Guerra e Paz [Война и миръ]

Lorenzo Becco escreveu:A Cosac Naify colocou em pré-venda uma versão capa dura de Guerra e Paz, mais barata do que a outra.
Vou comprar essa!

Olha, puta falta de sacanagem, além de uma completa falta de despropósito e uma patetice sem tamanho...

Encomendei a antiga pela Saraiva.

O PRÍNCIPE ANDRÉ, NÃO SOMENTE SABIA QUE IA MORRER, mas sentia-se morrer, sentia-se já semi-morto. Tinha plena consciência de seu desapego das coisas terrestres e experimentava com isso uma leveza alegre e estranha. A presença ameaçadora, eterna, desconhecida, longínqua que não cessara de perceber durante todo o curso de sua vida, estava agora bem próxima e aquela estranha leveza era dela uma prova quase sensível e palpável.................................................................................................................................................................................................................................
(TOLSTOI. Guerra e Paz. p. 419 Tomo II).

Pois bem, tanto melhor! Adeus Príncipe André! É hora de por fim aos momentos de dolorosa solidão e lancinantes delírios! Pois bem, tanto melhor...

Lorenzo essa versão que estou lendo é da Editora Itatiaia/BH de 1968.

É uma pena eu não compreender nada do idioma russo!

Lorenzo Becco escreveu:Sério que botaram André e não Andrei?
É a versão da Cosac?

Pode ficar tranquilo que na edicao da Cosac Naify, com traducao direta do russo, é Andrei em russo, e André quando falam frances. O mesmo vale para todos os personagens russos: nomes em russo e nomes em frances, as vezes, porque tem muitas falam em frances (cujas traducoes, exceto dos nomes!, estao sempre no rodape)

Edit: queria poder comprar as traducoes entao procurei essa citacao na edicao que eu tenho, mas nao achei nada tao parecido. O mais proximo dessa situacao esta nas paginas 583-584 (quando ele toma uma cacetada de um soldado frances e cai desacordado, quase morto); ou quando ele acorda com a presenca do Napoleao no campo de batalha olhando os mortos/feridos e cumprimentando os franceses vitoriosos naquela batalha, paginas 603-607.

Olá Pessoal

Terminei ontem a leitura do livro (quase 60 dias de empreitada).
Sei que nos dias de hoje é complicado a pessoa se deter por muitas semanas e quase 2.500 páginas, mas me loguei aqui exatamente para encorajar quem já está lendo e quem ainda está na dúvida se começa ou não.
Vale a pena cada página!
Gostei tanto que já voltei na livraria e comprei Khadji-Murat.
Abraço a todos!

A ideia de testemunhar, numa mesma obra, um sofisticado baile no salão mais requintado de Moscou, uma caçada de lobos com cães borzói em Otradnóie, um fim de tarde nos campos de centeio de Montes Calvos e uma batalha sangrenta em Austerlitz, Borodinó ou Tarutino, seduz qualquer leitor!

Andrei escreveu:Olá Pessoal

Terminei ontem a leitura do livro (quase 60 dias de empreitada).
Sei que nos dias de hoje é complicado a pessoa se deter por muitas semanas e quase 2.500 páginas, mas me loguei aqui exatamente para encorajar quem já está lendo e quem ainda está na dúvida se começa ou não.
Vale a pena cada página!
Gostei tanto que já voltei na livraria e comprei Khadji-Murat.
Abraço a todos!

Andrei, tentei comprar um pela Saraiva mas esgotou-se. Recebi o email do cancelamento ontem.
As leituras do Tólstoi que estou fazendo e seu post reiterou minha vontade de lê-lo.

Andrei escreveu:Gostei tanto que já voltei na livraria e comprei Khadji-Murat.

Khadji-Murat tem o melhor prefacio que eu ja li. O livro é bom (Tolstoi afinal de contas), mas o prefacio do Tolstoi é imbativel.


Jabá, na FNAC o preco tambem esta bom

http://www.fnac.com.br/guerra-e-paz-9788540500068-FNAC,,livro-596005-3191.html

comprei o meu la.

Fnac

schmidt escreveu:

Andrei escreveu:Gostei tanto que já voltei na livraria e comprei Khadji-Murat.

Khadji-Murat tem o melhor prefacio que eu ja li. O livro é bom (Tolstoi afinal de contas), mas o prefacio do Tolstoi é imbativel.


Jabá, na FNAC o preco tambem esta bom

http://www.fnac.com.br/guerra-e-paz-9788540500068-FNAC,,livro-596005-3191.html

comprei o meu la.

Tá mais barato que na Saraiva que tava de 158. Vou esperar o reembolso, tinha pagado no boleto. Mas parece que tem uma nova edição em pré-venda? acho que foi o Becco que postou...

Andrei escreveu:A ideia de testemunhar, numa mesma obra, um sofisticado baile no salão mais requintado de Moscou, uma caçada de lobos com cães borzói em Otradnóie, um fim de tarde nos campos de centeio de Montes Calvos e uma batalha sangrenta em Austerlitz, Borodinó ou Tarutino, seduz qualquer leitor!

É isso aí!
Aliás, a cena da epifania do Andrei, na frente da granada (ou seja lá o que for aquilo) é belíssima!

Pessoal

Li no site da Cosac Naify que haverá uma edição com capa dura de Guerra e Paz ao preço de R$ 119,00.
Considerando o preço da edição em tecido (R$ 179), acho que vale a pena, muito embora a edição mais cara - não há como negar - tenha um charme especial à altura da importância do livro e do seu autor.

Quase no final do 1o livro (logo depois da pagina 1000) tem a caçada com caes, que o Andrei mencionou logo acima. Essas 10-15 paginas valem o livro. A descricao do baile onde Natacha "transborda de vida" dancando a noite inteira tambem, mas a caçada é uma coisa fenomenal, algo do nivel do prefacio do Khadji-Murat, ou ate mais.

A dança da Natacha com o Deníssov achei até mais cinematográfica do que a dança com Andrei Bolkónski!

http://juanignaciogilgomez.tumblr.com/post/18785850802/un-buen-militar

Andrei escreveu:A ideia de testemunhar, numa mesma obra, um sofisticado baile no salão mais requintado de Moscou, uma caçada de lobos com cães borzói em Otradnóie, um fim de tarde nos campos de centeio de Montes Calvos e uma batalha sangrenta em Austerlitz, Borodinó ou Tarutino, seduz qualquer leitor!

Andrei concordo plenamente! Essa foi uma definição imane!

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Peesoal, sei que isso não tem nada a ver com o fórum. Mas em Goiás o Governo modificou para pior, o plano de cargos e
salários do magistério. A categoria docente continua em greve!

Por essas e outras razões, ainda não concluí a leitura de Guerra e Paz, mas acabo de chegar no epílogo desta magnifíca obra
e, nos próximos dias, darei cabo a este altamente recomendável clássico da literatura russa e universal!

Vi uma moça lendo Guerra e Paz hoje, me senti como se fizesse parte de um clube de leituras secreto com ela!

É O HOMEM TOMADO DE HORROR DIANTE DUM ANIMAL moribundo; o que é ele próprio - o que o constitui, - se acha em ponto de se aniquilar, de cessar de viver diante de seus olhos. Mas quando esse moribundo é um homem, um homem querido, ao horror sentido diante do aniquilamento da vida se acrescenta um dilaceramento, uma ferida da alma que, semelhante a uma ferida do corpo por vezes mata e por vezes se fecha, mas conserva-se dolorosa e teme ser reavivada por um toque exterior. (TOLSTOI. Guerra e Paz. Vol. II p.525)

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Realmente Lorenzo... concordo contigo.

Foram dois meses e meio de dedicação a essa árida leitura... mas concluir Guerra e Paz foi extremamente gratificante e prazeroso!

Pelo que pude entender... Pedro Bezukhov é a encarnação do próprio Tolstoi, de seus anseios, de seus sonhos e de seus ideiais!

"Uma abelha pousada sobre uma flor picou uma criança. A criança tem medo das abelhas e diz que o objeto dela é picar as pessoas. O poeta admira a abelha que colhe do cálice da flor, e diz que o objetivo da abelha é colher o aroma das flores. Um apicultor, notando que a abelha recolhe pólen e o leva à sua colmeia, diz que o obejetivo da abelha é colher mel. Outro apicultor que estudou de mais perto a vida do enxame, diz que a abelha junta o pólen para nutrir os novos rebentos e para criar a rainha, e que seu objetivo é a conservação da espécie. O botânico nota que a abelha retira pólen da flor dióica para a flor fêmea que ela fecunda e vê nisto o objetivo das abelhas. Entretanto, a verdadeira finalidade das abelhas não se reduz nem ao primeiro, nem ao segundo, nem ao terceiro dos objetivos que o espírito humano se encontrou em condições de descobrir. Quanto mais o espírito humano se eleva na descoberta desses objetivos, tanto mais se dá claramente conta de o fim derradeiro lhe é inacessível." (TOLSTOI. Guerra e Paz. Vol. II p. 597).

é vero