérito próprio.
Mas também dou prioridade as edições diretas... Vai entender,né?
Coisa de louco.
Agora em poesia a coisa complica mais ainda.
Sim, concordo.
Mas por outro lado, No livro todo,acho que absorvemos pouco do que tem ali e uma tradução direta ou indireta faria pouca diferença no resultado final.
Como o césar falou, toda uma geração foi formada lendo tradução indireta e nem por isso as grandes obras não foram consideras grandes.
Acho que dificilmente um livro será considerado ruim por conta de uma tradução indireta, talvez será considerado ruim por mérito próprio.
Mas também dou prioridade as edições diretas... Vai entender,né?
Coisa de louco.
Agora em poesia a coisa complica mais ainda.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Por onde começar?
Acho qeu não é coisa de louco não. Óbvio que há casos em que o grau de tradutibilidade é maior e menor. Mas sério, eu acompanho o processo editorial de perto (minha namorada trabalha em editora e faz revisão). Eu vejo o tipo de coisa que passa, é muito bizarro. NEGO NUM TEM IDÉIA. (tanto por culpa dos tradutores quanto dos revisores). Fazer esse processo duas vezes me dá medo. E acho que pode fazer toda a diferença se o tradutor num pega o tom, ou resolve se sobrepor a obra e corrigir (isso acontece mais do que imaginamos) ou simplesmente não sabe a lingua suficientemente (coisa normal também).
Enfim. O que importa é que tamufudido de qualquer jeito. Mas ao mesmo tempo não penso muito sobre isso e não me incomodo. Só dou preferencia às traduções diretas.
Enfim. O que importa é que tamufudido de qualquer jeito. Mas ao mesmo tempo não penso muito sobre isso e não me incomodo. Só dou preferencia às traduções diretas.
RafaelS- Ana Karenina
- Mensagens : 399
Data de inscrição : 11/02/2013
Localização : Rio de Janeiro
Re: Por onde começar?
Sim, pode distorcer grotescamente, mas mesmo assim o leitor aproveitará o livro tranquilamente. Muitos não vão nem saber que tradução leram. E se analisar, que diferença faz o personagem beber Champagne ou Vodka? ( Vodka ou agua de côco para mim tanto faz...).
Descaracteriza um pouco do contexto russo, mas não é essa deturpação que vai tirar o sentido do livro.
Mas cai no que você falou sobre o grau de tradutibilidade. Isso que estou falando é para livros de ficção. Em que "N" traduções indiretas pode gerar um outro livro ,parecido mas totalmente diferente do original e ainda entreter o leitor.
Acho que em livros técnicos/acadêmicos uma traduçao direta seria essêncial pois o afastamento da obra não seria tão irrelevante assim.
Borges era um que defendia muito as traduções indiretas, só ver muito dos seus contos ( Pierre Menard, A biblioteca de Babel) e seus ensaios mesmo. Aliás, falando em "Pierre Menard", se considerarmos as idéias do texto, tanto faz o tipo de tradução, pois o original é só aquele que o escritor leu e escreveu. E por ai.
Descaracteriza um pouco do contexto russo, mas não é essa deturpação que vai tirar o sentido do livro.
Mas cai no que você falou sobre o grau de tradutibilidade. Isso que estou falando é para livros de ficção. Em que "N" traduções indiretas pode gerar um outro livro ,parecido mas totalmente diferente do original e ainda entreter o leitor.
Acho que em livros técnicos/acadêmicos uma traduçao direta seria essêncial pois o afastamento da obra não seria tão irrelevante assim.
Borges era um que defendia muito as traduções indiretas, só ver muito dos seus contos ( Pierre Menard, A biblioteca de Babel) e seus ensaios mesmo. Aliás, falando em "Pierre Menard", se considerarmos as idéias do texto, tanto faz o tipo de tradução, pois o original é só aquele que o escritor leu e escreveu. E por ai.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Por onde começar?
Não sei se o Borges defendia tanto tradução indireta. Fosse o caso ele não teria aprendido inglês arcaico como dizem, na prática a teoria é outra
Mas eu acho que é possível perder o tom e o clima em ficções. Há livros que são totalmente clima, como Dostoievski, por exemplo (não é só questão de trocar vodka por cachaça, falo de algo mais intangível).
Mas enfim, sou um chato incorrigível :B
Mas eu acho que é possível perder o tom e o clima em ficções. Há livros que são totalmente clima, como Dostoievski, por exemplo (não é só questão de trocar vodka por cachaça, falo de algo mais intangível).
Mas enfim, sou um chato incorrigível :B
RafaelS- Ana Karenina
- Mensagens : 399
Data de inscrição : 11/02/2013
Localização : Rio de Janeiro
Re: Por onde começar?
Mas ele é Borges,né.
Além dos ensaios, vi ele comentando em umas entrevistas sobre o assunto. E o ponto dele, segundo oque eu acho , era que se for para ler tradução, que diferença faz ser direta ou não?
E aprender outra lingua, mesmo as mortas é bem interessante, principalmente para ler oque não foi traduzido ainda.
Também sou incorrigível e apesar de falar esse monte de balela sobre tradução vou continuar preferindo as traduçoes diretas.
Faça oque eu digo, não faça oque eu faço.
Além dos ensaios, vi ele comentando em umas entrevistas sobre o assunto. E o ponto dele, segundo oque eu acho , era que se for para ler tradução, que diferença faz ser direta ou não?
E aprender outra lingua, mesmo as mortas é bem interessante, principalmente para ler oque não foi traduzido ainda.
Também sou incorrigível e apesar de falar esse monte de balela sobre tradução vou continuar preferindo as traduçoes diretas.
Faça oque eu digo, não faça oque eu faço.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Por onde começar?
Se bem que se analisar as limitações e sintaxe de cada lingua, imaginar uma tradução de 3 ou 4 grau passada por linguas de origens totalmente diferente deve sair uns troços bem esquisitos.
Tem aquela clássica da bíblia sobre um camelo passar no vão de uma agulha. Ao que parece o certo seria um tipo de corda grossa usada para atracar navios e traduziram como camelo.
Enfim.
Tem aquela clássica da bíblia sobre um camelo passar no vão de uma agulha. Ao que parece o certo seria um tipo de corda grossa usada para atracar navios e traduziram como camelo.
Enfim.
lavoura- Guerra e Paz
- Mensagens : 2350
Data de inscrição : 26/06/2012
Idade : 35
Re: Por onde começar?
Em se tratando de Literatura Russa, prefiro sempre as diretas.
Li O Duplo nas duas traduções e a direta é muito superior.
Li O Duplo nas duas traduções e a direta é muito superior.
Página 3 de 3 • 1, 2, 3
Tópicos semelhantes
» Por onde começar.
» ...e você é de onde mesmo? [+regionalismos] [+censo]
» Onde posso postar sobre dúvidas acerca da semântica ?
» ...e você é de onde mesmo? [+regionalismos] [+censo]
» Onde posso postar sobre dúvidas acerca da semântica ?
Página 3 de 3
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos