Qual o último livro que você leu?

Terminei Rayuela (lixo) e O Leopardo, que é bem ok.

Terminei. Quem não lê Veríssimo é feio, chato, bobão e tem a cabeça de meleca.

Resenha no (sim, ele tem um tópico) tópico do autor:

https://literaturarussa.forumeiros.com/t85-luis-fernando-verissimo#17190

Foi a segunda vez que li esse livro e, assim como antes, me emocionou profundamente. Dostoiévski, na fala do personagem Goriantchikov, descreve a rotina, o aspecto físico e psicológico no presídio e os tipos humanos que encontra por lá. Descobre coisas fascinantes como a humanidade no coração de famosos facínoras; o abismo intransponível entre os nobres e o povo; a bondade e a amizade dos animais; descreve histórias que chegam ao cúmulo da indignação e outras que não deixam de arrancar lágrimas. Lindo! Leiam!

Aline Santiago escreveu:

Foi a segunda vez que li esse livro e, assim como antes, me emocionou profundamente. Dostoiévski, na fala do personagem Goriantchikov, descreve a rotina, o aspecto físico e psicológico no presídio e os tipos humanos que encontra por lá. Descobre coisas fascinantes como a humanidade no coração de famosos facínoras; o abismo intransponível entre os nobres e o povo; a bondade e a amizade dos animais; descreve histórias que chegam ao cúmulo da indignação e outras que não deixam de arrancar lágrimas. Lindo! Leiam!

Esse é o divisor d'água na obra do Dostoiévski. Penso que sem ele não teríamos Crime e Castigo e os demais. Quem não leu tem que ler tipo urgente. Quem acha que a vida é uma merda vai repensar seus conceitos depois da leitura.

Jabá escreveu:

Aline Santiago escreveu:

Foi a segunda vez que li esse livro e, assim como antes, me emocionou profundamente. Dostoiévski, na fala do personagem Goriantchikov, descreve a rotina, o aspecto físico e psicológico no presídio e os tipos humanos que encontra por lá. Descobre coisas fascinantes como a humanidade no coração de famosos facínoras; o abismo intransponível entre os nobres e o povo; a bondade e a amizade dos animais; descreve histórias que chegam ao cúmulo da indignação e outras que não deixam de arrancar lágrimas. Lindo! Leiam!

Esse é o divisor d'água na obra do Dostoiévski. Penso que sem ele não teríamos Crime e Castigo e os demais. Quem não leu tem que ler tipo urgente. Quem acha que a vida é uma merda vai repensar seus conceitos depois da leitura.

Naquela carta ao irmão que está no volume da Nova Alexandria o próprio Dostoiévski afirma que a sua temporada no presídio não foi em vão, que ele soube aproveitar como escritor. Em A beleza salvará o mundo, do Todorov, ele compara Wilde e Dostoiévski. Os dois - por diferentes motivos - foram parar na prisão e tiveram destinos completamente diversos. Enquanto o Wilde não conseguiu escrever mais nada após sair da cadeia, o Dostoiévski, ao contrário, tornou-se gênio.

A experiência da prisão não trouxe para Wilde a transformação que R.B. Haldane desejava e que ele próprio esperava. O contraste é particularmente tocante se compararmos seu destino ao de Dostoiévski, outro escritor do século XIX que conheceu as agruras da prisão e dos trabalhos forçados. Wilde conhece e admira a obra de Dostoiévski, que interpreta como, antes de tudo, uma maneira de conhecer a dignidade do sofrimento. No decorrer de seus encontros após a prisão, Gide fala a Wilde de Recordações da casa dos mortos como um exemplo a seguir. Alguns pontos relativos à reação à prisão são comuns aos dois escritores: eles não saem de modo algum rebelados, professando, antes disso, a admiração por essas encarnações da ordem social que são, na Rússia, o czar, e na Inglaterra, a rainha. Porém, o contraste final é forte: os dois entram na prisão como escritores de grande talento; Dostoiévski sai dali gênio, Wilde, marcado pelo silêncio. Como notou Stefan Zweig, que ressalta o paralelo: "Wilde continua triturado como num pilão; essa experiência dá a Dostoiévski, como o metal no seu crisol ardente, sua forma."

O César tinha indicado esse "A Beleza Salvará o Mundo" no tópico do Rilke. Parece ser muito foda o livro. Vou adiantar algumas posições na lista.

"Minha Querida Sputnik", do Haruki Murakami



Achei o livro bem facil de se ler. Trata de um triangulo amoroso (sem sexo), entre um professor apaixonado pela japinha (que pega uma mae de aluno), uma japinha que quer ser escritora (e que nao gosta de sexo) mas que se apaixona por uma empresaria (que tambem nao gosta de sexo). As duas ate tentam transar mas pra desespero da japinha a empresaria é gelada....

Ate ai uma historia inofensiva, mas depois rola alguma coisa num universo paralelo, um dos personagens ve a si proprio como se fosse uma realidade alternativa, outro tenta fugir pra essa realidade, e de repente surge um menininho com uma chave roubada.

Quem leu esse livro? Lavoura? Tem coisas ali que me parecem proprias da cultura japonesa e que nao consegui entender direito...

Spoiler:

schmidt escreveu:"Minha Querida Sputnik", do Haruki Murakami



Achei o livro bem facil de se ler. Trata de um triangulo amoroso (sem sexo), entre um professor apaixonado pela japinha (que pega uma mae de aluno), uma japinha que quer ser escritora (e que nao gosta de sexo) mas que se apaixona por uma empresaria (que tambem nao gosta de sexo). As duas ate tentam transar mas pra desespero da japinha a empresaria é gelada....

Ate ai uma historia inofensiva, mas depois rola alguma coisa num universo paralelo, um dos personagens ve a si proprio como se fosse uma realidade alternativa, outro tenta fugir pra essa realidade, e de repente surge um menininho com uma chave roubada.

Quem leu esse livro? Lavoura? Tem coisas ali que me parecem proprias da cultura japonesa e que nao consegui entender direito...

Spoiler:

A história do guri, você diz quando eles estão no mercado com o segurança? Ele rouba a chave do guarda,não?? E o K só joga para "livrar" a barra do guri. O murakami tem uns troços esquisitos quando se trata de situações corriqueiras,parece que ele faz uns negócios sem sentido. Nos relacionamentos também. Nesse e no 1Q84 os protagonistas homens tem "namoradas" que são casadas e só se relacionam para liberar a tensão sexual do corpo.
Talvez a ligação seja a Sumire se conectando com a nossa realidade. Pelo visto esse lance de realidade paralelas é outra coisa que o Murakami gosta.

Então, nessa parte ele diz que é um Doppelgänger que nada mais é doque "Um duplo" do folclore germânico. Alguns dizem que ele é identico a pessoa porém faz oque a pessoa jamais faria. Talvez a Miu já tivesse aversão ao sexo e essa experiência tenha sido demais para ela. Talvez seja só uma brincadeira com lendas, já que ela tenha saído dessa experiência com os cabelos brancos e ai junta duas lendas (O duplo + susto muito grande deixa com os cabelos brancos)

Sei lá. Não to com o livro aqui, para reler os trechos, mas acho que era isso. Ou tinha alguma outra história com o Cenoura ?



Agora falando em folclore o japão é foda nessa parte. Os monstros deles são muito bizarros
Depois dá uma procurada, vale a pena.

Os chinas também são loucos nessa parte. Mas eles são mais focados em animais transmorfos, pelo menos é oque parece.
Não conheço muito

Galera, quem não leu Kúprin ainda, ou só leu O inquérito na cult ou na nova antologia tem que ler esse autor urgente. 9 contos fantásticos e o melhor conto de amor que li até hoje!!!!!

Mais comentários no tópico do autor:

https://literaturarussa.forumeiros.com/t121p15-aleksandr-ivanovich-kuprin#17309

Era isso mesmo Lavoura. A parte do mercado que aparece do nada no meio do livro. Nao acho que tivesse ligacao direta da Sumire com a chave. Pra mim foi mais uma imagem de alguem deslocado do mundo (um menino com tudo em casa mas que rouba, nao se defende, nao se ajuda), como a propria Sumire. Outra coisa: nao vi muito sentido em usar "K" como nome do protagonista....Nada a ver com os "K" do Kafka, ou com o Michael K do Coetzee.


"Doppelgänger".... gosto muito dessa palavra desde a epoca em que eu li a saga de "Duna" eles tao la, os dancarinos faciais, Doppelgängers, shapeshifters e outros.

schmidt escreveu:Era isso mesmo Lavoura. A parte do mercado que aparece do nada no meio do livro. Nao acho que tivesse ligacao direta da Sumire com a chave. Pra mim foi mais uma imagem de alguem deslocado do mundo (um menino com tudo em casa mas que rouba, nao se defende, nao se ajuda), como a propria Sumire. Outra coisa: nao vi muito sentido em usar "K" como nome do protagonista....Nada a ver com os "K" do Kafka, ou com o Michael K do Coetzee.


"Doppelgänger".... gosto muito dessa palavra desde a epoca em que eu li a saga de "Duna" eles tao la, os dancarinos faciais, Doppelgängers, shapeshifters e outros.

Talvez o Murakami só seja fã do Kafka, visto que tem até um livro com o título do cara: Kafka à Beira-mar.
Sei lá, eu tenho esse Kafka à beira-mar na estante e sinceramente espero que a história seja diferente dos outros que li dele. Tanto nesse Sputnik quanto no 1Q84 achei os persongens com caracteristícas muito iguais. Professor que vive solitário, namorada casada, gosta de uma garota que não gosta dele e por ai vai.

Também gosto da palavra, me lembra aquela marca de chocolate
Curto muito essas coisas de folclores e criaturas míticas.
Em um dos livros do Cornwell ele cita um tal de "sceadungengan" que é um caminhante noturno da mitologia nórdica.

Terminei! 20° livro do ano! (Chupa, Lavoura)

Review aqui:

https://literaturarussa.forumeiros.com/t188-nikolai-vasilievich-gogol#17341

Ótima leitura.
Agora quando vai sair do fórum?

tiago escreveu:Ótima leitura.
Agora quando vai sair do fórum?

Hoje. Queria dizer que foi um prazer confabular com você, mas tenho minha dúvidas.

Jabá escreveu:

Terminei! 20° livro do ano! (Chupa, Lavoura)

Review aqui:

https://literaturarussa.forumeiros.com/t188-nikolai-vasilievich-gogol#17341

Até parece, está quase chegando na metade doque li, esse ano.






O último que li foi o "A coleira do Cão" Do Fonseca.

Curiosamente os contos que mais gosto são os de amor e que não tem tanta violência assim.
O conto que dá título ao livro é muito bom! O do Halterofilista também é bem legal. Já havia lido na coletânea da Cia e foi bem agradável ler novamente.
Aquele "O relatório de carlos" também foi muito bom reler.
Gosto do Halterofilista, ele tem conclusões óbvias e simplistas, talvez um pouco mais complexas que um cidadão comum, alinhado com a sua falta de cultura dá um ar de inteligência e destoa um pouco daquela imagem de muito músculo = burro.

Esqueci de falar do conto " O gravador" uma boa história! Gostei muito

lavoura escreveu:

Jabá escreveu:

Terminei! 20° livro do ano! (Chupa, Lavoura)

Review aqui:

https://literaturarussa.forumeiros.com/t188-nikolai-vasilievich-gogol#17341

Até parece, está quase chegando na metade doque li, esse ano.

Me refiro à qualidade e não à quantidade. 1 vermelho e o negro vale por 10 livros do Borges que você leu

Bom terminei O visconde partido ao meio. Nem queria fazer resenha pra meter o pau no Calvino mas não resisto.
Concorrente a livro mais chato do ano. São 94 páginas que se recusam a terminar. Apesar do tom brincalhão e da narrativa mais pendendo pra fábula, é chato, muito chato.

Quem começou a quantificar foi tu!
E dobre a lingua para falar do Borges!

MICROMEGAS E OUTROS CONTOS
VOLTAIRE
HEDRA – 120 páginas
Acabei de ler os ótimos contos dessa coletânea e me agradou bastante o material do Voltaire. Primeiro devido o fato da estreiteza entre os contos e as ciências exatas e naturais. Segundo, devido o fato dos contos serem classificados como “filosóficos”. Sim, de fato o são e esse é o grande diferencial do livro.
Várias histórias são ligadas à cultura hindu e na maioria são aforismos deliciosamente narrados pelo Voltaire. Aliado a essa pitada da cultura milenar da Índia, ele ainda faz inúmeras referências às grandes descobertas da época, principalmente no campo da matemática, física, astronomia, etc. capitaneadas por Sir Isaac Newton que assombrou o mundo de então.
O destaque obviamente é o conto que batiza o livro. Micromegas beira o delírio e rompe toda e qualquer barreira do pensamento filosófico do século XVIII, exaltando as qualidades do ser humano ao mesmo tempo em que o rebaixa e ridiculariza. O conto chama a atenção para a relatividade das coisas. Outro conto que chama a atenção é O elogio histórico da razão que se contrapõe (ou complementa) o famoso elogio da loucura de Erasmo de Roterdam.
No geral o livro está repleto de ótimos contos tanto no aspecto literário como filosófico. Bom material pra quem gosta do assunto.

Becco escreveu:Ótima resenha. Me interessei muito, pois não conheço o Voltaire contista.
Tem algum conto fantástico, Jabá?

Fantástico = sobrenatural?
O próprio Micromegas é por assim dizer fantástico. Trata da visita de 2 extraterrestres gigantescos à terra. Micromegas viaja na cauda de um cometa pra se ter idéia.

Becco escreveu:PS: E dobre a língua antes de falar de Borges.

Vou postar "Borges" seguido de " "

Se tem E.T é sci-fi, credo!



Jabá, esqueci de dizer, mas acho que tu iria curtir o HIstória Verdadeira do Montesquieu. Tanto o ritmo quanto o humor é bem parecido com o do Voltaire.

Dica anotada, amiche. E os et's do Voltaire são apenas alegorias. A coisa é bem mais profunda. Depois alguém me explique o que é uma alegoria em literatura.

Terminei ontem o livro



que contem 4 novelas: As aventuras de Tchitchikov, A Diaboliada, Ovos Fatais, e Um coracao de cachorro.

O primeiro trata do mesmo personagem de Almas Mortas

Não tá dando pra ver o autor.

Tchitchikov eterno no S2.

Bulgakov, Jabá!